quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Volei, Brasil vence o time da casa e vai às semifinais

20/08/08 - 10h13 - Atualizado em 20/08/08 - 13h36

No ritmo de ‘Mamãe, eu quero’, Brasil vence o time da casa e vai às semifinais

Com a marchinha no sistema de som do ginásio, seleção de Bernardinho frustra 18 mil chineses e garante a vaga na semifinal contra os italianos

GLOBOESPORTE.COM Pequim


Sem esforço, o Brasil de Giba tirou a China do caminho e avançou às semifinais em Pequim

Espremidos entre 18 mil chineses, os torcedores brasileiros mal passavam de 100 no Ginásio da Capital. O jogo entre o time da casa e a seleção de Bernardinho, portanto, foi uma festa para poucos. Se até o sistema de som ajudava, tocando “Mamãe, eu quero” em bom português, a equipe verde-amarela ficou à vontade para frustrar a torcida. Sem esforço, o Brasil despachou a China com um tranqüilo 3 a 0 (parciais de 25/17, 25/15 e 25/16) e garantiu a vaga na semifinal dos Jogos Olímpicos de Pequim.

Clique e confira a classificação completa do vôlei masculino nas Olimpíadas.

Na quinta-feira, às 9h, a seleção brasileira enfrenta a Itália, que derrotou a Polônia em jogo emocionante nas quartas-de-final. Na outra semi, a Rússia, que venceu a Bulgária por 3 sets a 1, pega os Estados Unidos, que penaram mas bateram a Sérvia por 3 sets a 2.

Anderson torce o tornozelo e dá lugar a Samuel

Na apresentação, antes da partida, um brasileiro se destacava. Anderson era o único de agasalho, sem o uniforme de jogo. Durante um treino, o oposto torceu o tornozelo esquerdo ao pisar no pé do meio-de-rede Rodrigão. A opção de Bernardinho foi por Samuel, estreante em Jogos Olímpicos.

Empurrados pela torcida, os chineses começaram animados. E conseguiram surpreender o Brasil até o primeiro tempo técnico. Com muita velocidade nas bolas de meio, o time da casa não deixava o adversário abrir vantagem. Superior tecnicamente, a equipe brasileira jogava para o gasto. Uma bomba de Dante no saque, contudo, embalou o grupo. Giba chegou a fazer um bloqueio sozinho no centro da rede, e os chineses começaram a sentir o golpe. Nervosos, cometiam erros bobos, como dois toques e bolas para fora. Na reta final do set, Samuel entrou em quadra e não decepcionou: foi dele o ponto que fechou a parcial em 25 a 17.

Torcida se anima, mas vê passeio do Brasil

Os jogadores comemoram mais uma vitória

A China voltou a fazer jogo duro no começou do segundo set. A rapidez nos ataques e a boa defesa, características da escola asiática, rendiam um bom volume de jogo. Para a tristeza da torcida, no entanto, o Brasil não demorou muito para acabar com a festa. Líder das estatísticas no bloqueio em Pequim, Gustavo caprichou no fundamento e ajudou a equipe a abrir 10 pontos. Uma invasão do levantador Marcelinho ainda deu gás aos chineses. A torcida voltou a gritar, mas não adiantou. Com 24 a 15, Bernardinho voltou a colocar Bruninho e Samuel. Desta vez, contudo, foi Giba que calou o ginásio ao fechar o set em 25 a 15.

Ao contrário do que tinha acontecido nas parciais anteriores, o Brasil abriu 4 a 0 no terceiro set. Forçando o saque, principalmente com Dante e Giba, a seleção se manteve à frente no placar. Após o primeiro tempo técnico, a China apertou e voltou a levantar as arquibancadas. Neste momento, os brasileiros bobearam no bloqueio. Com 13 a 7 no placar, Bernardinho tirou André Heller e colocou Rodrigão para dar ritmo ao meio-de-rede. O entrosamento voltou, e os chineses logo ficaram para trás. Com 20 a 11, Bruninho e Samuel novamente entraram em quadra e, sem pressão, deram números finais à partida: 25 a 16.

