quinta-feira, 7 de maio de 2009

Na Jordânia, Papa terá mesmo aparato de segurança de Obama



O senador Akel Biltaji (esq.) garantiu que a segurança será grande para proteger o Papa
O senador Akel Biltaji (esq.) garantiu que a segurança será grande para proteger o Papa
07 de maio de 2009
Renato Beolchi/Terra

Renato Beolchi

Direto de Amã


Ainda que seja assunto sigiloso, a segurança do papa Bento XVI durante sua passagem pela Jordânia, que começa nesta sexta-feira, terá todo o aparato que seria mobilizado caso a visita fosse do presidente americano Barack Obama. A garantia é do senador Akel Biltaji, ex-ministro do Turismo e conselheiro do Rei Abdullah II. "Não posso falar em números, caso contrário não seria assunto de segurança".

Biltaji encontrou-se com jornalistas no início da tarde desta quinta-feira em Amã, capital da Jordânia, ao lado do padre Rifat Bader, porta-voz do Vaticano na Jordânia. Ambos destacaram a importância da visita de Bento XVI à região.

O pontífice inicia nesta sexta-feira a terceira visita papal à Terra Santa. A primeira ocorreu em 1964 quando Paulo VI passou curtas 6 horas na Jordânia antes de seguir para Israel. Em 2000, João Paulo II ficou durante dois dias no reino. Bento XVI ficará pelo menos quatro dias.

Biltaji, ao contrário das autoridades israelenses, não entrou em detalhes quanto aos números do esquema de segurança montado para a visita do Papa. Em Israel, para onde Bento XVI segue na segunda-feira, pelo menos 8 mil homens serão escalados para trabalhar na proteção do Santo Padre.

Ferida aberta
A preocupação tem motivo. Ainda que a Jordânia tenha ficado em 14º no ranking dos 131 países mais seguros do mundo, segundo o Fórum Econômico de Davos, há apenas 3 anos e meio Amã foi palco de um sangrento atentado terrorista assumido pela Al-Qaeda. Na noite de 10 de novembro de 2005 explosões em três hotéis de luxo da cidade deixaram pelo menos 59 mortos e mais de uma centena de feridos.

"Foi o nosso 11 de setembro", comparou um emocionado Biltaji ao lembrar a noite dos ataques. O senador ocupava o cargo de conselheiro do Rei Abdullah II para a promoção do turismo no país e viu-se diretamente envolvido com o ataque. Ele declarou estar em um dos hotéis no momento do ataque e emocionou-se ao lembrar um amigo que morreu no atentado.

Lenço palestino de presente ao Papa
Já o padre Rifat destacou o caráter de união religiosa que Bento XVI demonstra com a visita ao Oriente Médio. Rifat afastou tentou ainda afastar as críticas que o pontífice recebeu há quase 3 anos quando, em palestra na Universidade de Regensburg, Bento XVI citou críticas ao Islã feitas no século XIV pelo imperador bizantino Manuel II Palaeologus, segundo quem Maomé só havia trazido coisas ruins e desumanas, "como sua ordem de difundir pela espada a fé que ele pregava".

Como prova da unidade entre muçulmanos e católicos, Rifat disse que presenteará o papa com uma kufia, o lenço jordaniano em vermelho e branco típico da região e que traz em suas pontas as bandeiras do Vaticano e da Jordânia lado a lado.

Agenda religiosa
Bento XVI desembarca no aeroporto internacional de Amã no início da tarde desta sexta-feira. Em seguida ele abençoa o Centro Rainha da Paz, uma organização que ajuda pessoas necessitadas. No sábado pela manhã o Papa deve visitar o Monte Nebo, de onde Moisés teria avistado a Terra Prometida em Israel. No domingo o pontífice celebrará uma missa no Estádio de Amã e em seguida irá ao local do batismo de Jesus Cristo no Rio Jordão.

Largada do GP da Espanha fará Rubens Barrichello chegar a outra marca histórica

Brasileiro da Brawn GP entrará na lista dos dez pilotos da Fórmula 1 com mais corridas iniciadas consecutivamente, com 117

Rafael Lopes Rio de Janeiro


Barrichello chega a outra marca histórica na F-1

A largada do GP da Espanha colocará Rubens Barrichello na lista dos dez pilotos que mais conseguiram começar uma corrida consecutivamente. Com 116, o brasileiro da Brawn GP, vice-líder da temporada 2009, está apenas uma atrás do italiano Michele Alboreto e do canadense Jacques Villeneuve,

A última corrida em que Rubens Barrichello não largou foi o GP da França de 2002, quando a Ferrari, sua equipe na ocasião, esqueceu seu carro sobre cavaletes no grid de largada em Magny-Cours. O brasileiro não saiu para a volta de apresentação e sequer iniciou a corrida.


Barrichello já detém o recorde de mais GPs disputados na história da Fórmula 1, atualmente com 275. Ele superou a marca de Riccardo Patrese no GP da Turquia de 2008. O italiano tem 257 GPs.

