No ano passado, dos 1,6 milhão de empregos com carteira assinada gerados no País, 93% foram ocupados por jovens entre 15 e 29 anos de idade (Foto: Neysla Rocha)
Avanços em educação, emprego e renda elevam confiança do jovem brasileiro, que se revela o mais otimista do mundo
Embora não seja uma das capitais mais jovens do País, Fortaleza registra alguns avanços em relação à educação e, principalmente, trabalho. É Capital nordestina com maior índice de ocupação (63,15%) no mercado, considerando a população de 22 a 29 anos. No País, a posição de Fortaleza neste ranking é a 14ª. O desemprego nessa faixa etária(13,98%) é o menor verificado na região Nordeste. As constatações fazem parte da pesquisa do Ibre/FGV (Instituto Brasileiro de Economia, da Fundação Getúlio Vargas), divulgada ontem.
Outra revelação do estudo sobre o Mercado de Trabalho dos Jovens no Brasil é que o índice trabalhista entre a população de 15 a 29 anos de Fortaleza é 0,17. Isso coloca a Capital cearense na 13ª posição, entre as 27 capitais pesquisadas, e na quarta posição regional, atrás de Natal (RN), Recife (PE) e Aracaju (SE). O ranking é liderado por Vitória (ES), com um índice de 0,47. Esse dado é um dos que compõem o Ijet (Índice de Juventude, Educação e Trabalho), um dos três eixos das decomposições trabalhistas analisados na pesquisa.
Conforme o estudo, trata-se de ´uma espécie de metodologia Lego — o brinquedo de montar — explicando os pedaços das mudanças de renda do jovem brasileiro´. Segundo microdados do Censo, do IBGE, a Capital cearense não é uma das cidades mais jovens do País: ocupa o 17º lugar entre as 27 pesquisadas em proporção de jovens, cerca de 29,72%. A liderança é de Palmas (TO), onde as pessoas de 15 a 29 anos de idade representam 34,91% da população. Apenas Natal (TO) e Recife (PE) ficam atrás de Fortaleza em proporção de jovens, se considerada a região Nordeste, com 29,41% e 28,87%, respectivamente.
Jovem é confiante
São essas melhorias nos níveis gerais de educação, emprego e renda que elevaram a confiança do jovem brasileiro, explica Marcelo Neri, economista-chefe do Centro de Políticas Sociais do Ibre. O ponto de partida é o Índice de Felicidade Futura, calculado a partir de uma pesquisa realizada pelo Instituto Gallup, com 150 mil entrevistados em 132 países. Resultado: em uma escala de 0 a 10, os brasileiros com idade entre 15 e 29 anos deram nota 9,29 em relação à esperança de felicidade em cinco anos. Ou seja, não há no mundo inteiro, jovem mais otimista do que o brasileiro. ´Não é resultado apenas de um componente cultural, mas também de fatores reais´, diz Neri. Ele cita os investimentos em educação e melhorias nos níveis de emprego e renda. Em 15 anos, a média educacional de jovens com até 21 anos anos subiu 3,1 anos. Entre 2004 e 2008, o salário médio da população de 15 a 29 anos aumentou, em média, 10,5% por ano.
Passaporte
´O importante é mostrar a influência da educação no trabalho jovem´. ´A educação está rendendo mais no mercado de trabalho, servindo como passaporte para a carteira assinada. Após um período de estagnação entre 1992 e 2003, a renda aumentou 22,9% nos três anos seguintes. Em 2007, dos 1,6 milhão de empregos gerados no País, 93% foram ocupados por jovens´, diz.
EMPREGABILIDADE JUVENIL
Capital possui 4º melhor índice do NE
De cada cem jovens de Fortaleza, 3,59 conseguiram emprego com carteira assinada nos últimos quatro anos. É o 14º melhor índice do País e o quarto entre os estados do Nordeste. O maior índice de empregabilidade jovem foi verificado em Vitória (ES), onde 11,20% da população nessa faixa etária se empregou entre os anos de 2004 e 2008.
