sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Dilma será a sucessora de Lula em 2010, afirma Tarso GenroDilma

AFIRMAÇÃO DE TARSO

Lula já escolheu Dilma para 2010


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"É uma escolha boa, que tem condições de ser acolhida pelo partido e fazer uma grande campanha", Tarso Genro

O ministro da Justiça, Tarso Genro, afirmou que Lula vai indicar Dilma Rousseff para sucedê-lo na Presidência

Brasília. O ministro da Justiça, Tarso Genro, afirmou ontem que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai defender junto ao PT a indicação da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, para representar a legenda nas eleições presidenciais de 2010.

Ele se excluiu da disputa ao dizer que, como membro do governo, deve ´respeitar a escolha do presidente´. E reconheceu que essa escolha é visível. ´É a ministra Dilma.´

´Tenho uma avaliação, por uma série de sinais, que o presidente já fez uma escolha, que vai propor ao partido. E eu, como membro do governo e subordinado politicamente ao presidente, devo respeitar a escolha dele. E acho que é uma escolha boa, que tem condições de ser acolhida pelo partido e fazer uma grande campanha´, explicou.

A declaração de Tarso dividiu opiniões dentro do próprio PT. O senador Delcídio Amaral (PT-MS) afirmou que a declaração do ministro não lhe surpreendeu. Apesar de também ser um defensor da candidatura de Dilma Rousseff, o senador considera que seria mais prudente esperar o fim das eleições municipais para só então começar o debate com os partidos aliados.

Essa não é a opinião, entretanto, de petistas como o primeiro vice-presidente do Senado, Tião Viana (AC), e da líder do partido, Ideli Salvatti (SC). Viana afirma que ´é tempo de o PT começar a especular seus nomes´. Ele ressaltou que aliados como o PSB já fizeram isso ao colocar o nome do deputado Ciro Gomes (CE) como um virtual candidato à Presidência da República em 2010.

Já a líder do PT no Senado disse ´não ter qualquer dúvida´ de que Dilma Rousseff sempre foi o nome preferido de Lula para a sucessão presidencial.

Já a deputada Luciana Genro (PSOL-RS), filha de Tarso Genro, ponderou que se o presidente Lula pretende fazer de Dilma Rousseff sua sucessora terá que ´começar a campanha cedo´. A seu ver, a ministra não é conhecida pela população suficientemente para emplacar em 2010 como presidente da República.

O Ceará pode ter uma montadora de automóveis de grande porte

Projeto prevê incentivos a montadora no Estado


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Marcos Oliveira, presidente da Ford para a América Latina, espera salto de produção com a Troller, após a aceitação do modelo 2009 do T4 (Foto: Fábio Lima)

O Ceará pode ter uma montadora de automóveis de grande porte antes mesmo da conclusão da siderúrgica e da refinaria — empreendimentos previstos para entrar em operação em 2010 e 2014, respectivamente. Sem revelar o nome da empresa que vem sendo prospectada na China, o governador Cid Gomes disse ontem que já enviou à Assembléia Legislativa (AL) projeto de lei permitindo conceder incentivos fiscais maiores a novas montadoras que desejem instalar fábricas no Estado.

´Faz parte da estratégia de atrair essa indústria (automobilística), que fica fortalecida a partir da implantação de uma siderúrgica e de uma grande refinaria de petróleo´, afirmou Cid Gomes. De acordo com ele, a montadora não teria de vir necessariamente após a conclusão destes projetos. ´É claro que a presença desses dois empreendimento irá fortalecer. Eu tenho trabalhado desde agora a credito que é possível vir a ter uma indústria automobilística antes da siderúrgica e da refinaria´, explicou. Para Cid Gomes, o fato de o Estado abrigar há mais de uma década, a fábrica da Troller — de origem cearense e comprada em 2006 pela Ford —, ´mostra que o cearense tem talento para criar e industrializar´. ´Isso me faz acreditar na vocação para a indústria, para que a gente possa ter aqui uma grande montadora de automóveis´, declarou, em coletiva após o lançamento do novo modelo da Troller, o T4, em Horizonte.

