quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Fotos de Pequim


Brasil quase surpreende vice-campeões mundiais, mas acaba derrotado

Seleção masculina joga bem, mas não resiste à Polôna e perde por 28 a 25

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Tupã observa ataque polonês na derrota brasileira: time teve a melhor atuação em Pequim

Em sua melhor atuação em Pequim, a seleção masculina de handebol do Brasil esteve à frente do placar durante boa parte da partida, mas acabou derrotada pela Polônia por 28 a 25. A equipe segue sem vitória nas Olimpíadas e busca a vaga para as quartas-de-final nos próximos jogos. Na sexta-feira, ás 22h, será diante da fraca China. O último, no domingo, às 23h45m, contra a Espanha, quarta colocada do Mundial e que nestes Jogos derrotou justamente os poloneses, por 30 a 29.
Diante dos vice-campeões mundiais, o Brasil atuava de igual para igual. Aos 17 minutos chegou à liderança do placar - 7 a 6 - e ampliou para 10 a 7. Nos minutos finais da primeira etapa, o jogo ganhou em velocidade. Zeba torceu o tornozelo sozinho e saiu da partida. A Polônia empatou em 14 a 14, mas antes do final da etapa, o Brasil fez mais um gol.
A segunda etapa começou com grandes defesas de Maik. A retaguarda brasileira também estava bem postada e evitava as investidas polonesas. Com 11 minutos, Bruno Souza fez 19 a 15, a maior vantagem brasileira no jogo. Após pressionar bastante, a Polônia empatou aos 17 minutos – 20 a 20. Aos 20, a virada polonesa – 23 a 22, no momento em que Bruno cumpria exclusão de dois minutos. O Brasil pecava nas conclusões e os europeus mostravam a força de seu banco para manter o ritmo chegar à vitória.

Borges foi o artilheiro da partida com sete gols. Do lado polonês, Tluczynski e Jurecki marcaram seis vezes.

Washington Silva vence e fica a mais uma vitória de garantir pelo menos o bronze

Como no boxe olímpico não há decisão de terceiro lugar, brasileiro, já nas quartas-de-final, precisa chegar às semifinais para levar medalha

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Agência/Reuters

Washington Silva comemora a vitória

O pugilista Washington Silva venceu a sua segunda luta no torneio de boxe das Olimpíadas de Pequim, categoria peso meio-pesado (até 81kg). O brasileiro passou nesta quinta-feira por Bastie Samir, de Gana, por 9 a 7, resultado que o fez avançar às quartas-de-final da competição. O brasileiro vai encarar na próxima terça-feira Kenny Egan, da Irlanda, que eliminou Bahram Muzaffer, da Turquia. Se vencer a próxima luta, Washington garantirá uma medalha, já que no boxe olímpico não há disputa do bronze.

Washington Silva iniciou sem dar chances ao adversário. Arrasador, marcou quatro golpes seguidos e sofreu apenas um, terminando com boa vantagem (4 a 1). Silva foi esperto no segundo assalto. E foi mais tático também. Optou por administrar a luta, esperando o tempo passar. Cada um marcou um ponto, o que acabou sendo bom para o brasileiro.

No terceiro assalto, a luta voltou a pegar fogo. Os atletas trocaram muitos golpes. Melhor para o brasileiro que continuou com boa diferença de pontos.

Bastie tinha dois minutos para tirar a vantagem brasileira. Sem perder tempo, ele foi para cima. A torcida, empolgada, começou a gritar, estimulando a troca de golpes. No fim, apesar do susto e da pressão do adversário, Washington Silva soube segurar a vitória e a classificação para as quartas-de-final.