Confira a programação e os resultados do dia

Confira o quadro de medalhas geral


Supergalerias de Pequim

  • Chocolate argentino

  • Nado sincronizado

  • Gatas

  • Patriotismo

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Em ascensão, Scheidt/Prada tem ótimo dia e arranca na busca da medalha

Dupla brasileira confirma terceira colocação geral na classe Star e acumula boas chances de pódio para a regata decisiva na quinta-feira

GLOBOESPORTE.COM Qingdao, China


Prada e Scheidt: a caminho do pódio na Star

Em ascensão, Robert Scheidt e Bruno Prada estão vivos na briga por medalha na classe Star. Depois de um começo de competição irregular nas Olimpíadas de Pequim, os brasileiros resolveram engrenar no último dia da fase de classificação e chegam para a final na terceira colocação geral.

O dia de disputa nas águas de Qingdao foi excelente para a dupla brasileira. Nas três provas realizadas nesta quarta-feira, Scheidt/Prada terminou em terceiro e assumiu essa condição favorável na classificação. Assim, o conjunto verde-amarelo chega para a grande final favorito ao bronze e na briga por prata e ouro.

VEJA QUAL É A PROGRAMAÇÃO DOS BRASILEIROS EM PEQUIM

Para assegurar o terceiro lugar e subir ao pódio, a dupla pode encerrar a regata da medalha até uma posição atrás dos franceses, três dos suíços, quatro dos poloneses, seis dos portugueses e oito dos alemães. Se todos os concorrentes ficarem atrás dos brasileiros, o bronze está garantido sem qualquer outra combinação.

A conta para que Robert Scheidt e Bruno Prada conquistem o ouro olímpico é mais complicada. Como estão a 14 pontos de Loof/Ekstrom, da Suécia, e 12 de Percy/Simpson, do Reino Unido, os brasileiros têm de cruzar a linha de chegada sete posições à frente dos suecos, seis dos ingleses e até uma atrás dos franceses.

A regata decisiva na classe Star está programada para esta quinta-feira, às 2h (de Brasília). Se for confirmada uma medalha para a dupla brasileira, Robert Scheidt chega a quatro, se iguala a Gustavo Borges, da natação, e se torna o segundo principal atleta do Brasil em Olimpíadas, atrás apenas de Torben Grael (5).

CONFIRA COMO ESTÁ A DISPUTA NO QUADRO DE MEDALHAS

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DEZ PRIMEIROS NA CLASSIFICAÇÃO GERAL - CLASSE STAR
POSIÇÃO DUPLA PAÍS PONTOS PERDIDOS
Loof/Ekstrom Suécia 33
Percy/Simpson Reino Unido 35
Scheidt/Prada BRASIL 47
Rohart/Rambeau França 51
Marazzi/De Maria Suíça 55
Kusznierewickz/Zycki Polônia 57
Domingos/Plantier Portugal 60
Pickel/Borkowski Alemanha 62
Pepper/Williams Nova Zelândia 66
10º Negri/Viale Itália 76

‘Olé’ comemora vitória sobre o Brasil, show de Agüero e neto de Maradona

Jornal provoca após a goleada: 'No ano que vem nascerá um Agüero-Maradona. No Brasil, rezam para que ele não se dedique ao futebol'

GLOBOESPORTE.COM Buenos Aires


'Nossos Bebetos': Agüero avisa ao mundo que dará o primeiro neto a Diego Maradona

“Nossos Bebetos”, diz a capa do jornal esportivo argentino “Olé”, que adora provocar o Brasil, nesta quarta-feira. Com a goleada de 3 a 0 na semifinal das Olimpíadas, o diário tem o que comemorar. Em trocadilho com o nome do ex-atacante brasileiro, a primeira página exalta os "bebês" argentinos que brilharam em Pequim: Agüero e o futuro neto de Diego Maradona.

O atacante, namorado da filha mais nova do “Pibe”, foi o destaque da partida com dois gols e o pênalti sofrido que originou o gol de Riquelme. Agüero comemorou chupando o dedo. “Kun confirma ao mundo que Gianina está grávida e dedica a vitória ao bebeto, perdão, ao bebê que está vindo”, diz o texto do jornal. A criança será o primeiro neto de Maradona.

O “Olé” volta a citar Bebeto em sua crônica. O jornal lembra que na Copa de 1994, contra a Holanda, o brasileiro comemorou seu gol fingindo ter uma criança no colo, em homenagem ao filho Matheus. Agüero colocou o dedo na boca, como uma chupeta. “É para avisar ao mundo (e não como fazia Bebeto, óbvio) que no ano que vem nascerá um Agüero-Maradona. No Brasil, já estão rezando para que a criança não se dedique ao futebol”, provoca o diário.