Credencial com a Troller

O governador afirmou que a experiência da Troller ´mostra que a mão-de-obra cearense também é capaz de atuar nessa indústria sofisticada que é a indústria automobilística´. ´Isso nos credencia a tentar conquistar projetos ainda maiores neste setor´, reforçou, diante de centenas de funcionários da empresa automobilística.

A unidade fabril da Troller possui 470 funcionários, produz cinco veículos por dia, que são, inclusive, exportados para Angola e Cabo Verde. ´Me sinto vaidoso, no bom sentido, quando encontro fora do Ceará e, às vezes até fora do Brasil, um veículo produzido aqui´, declarou Cid Gomes, destacando que a qualidade dos carros é atestada pelas suas participações em hallys. Segundo Rodrigo Lourenço, gerente de Marketing da empresa, a meta é chegar a fabricar 6,5 unidades por dia, a partir do próximo ano.

Negociação avançada

Segundo o presidente da Agência de Desenvolvimento Econômico do Estado (Adece), Antonio Balhmann, a negociação para a vinda da montadora de veículos para o Ceará encontra-se em estágio avançado. ´A China tem 40 montadoras e busca espaços no mundo para produzir. No Brasil, há vários estados dispostos a receber estes projetos´, disse.

MESMO COM TURBULÊNCIA
Ford no Brasil quer manter planos

A Ford não pretende rever suas estimativas de produção e vendas para 2008, em função de possíveis desdobramentos da crise financeira. De acordo com o presidente da empresa para a América Latina e Brasil, Marcos de Oliveira, o momento atual é de monitorar o desempenho da indústria automobilística, que deve bater recorde no País este ano, com a comercialização de três milhões de veículos, pela primeira vez na história.

Segundo Oliveira, o mês de setembro foi positivo para o segmento e as atenções se voltam, agora, para outubro. ´Hoje, é muito difícil dizer se vai haver impacto ou não (da crise). É o momento certo para analisar. Não estamos mudando nossa estratégia. Tudo o que nós tínhamos planejado de investimento e produção vamos continuar mantendo nas próximas semanas para entender se há impacto, qual o seu tamanho e quais as ações necessárias´. Este ano, de acordo com Oliveira, a Ford deve atingir a casa de quase 300 mil veículos vendidos no Brasil, com uma produção doméstica, incluindo exportações, na casa de 350 mil veículos. Ressaltou que a montadora espera dar mais um salto de produção com a marca Troller, após a aceitação do modelo 2009 do T4, lançado ontem em Horizonte. ´O desafio da indústria automobilística é pegar um produtor ganhador e torná-lo ainda melhor. E foi isto o que a nossa equipe de engenharia fez com o T4, mantendo a essência do seu DNA´, comentou o presidente da Ford. O novo Troller recebeu mudanças na carroceria, tanto em termos estéticos quanto de ferramentas de montagem, ganhou vidros com curvatura e mudanças no chassi, para melhorar a dirigibilidade. Para ele, a montadora acertou a aposta no Nordeste, com as unidades do Ceará e da Bahia.
Fonte:diariodonordeste.com.br

Escolaridade eleva remuneração do trabalhador Cearense

PARA CADA ANO DE ESTUDO

Salário cresce 16,75% no CE

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Marcelo Néri: educação é desafio para o Ceará elevar a renda do trabalhador

Escolaridade eleva remuneração do trabalhador. No Brasil, renda sobe 15% a cada ano estudado

Rio/Fortaleza. Cada ano a mais de estudo de um trabalhador do Ceará pode aumentar em 16,75% sua remuneração. No Nordeste, este índice é de 17%. Os números estão acima da média nacional, que indica ganho de 15% a mais no salário do brasileiro para cada ano estudado. É o que aponta o Índice Você, divulgado ontem pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) de 2007, produzida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

De acordo com o levantamento, o porcentual é resultado da diferença entre a remuneração dos dois extremos da pirâmide educacional: analfabetos e indivíduos com 18 anos de escolaridade. “O salário médio nacional de uma pessoa sem qualquer instrução é de R$ 401, enquanto o de um trabalhador com 18 anos de escolaridade chega a R$ 5.027. Isto dá uma diferença média anual de 15%”, detalha Marcelo Néri, coordenador do índice. No Ceará, esta comparação varia entre R$ 262 e R$ 4.253.

