sexta-feira, 27 de junho de 2008

Lúcio é vetado para cargo no BB e PMDB indica diretor rgo

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Lúcio Alcântara(ex-governador do Ceará)

Brasília. O ex-governador do Ceará, Lúcio Alcântara (PR) teve seu nome vetado para assumir o cargo de vice-presidente de Governo do Banco do Brasil. O PMDB conseguiu manter seu espaço ao indicar, e emplacar, Ricardo Flores, funcionário de carreira da instituição financeira. O cargo era ocupado até então pelo ex-senador Maguito Vilela (PMDB-GO), que vai disputar a prefeitura de Aparecida de Goiânia este ano.

O veto ao nome de Lúcio teria sido motivada por um problema envolvendo seu filho, o deputado federal Léo Alcântara com o banco. O BB cobra cerca de R$ 8 milhões de uma empresa da qual Léo, é sócio. O deputado contesta a cobrança e diz já ter obtido duas vitórias na Justiça contra o BB.

Mesmo indicando Lúcio, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva preferiu evitar desgastes e optou por Flores, que é funcionário de carreira do BB desde 1978. Sua nomeação foi aprovada na quarta-feira à noite pelo Conselho de Administração do banco e ele já trabalha na vice-presidência.

O novo executivo é próximo ao PMDB da região do Distrito Federal e de Goiás. Apesar de não ser filiado também tem bom trânsito entre alguns petistas, como o deputado Maurício Rands (PE), líder do PT na Câmara. Flores passou por diversas áreas do banco e ocupava a diretoria de Seguros.

Dentro do BB, a reação foi de alívio com a indicação, por Flores ser funcionário de carreira. A vice-presidência de Governo do BB é muito importante pois é a responsável pela gestão de fundos de pensão privada — via BB Previdência — e pelo relacionamento comercial com todas as esferas públicas, como prefeituras, estados e Tesouro Nacional.

Só com tributos federais recolhidos por meio do banco, são cerca de R$ 120 bilhões ao ano. Boa parte das vice-presidências do Banco do Brasil está loteada a partidos políticos: das dez existentes, seis estão ocupadas por pessoas ligadas ao PT ou ao PMDB.


Políticos nos cargos

A nomeação de Maguito Vilela, no ano passado, também gerou descontentamento dentro do BB, mas o ex-senador acabou ganhando a confiança dos demais executivos, sobretudo do presidente do banco, Antônio Lima Neto. Isso porque ele acabou conquistando importantes folhas de pagamento de funcionários públicos estaduais, como os de Minas Gerais e da Bahia.

Desde o primeiro mandato do presidente Lula, que Lúcio se aproximou do petista, mesmo filiado ao PSDB, partido que faz oposição ao governo federal. No segundo mandato, Lúcio foi cotado para diversas vagas no segundo escalão, mas nunca houve o convite formal para nenhum cargo.
Fonte: diariodonordeste.com.br

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