Confira a lista dos pilotos com mais largadas consecutivas na Fórmula 1:

P. Piloto Largadas Primeira Última Motivo da interrupção
1 Riccardo Patrese 187 Bélgica-1992 Austrália-1993 Fim da carreira
2 David Coulthard 175 Brasil-1995 Canadá-2005 EUA 2005 - problemas com os pneus
3 Alain Prost 160 EUA-1981 Brasil-1991 SMA 1991 - Rodada volta de apresentação
4 Ayrton Senna 149 Europa-1984 San Marino-1994 SMA 1994- Acidente fatal no GP
5 Thierry Boutsen 138 Canadá-1984 Bélgica-1993 Fim da carreira
6 Gerhard Berger 132 México-1989 Europa-1997 Fim da carreira
7 Jean Alesi 129 Mônaco-1994 Japão-2001 Fim da carreira
8 Michael Schumacher 124 Malásia-1999 Brasil-2006 Fim da carreira
9 Heinz-Harald Frentzen 118 Espanha-1994 Inglaterra-2002 FRA 2002 - Não conseguiu se classificar
10 Michele Alboreto 117 Áustria-1981 Portugal-1989 ESP 1989 - Sem se pré-classificar
Jacques Villeneuve 117 Austrália-1996 Austrália-2003 MAL 2003 - Problema eletrônico
12 Rubens Barrichello 116 Alemanha-2002 Em andamento

Participação de estrangeiros na Bovespa cresce em abril

Volume financeiro subiu 9,2% no mês, atingindo R$ 97,19 bilhões.
Ações mais procuradas foram a Petrobras PN e a Vale PNA.

Do G1, em São Paulo

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A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), que registrou valorização de 15,5% no mês passado, viu a participação de estrangeiros em suas negociações aumentar em abril. A fatia dos investidores externos ficou em 36,23%, contra 34% de março. Já o percentual de pessoas físicas caiu, de 33,82% para 30,85%, entre março e abril.


Em abril de 2009, o volume financeiro negociado atingiu R$ 97,19 bilhões, com atlta de 9,2% sobre o resultado de março. O fluxo de recursos de investidores estrangeiros para o mercado de ações brasileiro, entre 1º de janeiro e 30 de abril, está positivo em R$ 7,074 bilhões, de acordo com a bolsa brasileira.

Ações

De acordo com dados oficiais, os papéis que tiveram maior giro financeiro no mês de abril foram: Petrobras PN (R$ 13,02 bilhões), Vale PNA (R$ 10,53 bilhões), Itaú Unibanco PN (R$ 4,06 bilhões), Petrobras ON (R$ 3,64 bilhões) e BMFBovespa ON (R$ 3,3 bilhões).

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Venezuela aprova nacionalização parcial dos serviços de petróleo

Lei permitirá a governo expropriar empresas privadas do setor.
Indenização será feita em títulos públicos, em vez de dinheiro.

Da Reuters


A Venezuela aprovou nesta quinta (7) uma legislação que permite a nacionalização de algumas empresas de serviços petrolíferos, ampliando o controle do setor pelo presidente Hugo Chávez.

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A lei facilitará que o governo assuma o patrimônio de empresas como Halliburton e Schlumberger, num momento em que a estatal PDVSA acumula dívidas de bilhões de dólares com fornecedores, devido à queda nos preços do petróleo.

A medida pode reduzir ainda mais a produção de petróleo do país, pois pode desacelerar serviços essenciais, já prejudicados após anos de investimentos insuficientes da PDVSA, que banca os programas sociais responsáveis pela popularidade de Chávez.

"Parece uma forma fácil de sair das atuais disputas de dívidas com as empresas de serviços, mas é uma abordagem míope", disse Antoine Halff, vice-presidente de pesquisas da corretora Newedge Group, de Nova York.

"Primeiro, há dúvidas sobre quão bem a PDVSA pode administrar essas empresas de serviços, mas também há dúvidas sobre como isso irá afetar futuros investimentos em projetos petrolíferos", afirmou.

A lei coloca o Estado à frente de empresas que prestam serviços, como a reinjeção de gás e água e o transporte naval no lago Maracaibo (região produtora de petróleo), e dá à PDVSA o direito de assumir as empresas envolvidas nessas operações.

A nova legislação permitirá que o governo exproprie empresas e indenize as companhias com títulos públicos, em vez de dinheiro, que determine o controle preliminar do patrimônio da empresa enquanto a Justiça resolve disputas, e possivelmente anula contratos existentes.

"Um setor importante como o petróleo não pode ficar sujeito aos caprichos das empresas privadas. Deve estar sujeito ao controle do Estado", disse na quarta-feira o ministro da Energia, Rafael Ramírez.

Segundo ele, o governo irá divulgar uma lista de empresas que seriam assumidas sob a nova legislação. Uma delas, a Williams Companies, que tem dívidas de US$ 241 milhões a receber da PDVSA, está "ao alcance da lei", segundo o ministro.

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Grandes bancos dos EUA ainda precisam quase US$ 75 bilhões, mostra teste

Dados foram divulgados pelo Federal Reserve e pelo Tesouro americano.
Somente o Bank of America precisará de US$ 33,9 bilhões em recursos.