Segundo Néri, o brasileiro dedica em média 8,3 anos aos estudos, enquanto o cearense, 7,1 anos. “O Ceará está uma década atrás do Brasil, em relação ao nível de estudos”, analisa o pesquisador. “O desafio é acelerar a educação no Estado”. Apesar desta defasagem, Néri acrescenta que essa distância tem diminuído.

O País tem uma taxa de educação com crescimento anual de 2,2%, entre 2004 e 2007, enquanto no Ceará este índice cresce 4,1% ao ano. “No longo prazo, o Estado deve alcançar o nível de estudos registrado no País”, analisa Marcelo Néri.

A pesquisa também indica que o salário do trabalhador brasileiro cresceu 4,8% ao ano, entre 2004 e 2007.

No Ceará, a variação é de 4,87%. “Isso reflete que o mercado de trabalho está aquecido”. No Brasil, o maior salto de remuneração ocorre quando um trabalhador de nível superior, com 15 anos de estudos, ingressa em uma pós-graduação. “Com apenas um ano a mais de estudo, os salários podem crescer 47,39%. As oportunidades, porém, crescem em ritmo mais lento, de 1,26%”, acrescenta. A alfabetização também representa importante salto de renda. A diferença de rendimentos entre uma pessoa sem instrução com a de um trabalhador com um ano de escolaridade chega a 6,88%. Neste caso, as oportunidades de conseguir emprego também aumentam, sendo 13,98% maiores para os que estudaram.

CAROL DE CASTRO
Repórter

Fonte:diariodonordeste.com.br

Crise financeira mundial alavanca turismo no Ceará

Turismo do CE pode ganhar


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Com a maior procura por destinos nacionais, a paradisíaca Jericoacoara é uma das que devem despontar como destino de sol, mar e belezas naturais (Foto: Thiago Gaspar)

Trade aposta em um mês de outubro muito positivo, puxado pela realização de novos eventos corporativos

Reza um dito popular que ´enquanto uns choram, outros vendem lencinhos´. Ou seja, o que é prejuízo para alguns, pode transformar-se em oportunidades de bons negócios para outros, principalmente nesse cenário de crise, de disparada do dólar, e do conseqüente recuo na demanda por viagens internacionais.

No Ceará, apesar da cautela diante da crise, a rede hoteleira se diz pronta para atender ao incremento da demanda e já aposta em uma alta estação aquecida, não apenas pelo sol do verão, mas pelos turistas brasileiros. ´A hotelaria está sempre preparada, em um ou dois dias, toda estrutura está pronta para receber o turista´, assegura o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH-CE), Régis Medeiros. Ancorado em índices de 67,92% de ocupação da rede hoteleira cearense, em setembro último, 13 pontos percentuais superiores aos 53,53% registrados no mesmo período de 2007, Medeiros aposta em um mês de outubro muito positivo, puxado, principalmente, pela realização de novos eventos corporativos. Outra aposta do ´trade´ turístico está na atração de estrangeiros, sobretudo desportistas de vela — windsurfistas e kitesurfistas — em busca dos ventos fortes do litoral cearense, nesta época do ano.

Alta estação

Para o período de alta estação, em dezembro e janeiro próximos, Medeiros também projeta crescimento no fluxo, a partir da retração nas viagens internacionais em cruzeiros marítimos, o que pode se transferir para o turismo doméstico. ´Isoladamente, o incremento do dólar é excelente para o setor, porque com a moeda americana forte sobre o real, o turista estrangeiro tende a vir para o Brasil´, avalia.