A pontuação

Pugilista Round 1 Round 2 Round 3 Round 4 Total
Washington Silva 4 1 2 2 9
Bastie Samir 1 1 2 3 7

Resultados da categoria peso meio-médio (até 69kg)

Non BOONJUMNONG (Tailândia) 10 x 11 Hosam ABDIN (Egito)
Carlos BANTEAUX SUAREZ (Cuba) 13 x 6 Billy Joe SAUNDERS (Reino Unido)
Toureano JOHNSON (Bahamas) 9 x 4 Olexandr STRETS'KYY (Ucrânia)
HANATI Silamu (China) 9 x 4 Joseph MULEMA (Camarões)
Bakhyt SARSEKBAYEV (Cazaquistão) x Vitalie GRUSAC (Moldávia) - Mais tarde
Jaoid CHIGUER (França) x Dilshod MAHMUDOV (Uzbequistão) - Mais tarde
Demetrius ANDRADE (Estados Unidos) x Andrey BALANOV (Rússia) - Mais tarde
John JACKSON (Ilhas Virgens) x KIM Jungjoo (Coréia do Sul) - Mais tarde

Resultados da categoria peso meio-pesado (até 81kg)

Eleider ALVAREZ (Colômbia) 5 x 6 Tony JEFFRIES (Reino Unido)
Luis Alberto GONZALEZ (Venezuela) - x KO Imre SZELLO (Hungria)
Washington SILVA (Brasil) 9 x 7 Bastie SAMIR (Gana)
Kenny EGAN (Irlanda) 10 x 2 Bahram MUZAFFER (Turquia)
ZHANG Xiaoping (China) 8 x 2 Artur BETERBIEV (Rússia)
Ramadan YASSER (Egito) 6 x 13 Abdelhafid BENCHABLA (Argélia)
Marijo SIVOLIJA-JELICA (Croácia) 1x 8 Dzhakhon KURBANOV (Tadjiquistão)
Carlos COLON (Porto Rico) 3 x 9 Yerkebulan SHYNALIYEV (Cazaquistão)

Renata e Talita vencem gregas e avançam invictas para as oitavas-de-final

Dupla garante primeiro lugar da chave F ao derrotar Karantasiou e Arvaniti

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Renata e Talita vibram com vitória sobre gregas

Foi sofrido, mas Renata e Talita conseguiram encerrar a primeira fase invictas. As brasileiras tiveram dificuldades para driblar o forte saque de Karantasiou e Arvaniti, mas bateram as gregas por 22/20 e 21/19 e ganharam moral para as oitavas de final. Com o resultado, as brasileiras, que já estavam classificadas, terminaram a primeira etapa na liderança do grupo F, com apenas um set perdido (no jogo de estréia, contra as mexicanas Candelas e Garcia).

Agora, Renata e Talita aguardam os outros resultados da rodada para conhecerem suas adversária na próxima fase. Já as gregas, que acumularam três derrotas, deram adeus aos Jogos Olímpicos.

Gregas forçam saque e dão trabalho para brasileiras

Derrotadas nos dois outros jogos da fase de grupos, Karantasiou e Arvaniti precisavem vencer de qualquer maneira para seguir sonhando com a classificação. As gregas começaram soltas, e deram bastante trabalho para as brasileiras. Com muita força nos ataques e nos saques, as adversárias abriram dois pontos de vantagem (6 a 4) após um erro de ataque da carioca Renata. No entanto, as favoritas logo empataram com duas largadinhas de Talita que tocaram na rede e enganaram a defesa rival.

Renata forçou a mão e o Brasil conseguiu virar o jogo em 13 a 12, mas Karantasiou e Arvaniti não se deram por vencidas e conseguiram uma vantagem perigosa: 17 a 15. O jogo seguiu parelho até os últimos pontos, quando a rede deu uma "mãozinha" para o lado verde-amarelo. Com um saque de Talita que bateu na fita, a dupla do Brasil fechou em 22 a 20.
De volta à quadra, as gregas apostaram no saque de Arvaniti para equilibrar o confronto. Mas as brasileiras começaram melhores, e não se deixaram levar pela pressão das rivais. Com uma pancada de Renata no fundo de quadra e um contra-ataque cedido pelas adversárias, a dupla abriu 5 a 3. A vantagem durou até o sétimo ponto, quando Talita tentou atacar no corredor e a bola foi para fora. A atleta do Mato Grosso do Sul gritou de raiva. Arvaniti caprichou no serviço e a dupla abriu três pontos de vantagem (11 a 8).
Com o jogo em 14 a 10 para as adversárias, as brasucas voltaram a ganhar moral após um lindo rali que contou com duas grandes defesas dos dois lados e terminou com uma largadinha de Talita. Não deu outra. A dupla do Brasil correu atrás e encostou no placar. No entanto, faltava arriscar mais no saque e organizar a recepção. Por isso, com o jogo novamente empatado, desta vez em 18 a 18, Talita pediu mais atenção à sua parceira. Deu certo, e as brasileiras confirmaram o seu favoritismo e o primeiro lugar de sua chave: vitória por 21 a 19.