A final olímpica entre Argentina e Nigéria será no sábado, à 1h (de Brasília), no estádio Ninho do Pássaro em Pequim. Brasil e Bélgica disputam a medalha de bronze um dia antes, às 8h (de Brasília), em Xangai.

'Brasil não respeita a sua história', debocha Mascherano após goleada

Volante argentino critica esquema defensivo da seleção de Dunga

GLOBOESPORTE.COM Pequim


Lucas é expulso após falta em Mascherano. Depois, Thiago Neves levou cartão vermelho

Antes de enfrentar o Brasil na semifinal das Olimpíadas, o volante Mascherano afirmou que estava cansado de ver a seleção jogando na defesa contra a Argentina. Após a goleada de 3 a 0 em Pequim, o ex-corintiano foi ainda mais duro nas críticas ao time de Dunga:

- O Brasil não respeita a sua história há muito tempo - afirma o jogador do Liverpool ao “Olé”.

Mascherano afirmou que já sabia que a seleção brasileira jogaria recuada contra os hermanos. Segundo o volante, foi a mesma tática dos últimos clássicos. Porém, dessa vez o time de Dunga foi dominado e acabou eliminado da disputa pela medalha de ouro.

- Não queríamos que acontecesse o mesmo da Copa América. Não poderíamos dar espaços. Depois que abrimos o placar, tudo ficou mais tranqüilo - diz o volante, lembrando da derrota por 3 a 0 na decisão do torneio continental.

O ex-corintiano foi o responsável ainda pela expulsão de dois jogadores brasileiros. Lucas e Thiago Neves levaram o cartão vermelho depois de faltas violentas sobre Mascherano.

- Um 3 a 0 sobre o Brasil não acontece todos os dias. Isso nos deixa muito felizes - diz.

A final olímpica entre Argentina e Nigéria será no sábado, à 1h (de Brasília), no estádio Ninho do Pássaro em Pequim. Brasil e Bélgica disputam a medalha de bronze um dia antes, às 8h (de Brasília), em Xangai.

Confira o quadro de medalhas das Olimpíadas

Veja a programação e os resultados do dia

Volei, seleção tem prova de fogo - Brasil pega China pelas quartas

Seleção masculina de vôlei encara a China em busca da vaga na semifinal


Giba, abraçado aos companheiros, diz que uma nova competição começa agora nas Olimpíadas

Após uma jornada que incluiu a derrota na Liga Mundial, um bate-boca no treino e um tropeço na primeira fase dos Jogos de Pequim, a seleção masculina de vôlei não tem mais o direito de errar. A partir desta quarta-feira, às 9h (de Brasília), perder significa arrumar as malas e dar adeus ao sonho do título. Líder do grupo B, o time de Bernardinho encara a China, dona da casa, de olho na vaga nas semifinais. A TV Globo e o SporTV transmitem a partida das quartas-de-final ao vivo, e o GLOBOESPORTE.COM acompanha em Tempo Real.

Confira a tabela da fase final do vôlei masculino nas Olimpíadas de Pequim

- Esperamos estar na nossa melhor forma para entrar na briga por medalhas. Chegou a hora da verdade, em que não é permitido falhar. Todos os adversários são praticamente iguais e o nível será muito forte em todas as partidas - avalia o treinador.

O Brasil terminou a fase classificatória como líder do grupo B e agora enfrenta o quarto colocado do A. Até agora, a campanha inclui quatro vitórias e uma derrota - justamente para a Rússia, que já tinha sido algoz da equipe verde-amarela na Liga Mundial, no Rio de Janeiro. O capitão Giba, no entanto, quer deixar os problemas no passado.

- Agora começa outra competição. Uma competição mais difícil, pois quem perder vai embora para casa. Uma vitória nos coloca na semifinal, na disputa por medalhas. A experiência que esse grupo adquiriu ao longo dos anos pode e vai fazer muita diferença - diz Giba em seu blog.