Cautela prevalece

Ele pondera, no entanto, que o período é de cautela para todos os segmentos. ´Temos que ver até aonde a crise vai afetar o consumo no mercado doméstico´, diz o executivo da ABIH-CE. Avaliação paralela faz o presidente da Associação dos Meios de Hospedagem e Turismo (pousadas e hotéis de até três estrelas) AMHT-CE, Luís Antônio Frota. Para ele, com o aumento do dólar, as expectativas positivas crescem em relação aos turistas estrangeiros e domésticos, tendo em vista que viajar para o exterior neste momento, significa pagar passagens aéreas, hotéis, refeições e lazer mais caros, lá fora. Assim como Medeiros, Frota alerta que o setor precisa avaliar também, os efeitos da crise nos mercados emissores, sobretudo Europa e Ásia. ´Precisamos saber qual a disposição atual dos estrangeiros viajarem, diante da crise atual´, orienta o titular da AMHT-CE. Segundo Frota, os pequenos hotéis e pousadas fecharam setembro com 58% de ocupação, 6% superior a setembro do ano passado. ´Com ou sem crise, estamos nos preparando para a alta estação´, diz.

PARA ABAV
´Sol e Mar´ voltam ao cardápio

Com a cotação do dólar elevada, muita gente que sonhava com viagens para o exterior refez as contas e decidiu gastar em real. Para a Associação Brasileira das Agências de Viagens (Abav), o turismo no País promete crescer mais de 20%. Com a crise no crédito, o Sol e Mar voltam a fazer parte do cardápio do turista brasileiro, o que pode terminar auxiliando o incremento do turismo no Nordeste.

Destinos mais competitivos

Destinos como as praias cearenses, de Natal e da Bahia, que vinham perdendo competitividade diante do dólar desvalorizado voltam a ganhar força, entrando nos portfólios das agências de viagem. De outro lado, países como os Estados Unidos, Buenos Aires e Chile, que estavam mais próximos do turista brasileiro devem ser deixados de lado temporariamente, pelo maior custo da moeda norte-americana. Quem já estava com as passagens compradas antes das turbulências provocadas pela crise financeira internacional, embarcou.

Mas com o dólar e o euro mais caros, o jeito vai ser reduzir as compras.

Oportunidades

Se o número de viagens internacionais começa a despencar, os agentes de viagens investem em outros roteiros: mais baratos, mais próximos, igualmente divertidos e que atendem ao visitante. Investir em roteiros internos, iluminados pelo sol e ventilados pela brisa do mar cearense e nordestino, é sempre uma boa opção, sobretudo agora, em período de baixa estação.

CARLOS EUGÊNIO
Repórter

Fonte:diariodonordeste.com.br

Policia Federal fecha Bancos de Jogo do Bicho e prende diretores

PF fecha ´Paratodos´, prende 10 e apreende R$ 5 milhões


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Banco cercado: agentes do Comando de Operações Táticas (COT), de Brasília, cercaram a sede do ´Paratodos´ por volta das 5 horas. A operação foi chefiada por uma delegada e se estendeu pelas residências dos acusados (Foto: Miguel Portela)

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Dinheiro confiscado: policial arrasta malote contendo moedas que estavam guardadas em um dos cofres do banco

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Prédio interditado: no fim do cerco, os federais lacraram a porta principal do banco, na Tristão Gonçalves

Justiça e Polícia Federal põem fim às atividades do grupo que controlou Jogo do Bicho no Ceará, por 30 anos

“Nosso objetivo foi alcançado. A intenção era acabar com a cúpula, com a cabeça da organização criminosa. Não adiantava pegar as bancas, logo elas seriam substituídas. Então, como que a gente fez isso? A gente prendeu os responsáveis e seqüestrou o prédio que eles chamam de banco.”

A declaração foi dada, em entrevista coletiva, ontem à tarde, pela delegada da Polícia Federal, Ana Cláudia Diniz, que chefiou a ´Operação Arca de Noé´. Duzentos policiais federais, entre eles, atiradores do Comando de Operações Táticas (COT), vindos de Brasília, ´estouraram´ o Banco Paratodos, que controlava, no Ceará, há cerca de 30 anos, a exploração do Jogo do Bicho. Dez pessoas foram presas, entre elas, oito diretores do ´Paratodos´, e quatro estão foragidas. A PF apreendeu ainda cerca de R$ 5 milhões nos cofres do banco.