César Cielo é bronze nos 100m livre

Em prova emocionante, brasileiro conquista sua primeira medalha olímpica

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Cielo comemora o bronze nos 100m livre

Na véspera da final dos 100m livre, César Cielo sonhou com o pódio olímpico. Horas mais tarde, na piscina do Cubo d'Água, o sonho transformou-se em realidade. Com uma performance excepcional, o brasileiro, de apenas 21 anos, conquistou a medalha de bronze, a primeira da sua carreira, e também do Brasil na modalidade em Pequim, em uma das provas mais tradicionais e emocionantes da natação. De quebra, estabeleceu o novo recorde sul-americano da prova (47s67). O francês Alain Bernard foi ouro com o tempo de 47s21. O australiano Eamon Sullivan foi prata (47s32), e o americano Jason Lezak fez o mesmo tempo de Cielo e também ficou com o bronze. O holandês bicampeão olímpico Pieter van den Hoogenband terminou em quinto (47s75).

- Agora vou ganhar os 50m (sua especialidade). Vou buscar essa medalha de ouro - disse o nadador de Santa Bárbara do Oeste, interior de São Paulo, sem conter as lágrimas. A final dos 50m livre será na próxima sexta-feira, às 23h30m (horário de Brasília).

CONFIRA A GALERIA DE FOTOS DA CONQUISTA DE CIELO!

Logo nas primeiras braçadas, Cielo entrou na disputa pelo terceiro lugar e conseguiu virar os 50m nesta colocação (22s74). Com meio corpo de vantagem, o australiano Eamon Sullivan virou em primeiro em 22s48, enquanto o francês Alain Bernard já começava ameaçar a sua liderança (22s53). Nos 50m finais, Jason Lezak apertou o ritmo, mas Cielo conseguiu bater em terceiro exatamente com o mesmo tempo do americano. Já Sullivan não conseguiu segurar o francês e ficou com a prata.

- É muito bom. Parece que era para ser. Eu tinha sonhado que tinha ficado em terceiro, mas acordei e pensei: "Poxa, estou na raia oito!" - contou.

O caminho de Cielo até a medalha não foi fácil. Focado principalmente nos 50m livre - sua especialidade - o brasileiro saiu das eliminatórias sem acreditar na vaga para as finais. Ele acabou entrando apenas com o oitavo tempo (48s07). Mesmo "na marola", Cielo conseguiu entrar para a história da natação brasileira.

Editoria de Arte/Montagem

César Cielo garantiu sua primeira medalha olímpica nos 100m livre. Brasileiro ainda disputa os 50m

- É muito bom trazer essa medalha de volta para o Brasil, especialmente nessa prova, em que a gente tem tanta tradição, com o Fernando (Scherer, o Xuxa) e o Gustavo (Borges). Ver o placar lá é muito bom - disse o nadador logo após sair da piscina.

Conquistas da natação brasileira em Jogos Olímpicos

Essa foi a décima medalha olímpica do Brasil na natação. Agora, o país soma três pratas e sete bronzes. Em Atenas 2004, a natação brasileira não conquistou nenhuma medalha. A última conquista, um bronze, foi em Sydney 2000 no revezamento 4x100m livre masculino. Tetsuo Okamoto garantiu a primeira medalha olímpica brasileira com um bronze nos 1500m livre nas Olimpíadas de Helsinki, em 1953.

A natação brasileira nunca garantiu um ouro olímpico, e as mulheres ainda não subiram ao pódio.