Do G1, em São Paulo

O resultado do "teste de estresse" promovido pelo Federal Reserve (Fed, banco central americano) e pelo Tesouro mostrou que os dez principais bancos avaliados precisam de recursos extras de quase US$ 75 bilhões para ter sua saúde financeira garantida.

O Bank of America deverá ter uma larga participação na captação de recursos, pois o estudo mostrou que a instituição ainda precisa de US$ 33,9 bilhões, segundo anunciaram o Fed e o Tesouro. Já o Wells Fargo deverá captar US$ 13,7 bilhões.

Outras instituições que precisarão de largas somas de dinheiro incluem a empresa de financiamento automobilístico GMAC, com US$ 11,5 bilhões; o Citigroup, com US$ 5,5 bilhões; e o banco de investimento Morgan Stanley, com US$ 1,8 bilhão.

A divulgação do estudo sugere, de acordo com documento divulgado no site do Federal Reserve, que, se a economia tomasse um cenário mais adverso, as 19 instituições poderiam precisar de até US$ 600 bilhões entre 2009 e 2010.

Somadas com as perdas já registradas desde meados de 2007, isso totalizaria US$ 950 bilhões.

Capital mínimo

Ao falar sobre a necessidade de se levantar mais US$ 74,6 bilhões em capital, o Fed esclarece que o montante se refere a apenas dez das 19 instituições avaliadas, o que significa que nove já possuem o capital mínimo que será exigido pelo Fed a partir de agora.

Entre as instituições que passaram no "teste de estresse" e não precisarão de recursos extras estão a emissora dos cartões de crédito American Express, o banco de investimentos Goldman Sachs e a seguradora MetLife.

Fora isso, o banco central americano diz que a maior parte deste dinheiro se refere à meta mínima estipulada para o capital ordinário das instituições. Ou seja, boa parte deste total poderá ser alcançado por meio da conversão da participação preferencial em ordinária.

Valor menor

Na verdade, antes de encontrar o número de US$ 74,6 bilhões, o Fed havia calculado a necessidade de se levantar US$ 185 bilhões em dinheiro novo. No entanto, esse número maior tinha como referência o balanço de dezembro de 2008.

Segundo o Fed, como o desempenho da receita dos bancos superou as estimativas no primeiro trimestre, e algumas medidas envolvendo o capital dessas instituições já foram tomadas entre janeiro e março, a necessidade de dinheiro extra ficou "substancialmente" menor.

(Com informações da France Presse e do Valor OnLine)

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Ministério da Saúde confirma quatro casos de nova gripe no Brasil

Dois casos são de São Paulo, um do Rio e outro de Minas Gerais.
Até as 9h30, havia 24 casos suspeitos sendo acompanhados no país.

Diego Abreu Do G1, em Brasília


O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, confirmou no início da noite desta quinta-feira (7) que há quatro casos de influenza A no Brasil. São os primeiros registros confirmados da nova gripe no país.

Os quatro casos são de brasileiros adultos jovens –todos teriam contraído a doença no exterior. Dois casos são de São Paulo, um do Rio de Janeiro e outro de Minas Gerais.

Três dos casos confirmados são de pessoas que estiveram recentemente no México; o outro, é de uma pessoa que esteve no Estados Unidos. Temporão disse que todos passam bem.

Um dos casos de São Paulo é de um jovem que esteve no México entre os dias 17 e 22 de abril e manifestou os sintomas da nova gripe no dia 24. Segundo Temporão, ele ficou internado entre 29 de abril e 4 de maio e não corre mais o risco de infectar outras pessoas, pois já passou o maior período de transmissibilidade do vírus, que é de dez dias.

O outro caso de São Paulo é de um paciente que chegou da Flórida, nos Estados Unidos, no dia 28 de abril. Começou a manifestar os sintomas no dia seguinte, mas não foi internado porque, de acordo com a OMS, a Flórida não era considerada área afetada pelo influenza A. Mesmo assim, após a suspeita, ele foi mantido em isolamento domiciliar e, segundo o ministério, nenhum de seus familiares manifestou sintomas da doença.

O caso confirmado de Minas Gerais é de um paciente que esteve no México entre 22 e 27 de abril e manifestou os sintomas ainda no exterior, no dia 26. Segundo o ministro, ele foi internado tão logo desembarcou no Brasil e permaneceu em isolamento domiciliar até 6 de maio. Também não corre o risco de infectar outras pessoas.

Já o quarto confirmado é um paciente do Rio de Janeiro que esteve no México e retornou ao Brasil no dia 3 de maio. Ele apresentou os sintomas ainda no exterior, no dia 2, e está internado desde o dia 5. Esse está em uma fase da doença em que ainda pode transmitir o vírus.

Questionado se há a necessidade do uso de máscaras após a confirmação dos primeiros casos no país, Temporão descartou a hipótese. "Não existe o menor sentido, se o vírus não está circulando. É momento de confiar nas autoridades, na saúde pública brasileira", afirmou.

Segundo ele, o Brasil está preparado para tratar até 12,5 mil pacientes e tem condições de produzir medicamento para o tratamento de até 9 milhões de pessoas, caso necessário.