Outros jogos das quartas-de-final

Antes de Brasil e China, duas partidas abrem as quartas-de-final dos Jogos Olímpicos de Pequim. Bulgária e Rússia duelam ainda nesta terça-feira, às 23h (de Brasília). Em seguida, Itália e Polônia se enfrentam à 1h. Para encerrar a fase, depois do jogo da seleção brasileira, Estados Unidos e Servia entram em ação às 11h.

Confira o quadro de medalhas

Confira a programação e os resultados do dia

GLOBOESPORTE.COM Pequim

Cearense Márcio está na final do volei de praia em Pequim

Márcio e Fábio Luiz surpreendem atuais campeões e se classificam para a decisão

Dupla passa por Ricardo e Emanuel e se prepara para encarar americanos

GLOBOESPORTE.COM Pequim

Mais um favorito brasileiro está fora da briga pelo ouro nas Olimpíadas de Pequim. Desta vez, no entanto, a notícia não é ruim para o país, já que uma dupla verde-amarela vai brigar pelo título. Em sua melhor partida nos Jogos de Pequim, Márcio e Fábio Luiz derrotaram os atuais campeões olímpicos, Ricardo e Emanuel, por 2 a 0, parciais de 22/20 e 21/18.

Agora, os vencedores vão disputar a final contra os americanos Rogers e Dalhausser, que passaram pelos também brasileiros Renatão e Jorge, representantes da Geórgia com os nomes de Geor e Gia. O duelo pelo ouro será realizado na próxima sexta-feira, à meia-noite (de Brasília). Já Ricardo e Emanuel disputam o bronze com os “georgianos” no dia anterior, às 22h.

Agência/Reuters

Fábio Luiz e Márcio vibram com vitória sobre compatriotas nas semifinal dos Jogos de Pequim

Na China da Grande Muralha, a expectativa era de uma disputa entre os dois paredões brasileiros, Ricardo e Fábio Luiz. Porém, em um dia pouco inspirado de Ricardo na rede, Márcio e Fábio Luiz dominaram o placar durante quase toda a partida. Após machucar o joelho durante as quartas-de-final, Emanuel não conseguiu segurar as pancadas dos adversários. Os pentacampeões mundiais venderam caro a derrota e ensaiaram reações no fim dos dois sets. Mas cometeram erros em momentos decisivos. Após seis vitórias em 16 confrontos internacionais, Márcio e Fábio conseguiram bater os compatriotas na partida mais importante de suas vidas.

“A Muralha” se impõe no bloqueio

Com um saque forte e Fábio Luiz concentrado no bloqueio, a dupla número 2 do Brasil saiu na frente. Conhecido como “Block Machine” (“Máquina de Bloqueios”), Ricardo não conseguia vencer o duelo contra o compatriota, conhecido como “A Muralha”, na rede. Visivelmente irritado, o baiano viu os adversários abrirem 14 a 8 no placar. No entanto, com o duelo em 19 a 16 para Márcio e Fábio, os favoritos ensaiaram uma reação. Fábio Luiz não conseguiu defender um saque de Ricardo e foi direto para o banco, sem pedir tempo para a arbitragem. Além de uma bronca do juiz, o capixaba levou um cartão amarelo, em um momento de descontrole que durou pouco. Os atuais campeões empataram em 19 a 19, mas um erro de Ricardo no ataque assegurou a vitória para Márcio e Fábio por 22 a 20.

Ricardo reclama, mas não consegue evitar vitória de compatriotas no segundo set

O cearense e o capixaba não diminuíram o ritmo na parcial seguinte e continuaram virando todas as bolas. Ricardo e Emanuel tentavam de tudo, mas não conseguiam usar o bloqueio e o contra-ataque para buscar o empate. Após dois erros do paranaense, Márcio e Fábio abriram três pontos de vantagem (8 a 5) e mantiveram seu domínio até o fim do set. Mais uma vez, os pentacampeões mundiais ensaiaram uma reação e diminuíram a desvantagem de três pontos (19 a16) para apenas um (19 a 18). Mas era dia de Márcio e Fábio. Com um ataque para fora de Ricardo, a dupla selou a vitória por 21 a 18. Em vão, o baiano reclamou da marcação dos juízes. Seus compatriotas, que chegaram a Pequim desacreditados após uma campanha ruim em 2008, se garantiram na final pela primeira vez.

Confira o quadro de medalhas dos Jogos de Pequim

Confira a programação e os resultados do dia

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