A renda dos jovens também melhorou no Ceará: passou da faixa de R$ 150 a R$ 250, em 1992, para R$ 250 a R$ 350, em 2006. Mas ainda é baixa, como todo o Nordeste, em relação a estados do Sul e Sudeste, onde a renda, com exceção de Minas Gerais e Santa Catarina, é de R$ 450 a R$ 533.
Na população entre 15 e 29 anos, a renda de todas as fontes chega, em média, a R$ 186,79 (de acordo com dados de 2006), bem abaixo da média nacional, de R$ 324,74. Se considerada apenas a Região Metropolitana de Fortaleza, é maior: R$ 241,99. O Índice de Desenvolvimento Educacional também é baixo, mostrando, segundo Marcelo Neri, a estreita relação entre anos de estudo e rendimentos.
Embora tenha passado de 0,44 para 0,56, de 2005 para 2007 (uma variação de 26,92%, a 12ª maior), é o sétimo mais baixo do País. ´É baixo, acompanha os demais [estados] do Nordeste, mas tem melhorado´, diz Neri. Apenas São Luís (MA) e João Pessoa (PB) aparecem melhor posicionadas que Fortaleza.
Dos jovens entre 15 e 29 anos, 42,48% freqüentam a escola na capital cearense (17ª do levantamento). Os anos de estudo chegam a 7,82 — 20ª da lista, com 1,64 ano a menos do que a líder, Santa Catarina.
REVELAÇÕES - SITUAÇÃO DO EMPREGO JOVEM
13ª é a posição da Capital cearense entre as 27 capitais pesquisadas pela FGV
4ª é o lugar de Fortaleza no ranking nordestino do emprego jovem
0,17 é o índice trabalhista entre a população de 15 a 29 anos em Fortaleza
9,29 é o índice de otimismo do jovem brasileiro na escala de 0 a 10
93% dos empregos gerados em 2007, dentre 1,6 milhão, foram ocupados por jovens
Fonte:diariodonordeste.com.br
Embora não seja uma das capitais mais jovens do País, Fortaleza registra alguns avanços em relação à educação e, principalmente, trabalho. É Capital nordestina com maior índice de ocupação (63,15%) no mercado, considerando a população de 22 a 29 anos. No País, a posição de Fortaleza neste ranking é a 14ª. O desemprego nessa faixa etária(13,98%) é o menor verificado na região Nordeste. As constatações fazem parte da pesquisa do Ibre/FGV (Instituto Brasileiro de Economia, da Fundação Getúlio Vargas), divulgada ontem.
Outra revelação do estudo sobre o Mercado de Trabalho dos Jovens no Brasil é que o índice trabalhista entre a população de 15 a 29 anos de Fortaleza é 0,17. Isso coloca a Capital cearense na 13ª posição, entre as 27 capitais pesquisadas, e na quarta posição regional, atrás de Natal (RN), Recife (PE) e Aracaju (SE). O ranking é liderado por Vitória (ES), com um índice de 0,47. Esse dado é um dos que compõem o Ijet (Índice de Juventude, Educação e Trabalho), um dos três eixos das decomposições trabalhistas analisados na pesquisa.
Conforme o estudo, trata-se de ´uma espécie de metodologia Lego — o brinquedo de montar — explicando os pedaços das mudanças de renda do jovem brasileiro´. Segundo microdados do Censo, do IBGE, a Capital cearense não é uma das cidades mais jovens do País: ocupa o 17º lugar entre as 27 pesquisadas em proporção de jovens, cerca de 29,72%. A liderança é de Palmas (TO), onde as pessoas de 15 a 29 anos de idade representam 34,91% da população. Apenas Natal (TO) e Recife (PE) ficam atrás de Fortaleza em proporção de jovens, se considerada a região Nordeste, com 29,41% e 28,87%, respectivamente.
