quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

BNB APRESENTA MELHOR DESEMPENHO OPERACIONAL DA SUA HISTÓRIA

Com uma expansão de 76,5% nas suas aplicações em relação ao ano anterior, o Banco do Nordeste encerrou o ano de 2008 registrando o melhor desempenho operacional de sua história, com um total de R$ 13,2 bilhões contratados no exercício. Em 2007, foram R$ 7,4 bilhões. Além da superação das metas anuais em quase todas as carteiras, o Banco teve aplicação histórica dos recursos do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE), superando os recordes sucessivos registrados em 2006 e 2007.
O volume de crédito do Banco, espelhado pelo saldo de suas carteiras, apresentou em 2008 um crescimento de 41,6% em relação a 2007, superior, portanto, à média do sistema bancário nacional, que foi da ordem de 30% conforme a FEBRABAN. O saldo de créditos de curto e longo prazo concedidos pelo BNB representa 35,8% dos créditos que o sistema bancário destina ao Nordeste, o que o coloca como a principal instituição bancária na Região, segundo esta variável. Em relação ao crédito de longo prazo, a participação regional do Banco é de 64%. Esses dados revelam que o BNB tem contribuído para a vigorosa expansão do crédito no País, em relação ao PIB, que evoluiu de 22% em 2002 para 40,3% até novembro de 2008.
Durante o ano de 2008, o Banco investiu fortemente em modernização, fortalecimento de sua governança e, sobretudo, nos processos que implicam maior racionalidade e aumento de produtividade. São exemplos disso o esforço de centralização da retaguarda operacional de suas agências, a reestruturação de sua área de negócios envolvendo a completa segregação entre as áreas de negócios e de crédito, a segmentação de mercado e produtos. O desempenho do BNB assinala também sua participação efetiva em operações financeiras, no aperfeiçoamento constante de sua área de controle e risco, na evolução em marcha da auditoria focada em processos e risco, e na implantação da fábrica de softwares e investimentos em TI. Esse esforço vem culminando com a criação da sua universidade corporativa, voltada para a continuidade da qualificação e excelência de seu corpo funcional, que desde a criação do Banco constitui a base da confiabilidade da Instituição por parte de seus clientes.
O presidente do BNB, Roberto Smith, salienta que as metas foram atingidas por todas as dez Superintendências Estaduais. "Isso demonstra um processo de integração muito grande e uma percepção da importância desses resultados para a Instituição e para todos nós, que fazemos o BNB", destaca ele.
Os números do BNB em 2008 foram divulgados por Roberto Smith durante entrevista coletiva à imprensa, na manhã desta quinta-feira (dia 08), e evidenciam a continuidade do processo expansionista verificado na atual administração do Banco, iniciada em 2003.
No âmbito do FNE, que constitui a principal fonte de recursos da Instituição, o BNB contratou R$ 7,7 bilhões em 2008, montante que corresponde a expansão de 80,6% em relação a 2007. No entanto, sem considerar as operações feitas no âmbito do Pronaf, o crescimento dos financiamentos com recursos do FNE em 2008 chega a 110%, saltando de R$ 3,3 bilhões para cerca de R$ 7 bilhões.
No programa de microcrédito urbano produtivo orientado, o Crediamigo, o BNB contratou 1 milhão de operações em 2008, desembolsando mais de R$ 1 bilhão para fortalecer as atividades do segmento informal urbano. O Crediamigo é auto-sustentável, registra mais de 400 mil clientes ativos, uma carteira ativa de R$ 362 milhões, e uma inadimplência de 1%. Com seus dez anos de existência, credencia-se como um programa comprovadamente responsável por mobilidade social positiva dos seus clientes e em franca expansão.
Outro ponto que ele destaca é a expansão do crédito para micro e pequenas empresas. O BNB contratou nesse segmento 70,9 mil operações em 2008, aplicando R$ 1,2 bilhão, que corresponde ao incremento de 63% em relação a 2007. O crédito comercial do BNB também registrou avanço, com mais de R$ 3 bilhões contratados em 2008, o que significa um crescimento de 82% no ano.

No Ceará

Segundo o Superintendente Estadual do BNB no Ceará, Isidro Moraes de Siqueira, em 2008, o Banco do Nordeste contratou cerca de R$ 2,1 bilhões em aplicações globais no Estado, distribuídos em 436.518 operações de crédito. "O total aplicado representa mais que o dobro do aplicado em 2007. Desse montante, R$ 1,3 bilhão corresponde a contratações com recursos do FNE, que tiveram crescimento de 149,66% em relação ao ano anterior", salientou.
As operações com micro e pequenas empresas no Estado alcançaram R$ 225,4 milhões, o que significa expansão de 84,6% em relação a 2007, o que também se verifica no âmbito das contratações do Crediamigo, que saltaram de R$ 215,1 milhões para R$ 320,1 milhões.

Crise financeira

Para Roberto Smith, o advento da crise americana, que se espraiou por todo o globo no último trimestre de 2008, não chegou a provocar efeitos negativos no desempenho do Banco dada sua forte atuação nos financiamentos de longo prazo, cuja demanda não sofreu resfriamento.
"É certo que a crise financeira joga um certo teor de incertezas no mercado e tem afetado a economia brasileira, mas temos percebido a pronta reatividade por parte dos responsáveis pela nossa política econômica e também das atitudes corretas do Banco Central", avalia Smith, acrescentando: "O Banco do Nordeste, de certa forma, tem sido coadjuvante nesse processo, em razão de sua liquidez, que lhe permitiu atender demandas do Governo notadamente no reforço ao custeio agrícola e no apoio ao setor de comércio internacional. Estes foram dois gargalos afetados pela rarefação do crédito que surgiu na economia a partir da crise, e aos quais o BNB respondeu prontamente".
O ano de 2009 prevê uma desaceleração no crescimento do crédito, segundo o planejamento do BNB, mas assim mesmo situando-se em 17,6%, coerente com as estimativas da FEBRABAN de 18%, e a recente estimativa do Banco do Brasil de 20%.
Na avaliação de Smith, o ano que se inicia traz duas preocupações: primeiro, o volume vigoroso de demanda de crédito, sobretudo de longo prazo. O orçamento do FNE é de R$ 7,5 bilhões, e já temos dentro de casa cerca de R$ 9,2 bilhões em análise. Segundo, o cuidado com a saúde de nossas carteiras, em face da incerteza que implica a travessia da crise, que se acredita estará mais conhecida e controlada a partir do segundo semestre.
“O BNB, nesta conjuntura, busca ampliar suas fontes de recursos além do FNE, e se encontra preparado, como vem fazendo até aqui, para administrar e manter os níveis de inadimplência dentro dos limites espelhados pelo sistema bancário do País”, conclui.

Por: CRISTIANO TEIXEIRA DE SOUSA
Assistente de Comunicação