segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Brasil, choro e sorriso em mais um dia dos jogos em Pequim

MEDALHA INÉDITA NA VELA

É doce vencer no mar

Triunfo na última regata vale o bronze para a dupla Fernanda e Isabel na categoria 470


Vôlei de praia

Ricardo/Emanuel dá show e encara Márcio/Fábio na semi

Duplas brasileiras vão lutar por uma vaga na final e já asseguraram ao menos a prata para o país


quadro de medalhas

posição / país medalhas de ouro medalhas de prata medalhas de bronze
1 China CHI 39 14 14
2 Estados Unidos EUA 22 24 26
3 Reino Unido GBR 12 7 8
4 Austrália AUS 11 10 12
5 Alemanha ALE 9 7 7
38 Brasil BRA 1 0 5

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Isinbayeva: 'Se Fabiana precisasse de alguma vara, poderia ter pedido'

Russa medalha de ouro lamenta problemas com a brasileira na prova

GLOBOESPORTE.COM Pequim

Yelena Isinbayeva comemora o ouro em Pequim

Yelena Isinbayeva lamentou o incidente ocorrido com Fabiana Murer na final do salto com vara das Olimpíadas de Pequim. A brasileira teve uma de suas varas perdida pela organização e não conseguiu ultrapassar a marca de 4,65m. Amigas, as duas já foram companheiras de treino e a russa afirmou que não notou o desespero da rival.

- Não sabia. Mas desde o começo ela parecia estar procurando algo. É que não falo com as minhas rivais durante a competição. Se ela precisasse de algo, alguma vara, poderia ter pedido. Não esperava esse resultado. Achei que ela pudesse ter pulado mais alto - diz Isinbayeva, em entrevista ao portal "Terra".
A russa disse que a brasileira poderia ter conseguido um resultado melhor. Isinbayeva disse que acompanhou os treinos de Fabiana e desejava uma medalha para a rival.
- É uma pena pela Fabiana. Sabia que ela poderia saltar entre 4,80 m e 4,85 m, pois acompanhei seus treinamentos e vi o que ela poderia fazer. Eu queria que ela conquistasse uma medalha. Conversei com ela e tenho certeza que ela vai se manter entre as melhores do mundo. Sei que ela vai começar a se preparar para as Olimpíadas de 2012 e vai continuar saltando muito alto.

Alvo de piadas ao testar maiô, engenheiro da Nasa ri por último nas Olimpíadas

Steve Wilkinson fez parte da equipe que criou o polêmico LZR Racer.
Maiô supermoderno promete mais velocidade aos nadadores de elite.
Marília Juste Do G1, em São Paulo

Foto: Speedo/Divulgação
Speedo/Divulgação
O recordista Michael Phelps fez parte da equipe que testou o maiô (Foto: Speedo/Divulgação)

Engenheiro da mais importante agência espacial do mundo, a Nasa, o americano Steve Wilkinson cansou de ouvir as piadinhas dos colegas em relação ao seu último projeto: o desenvolvimento dos maiôs LZR Racer para nadadores de elite. Agora, ao ver atletas vestindo sua criação batendo recordes atrás de recordes, ele parece tranqüilo. Este seu trabalho pode não estar indo ao espaço, mas com certeza já faz história – e polêmica.

Entenda como funciona o supermaiô

Quando entrou na Nasa há 30 anos, Wilkinson admite que jamais pensou que um dia estaria testando tecido para maiôs. Longe de ser um entusiasta da natação, ele estava mais acostumado a testar o desempenho de aviões e barcos nos túneis de vento de altíssima tecnologia do Centro de Pesquisa Langley, da agência espacial americana.

Isso até a Warnaco Inc, da marca Speedo, pedir a ajuda da Nasa para testar uma série de tecidos, em busca de algo para revolucionar a natação. E conseguiu. Wilkinson e sua equipe testaram cerca de 60 malhas diferentes até chegar na que tinha a menor resistência à água. O conceito é o mesmo que faz aviões irem mais rápido. Quanto menos resistência, mais velocidade. Era o surgimento do que foi chamado de "supermaiô espacial".

Foto: NASA/Sean Smith
NASA/Sean Smith
Steve Wilkinson com os tecidos que testou na Nasa (Foto: NASA/Sean Smith)

De lá para cá, muita gente se envolveu no projeto – inclusive o grande campeão das Olimpíadas de Pequim, Michael Phelps, e a medalhista olímpica Natalie Coughlin.

Mas, no fundo, para Wilkison, seu trabalho era a mais pura física. “Este é um local de pesquisa básica. Procuramos os conceitos para reduzir o arrasto em superfícies lisas. Isto é mais direcionado à física básica”, disse o engenheiro em nota.
Quando foi lançado, em janeiro, o maiô causou polêmica. Muitos esportistas acreditavam que ele dava uma vantagem injusta aos patrocinados pela Speedo. Nada que tenha impedido uma longa fila de nadadores de se acotovelar pelo LZR Racer quando foi distribuído aos competidores em Pequim.
O resultado? Além de fazer história esportiva, o LZR Racer colocou um engenheiro aerospacial, sempre mais preocupado com números de naves do que com os de esportes olímpicos, para assistir a competições de natação torcendo como se aquele recorde mundial a ser batido fosse também dele. Para muitos, talvez seja.

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