terça-feira, 28 de abril de 2009

MEC divulga as melhores e as piores escolas no Enem 2008

Colégio São Bento, no Rio, é o melhor pelo segundo ano consecutivo.
Alunos de 91% das escolas com ensino médio do país fizeram o exame.

Fernanda Calgaro Do G1, em São Paulo


Quadro no corredor do São Bento parabeniza alunos pelo resultado no Enem: escola hoje é considerada a melhor do país (Foto: Daniella Clark/G1)

O Ministério da Educação divulgou nesta terça-feira (28) o desempenho por escola no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2008. A escola com o melhor desempenho foi o Colégio São Bento, no Rio de Janeiro . Com média total (prova objetiva e redação) de 80,58, a instituição ficou em primeiro lugar pelo segundo ano consecutivo.


Na segunda posição, com 77,38 pontos, aparece o Colégio Bernoulli, de Belo Horizonte, que em 2007 estava em 12º. Em terceiro, está o Colégio de Aplicação da Universidade Federal de Viçosa (MG).

Confira a planilha com todas as escolas do país (o arquivo está em .xls)

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O G1 elaborou o ranking com base na média total (prova objetiva e redação) com correção de participação, que simula a participação de 100% dos alunos. Como o exame não é obrigatório, escolas que tiveram percentual baixo de participação em relação ao número de alunos matriculados poderiam sair prejudicadas. As escolas com menos de dez participantes ficaram sem conceito. A consulta por escola também poderá ser feita no site do MEC mediasenem.mec.gov.br .

"A divulgação desses resultados é uma prestação de serviço para a população, que consegue saber como está a escola em que o filho estuda", afirma Reynaldo Fernandes, presidente do Inep.

"Em São Paulo, por exemplo, tem muita escola de nome, mas que, na verdade, tem um desempenho mais baixo do que outras do mesmo padrão. Ou seja, a nota do Enem serve como um parâmetro para o pai perceber que a escola não está tão boa assim quanto ele imaginava."

Mais de 24 mil escolas

Das 26.665 escolas de ensino médio que constam do Censo Escolar, 24.253 tiveram alunos que participaram do Enem no ano passado. Dos 2,9 milhões que fizeram o Enem em 2008, 69,3% declararam ter cursado todo o ensino médio em escola pública.

A prova cobrava 63 questões, que avaliavam 18 habilidades e competências, e uma redação. A partir deste ano, o Enem terá um novo formato: 200 questões e uma redação . O MEC propõe ainda que o exame seja adotado pelas universidades federais como o seu processo seletivo.

No fim do ranking, está a Escola Indígena Tekator, em Tocantinópolis (TO), com média total de 25,11 (redação e parte objetiva). Uma escola que atende alunos surdos, Alcindo Fanya Jr., em Curitiba, aparece em penúltimo lugar, com média 26 . "São escolas com realidades muito diferentes e isso deve ser levado em conta", diz Fernandes, do Inep.

O Inep pondera que as colocações no ranking não levam em conta as 8.000 escolas que ficaram sem conceito por causa da baixa participação e, portanto, não tiveram as suas médias consideradas.

As 20 mais e as 20 menos

Das 20 escolas com as maiores médias no Enem, 15 são da rede particular. Entre as públicas, quatro são escolas ligadas a universidades públicas e uma é militar. Por outro lado, todas as 20 piores são estaduais; dessas, oito são indígenas.

A comparação entre as escolas também reflete a situação econômica do país. Das 20 melhores, 16 são do Sudeste, enquanto entre as 20 piores, 15 são do Norte e Nordeste. "Assim como todos os outros indicadores sociais econômicos, o desenvolvimento da região também vai se refletir na educação", afirma o presidente do Inep.

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Vírus da gripe suína ainda não é resistente a remédios, diz OMS

Genebra, 28 abr (EFE).- A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou hoje que o vírus da gripe suína detectado em seres humanos "não apresentou, até agora, resistência aos dois remédios utilizados para tratá-lo", ou seja, o oseltamivir e zanamivir.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou hoje que o vírus da gripe suína detectado em seres humanos 'não apresentou, até agora, resistência aos dois remédios utilizados para tratá-lo', ou seja, o oseltamivir e zanamivir.

O nível de alerta sanitário mundial foi elevado nas últimas horas de três para quatro (em uma escala até seis), o que significa que foi verificada uma transmissão do vírus de pessoa a pessoa, de modo que podem surgir focos em nível comunitário.

O porta-voz da OMS, Gregory Hartl, pediu para "não cair em rumores que podem distorcer os fatos", em relação a eventuais novos focos de gripe suína.

Sobre um suposto caso detectado na China, sustentou que, "por enquanto, trata-se de um rumor".

Reiterou que a OMS não aconselha as restrições de viagens ou fechamentos de fronteiras, já que, "em termos de saúde pública, quando se viaja não é possível submeter cada pessoa a uma revisão médica e esperar deter a doença".

"Se alguém está com febre e tosse, pode ser por muitas outras razões. Por outro lado, se uma pessoa está infectada com este novo vírus, pode não apresentar sintomas", disse o porta-voz

Por isso, ressaltou, "as restrições de viagem não funcionam".

Este vírus fica em incubação entre dois e seis dias, e os sintomas severos levam cinco dias para aparecer, e é nessa fase que se entra "em um período perigoso".

No entanto, Hartl disse que "é prudente que os Governos digam a seus cidadãos que pensem duas vezes antes de ir a áreas afetadas".

O porta-voz disse também que equipes de cientistas da OMS estão trabalhando no México com as autoridades desse país em relação a este foco infeccioso.

No México, "está claro" que a infecção é transmitida dentro de pequenas comunidades, enquanto existe a "suspeita de uma transmissão entre seres humanos em outros lugares, onde não houve nenhum contato com porcos", como nos Estados Unidos, mas esclareceu que "ainda não temos uma confirmação oficial a respeito".

Afirmou que essa transmissão entre pessoas "parece ter ocorrido em uma escola em Nova York, mas esperamos confirmação oficial por parte das autoridades".

Sobre a alta mortalidade do vírus no México, Hartl disse que os especialistas ainda não encontraram uma explicação, e sustentou que esta infecção pode ter se complicado com infecções preexistentes e torná-la mais severa.

Segundo o porta-voz da OMS, "talvez não tenha se reconhecido a doença. Quando nunca se viu uma doença, os médicos não sabem como tratá-la", e acrescentou que "os que estão no início de um foco são mais vulneráveis".

O porta-voz esclareceu, em qualquer caso, que o México "conta com grandes reservas de Tamiflu (oseltamivir)". EFE