Em jogo tenso, Brasil sofre com o saque russo e perde a primeira em Pequim

Bernardinho apela até para o lesionado Giba, mas não evita os vacilos da equipe. Agora, classificação depende de uma vitória sobre a Polônia

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Vibração russa, decepção brasileira em Pequim

No fim de julho, Giba virou herói de videogame batendo em guerreiros chineses. Na vida real, contra os gigantes russos, a história foi bem diferente. Com dores no ombro direito, o atacante foi lançado por Bernardinho nesta quinta-feira para salvar a pátria a apenas seis pontos da derrota. Como superpoder tem limite, não houve jeito: a seleção masculina de vôlei perdeu a cabeça e o jogo. O placar de 3 sets a 1 (22/25, 26/24, 31/29 e 25/19) reflete uma atuação tensa, recheada de provocações, polêmicas de arbitragem e vacilos em momentos decisivos. Agora, resta vencer a Polônia para garantir a vaga na próxima fase.

Confira a tabela de classificação do vôlei masculino nos Jogos Olímpicos de Pequim

Enquanto a Rússia já festeja a classificação antecipada, o Brasil colocou uma pulga atrás da orelha. A vitória sobre os poloneses é o bastante para assegurar a vaga sem depender de outros resultados, mas o primeiro lugar do grupo ficou distante e depende de dois tropeços dos russos. Quatro seleções de cada grupo se classificam para as quartas-de-final. Mais que os números, no entanto, a equipe verde-amarela luta contra o desânimo.

- Perder do jeito que perdemos no terceiro set certamente deu uma desanimada. Isso não pode acontecer. O time sentiu a pressão de ser derrotado - reconheceu o técnico Bernardinho, em entrevista à TV Globo após a partida .

Primeiro set animador. E só

Ninguém esperava moleza, mas o jogo foi mais tenso do que se imaginava. Não faltavam motivos para o Brasil entrar mordido em quadra. Além de garantir logo a classificação, o duelo era a chance de revanche após a derrota em casa na disputa pelo bronze da Liga Mundial. Um dos jogadores ainda tinha motivo extra para se motivar: Marcelinho festejou na terça-feira a chegada do filho Pedro. A motivação do time, no entanto, deu lugar à apatia.

Bernardinho não conseguiu corrigir os erros do time na partida contra a Rússia

A partida começou equilibrada, com as seleções se revezando no placar. Os russos saíram na frente, mas o Brasil não permitiu que o rival abrisse vantagem. Após o primeiro tempo técnico obrigatório, um bloqueio de Dante empatou o jogo. Poltavskiy marcou, mas outro bloqueio, de André Heller, igualou o placar em 10 a 10. Com um saque de efeito do central, a seleção passou à frente pela primeira vez: 14 a 13. Na segunda parada, vantagem verde-amarela de 16 a 15.

Poupado com dores no ombro direito, Giba via tudo do banco. Murilo, seu substituto, emplacou ataques seguidos e aumentou a diferença no placar. O Brasil chegou a abrir três pontos, permitiu que os russos cortassem para um, mas acertou o bloqueio e, com um belo triplo, fechou o set inicial em 25 a 22.

Edinanci arrasa mais uma vez e está na decisão da medalha de bronze na China

Brasileira aplica três yukos e finaliza combate com ippon na adversária

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Edinanci Silva está a uma vitória da medalha de bronze nas Olimpíadas de Pequim. Com uma atuação impressionante, a meio-pesado (até 78 quilos) brasileira finalizou por ippon Lkhamdegd Purevjargal, da Mongólia, se garantindo na disputa pelo terceiro lugar da categoria.

Edinanci dominou o combate desde o início, e aplicou três yukos e um wazari, antes de decidir a luta com um ippon a 1m03s do fim dos cinco minutos regulamentares. Sua próxima rival será a sul-coreana Gyeongmi Jeong, medalhista de bronze no Mundial do Rio de Janeiro, no ano passado.

O triunfo sobre a judoca da Mongólia foi a terceira vitória da brasileira em Pequim. Após iniciar sua campanha com uma derrota diante da espanhola Esther San Miguel, ela se recuperou com uma vitória na primeira fase da repescagem sobre a russa Vera Moskalyuk, que lutou com o cabelo pintado de rosa.