Jovem é confiante
São essas melhorias nos níveis gerais de educação, emprego e renda que elevaram a confiança do jovem brasileiro, explica Marcelo Neri, economista-chefe do Centro de Políticas Sociais do Ibre. O ponto de partida é o Índice de Felicidade Futura, calculado a partir de uma pesquisa realizada pelo Instituto Gallup, com 150 mil entrevistados em 132 países. Resultado: em uma escala de 0 a 10, os brasileiros com idade entre 15 e 29 anos deram nota 9,29 em relação à esperança de felicidade em cinco anos. Ou seja, não há no mundo inteiro, jovem mais otimista do que o brasileiro. ´Não é resultado apenas de um componente cultural, mas também de fatores reais´, diz Neri. Ele cita os investimentos em educação e melhorias nos níveis de emprego e renda. Em 15 anos, a média educacional de jovens com até 21 anos anos subiu 3,1 anos. Entre 2004 e 2008, o salário médio da população de 15 a 29 anos aumentou, em média, 10,5% por ano.
Passaporte
´O importante é mostrar a influência da educação no trabalho jovem´. ´A educação está rendendo mais no mercado de trabalho, servindo como passaporte para a carteira assinada. Após um período de estagnação entre 1992 e 2003, a renda aumentou 22,9% nos três anos seguintes. Em 2007, dos 1,6 milhão de empregos gerados no País, 93% foram ocupados por jovens´, diz.
EMPREGABILIDADE JUVENIL
Capital possui 4º melhor índice do NE
De cada cem jovens de Fortaleza, 3,59 conseguiram emprego com carteira assinada nos últimos quatro anos. É o 14º melhor índice do País e o quarto entre os estados do Nordeste. O maior índice de empregabilidade jovem foi verificado em Vitória (ES), onde 11,20% da população nessa faixa etária se empregou entre os anos de 2004 e 2008.
A renda dos jovens também melhorou no Ceará: passou da faixa de R$ 150 a R$ 250, em 1992, para R$ 250 a R$ 350, em 2006. Mas ainda é baixa, como todo o Nordeste, em relação a estados do Sul e Sudeste, onde a renda, com exceção de Minas Gerais e Santa Catarina, é de R$ 450 a R$ 533.
Na população entre 15 e 29 anos, a renda de todas as fontes chega, em média, a R$ 186,79 (de acordo com dados de 2006), bem abaixo da média nacional, de R$ 324,74. Se considerada apenas a Região Metropolitana de Fortaleza, é maior: R$ 241,99. O Índice de Desenvolvimento Educacional também é baixo, mostrando, segundo Marcelo Neri, a estreita relação entre anos de estudo e rendimentos.
Embora tenha passado de 0,44 para 0,56, de 2005 para 2007 (uma variação de 26,92%, a 12ª maior), é o sétimo mais baixo do País. ´É baixo, acompanha os demais [estados] do Nordeste, mas tem melhorado´, diz Neri. Apenas São Luís (MA) e João Pessoa (PB) aparecem melhor posicionadas que Fortaleza.
Dos jovens entre 15 e 29 anos, 42,48% freqüentam a escola na capital cearense (17ª do levantamento). Os anos de estudo chegam a 7,82 — 20ª da lista, com 1,64 ano a menos do que a líder, Santa Catarina.
REVELAÇÕES - SITUAÇÃO DO EMPREGO JOVEM
13ª é a posição da Capital cearense entre as 27 capitais pesquisadas pela FGV
4ª é o lugar de Fortaleza no ranking nordestino do emprego jovem
0,17 é o índice trabalhista entre a população de 15 a 29 anos em Fortaleza
9,29 é o índice de otimismo do jovem brasileiro na escala de 0 a 10
93% dos empregos gerados em 2007, dentre 1,6 milhão, foram ocupados por jovens
Fonte:diariodonordeste.com.br
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