Prisões

A operação foi desencadeada, a partir das 5 horas da manhã, em vários locais de Fortaleza, entre elas, as residências dos diretores do ´Paratodos´, e o próprio banco, que funcionava num prédio de cinco andares na Avenida Tristão Gonçalves, 123, em pleno Centro de Fortaleza.

Até o começo da noite passada, a PF tinha contabilizado a prisão das seguintes pessoas: Francisco Mororó (presidente da organização), 80 anos; seu filho, Francisco Lima Mororó, 64; os sócios Fábio Leite de Carvalho, Fábio Leite de Carvalho Júnior, João Carlos de Mendonça, João Evangelista Camelo Rebouças, Arnaldo Paula Viana e além da gerente do banco, Vilauba Maria de Paiva Salvador.

Na mesma ação, a PF prendeu também o policial militar reformado João Araújo Crisóstomo, acusado de comandar a segurança particular do banco; e o irmão dele, o delegado Francisco Carlos Araújo Crisóstomo, superintendente-adjunto da Polícia Civil do Ceará. Estão foragidos e sendo procurados pela PF outros quatro sócios do ´Paratodos´: Hamilton de Paula Viana, seu filho Hamilton Paula Viana Filho; José Geraldo Martins de Souza e Francisco de Assis Rodrigues de Souza.

Segundo a delegada Ana Cláudia Diniz, todos os acusados, à exceção do delegado Crisóstomo, tiveram prisão temporária de cinco dias decretada pelo juiz federal Danilo Fontenelle, titular da 11ª Vara da Justiça Federal no Ceará.

Investigação

Os diretores do ´Paratodos´ vinham sendo investigados desde 2002, num inquérito instaurado pela PF para apurar, a princípio, os crimes de sonegação fiscal e contra o sistema financeiro nacional. Mas, segundo Ana Cláudia, no decorrer das diligências sigilosas, quando foram quebrados os sigilos telefônico, fiscal e bancário dos acusados, acabaram sendo descobertos outros delitos graves como: corrupção ativa e passiva, inclusive de agentes públicos; prevaricação, tráfico de influência, posse ilegal de armas, exercício ilegal de segurança privada e ´lavagem´ de dinheiro, sem contar a contravenção penal do Jogo do Bicho.

Na semana passada, a PF decidiu que havia chegado a hora de ‘estourar’ o esquema criminoso e encaminhou à Justiça Federal o pedido de prisão para 13 envolvidos, além de 21 mandados de busca e apreensão. O pedido foi deferido pelo juiz Danilo Fontenelle e, logo, o superintendente da PF no Ceará, delegado Aldair da Rocha, pediu a mobilização de agentes de outros Estados.

Na entrevista coletiva, Aldair da Rocha afirmou que o objetivo foi alcançado, pois a desarticulação da rede criminosa só seria possível se os ‘cabeças’ fossem presos. Ele ressaltou que o trabalho da PF não tinha por objetivo reprimir a prática do Jogo do Bicho, pois segundo ele, esta era uma atribuição da Polícia Estadual. A PF entrou no caso quando descobriu a prática de delitos federais, como a sonegação de impostos e crimes contra a organização financeira do País.

A delegada informou que os agentes tiveram que arrombar vários cofres espalhados pelo interior do banco, além de chegar ao cofre-forte, onde foram encontrados os R$ 5 milhões em espécie. Além disso, toda a contabilidade do ´Paratodos´ foi confiscada e será submetida a análise pela perícia contábil.

Segundo a delegada que comandou a operação ´Arca de Noé´, somente ao fim deste exame pericial será possível constatar quanto o banco movimentava por mês e qual o volume de sonegação praticada nos últimos anos.

Fernando Ribeiro/Nathália Lobo
Editor/repórter

BUSCAS
Agentes usam marretas para abrir prédio

A sede do ´Paratodos´ foi ocupada por cerca de seis horas pela Polícia Federal. A PF, munida de mandado de busca e apreensão, teve que usar a força e entrar com a ajuda de marretas para abrir as portas e janelas, todas de vidro fumê. Durante a chegada, um policial feriu a mão esquerda devido aos estilhaços de vidro e teve que passar por pequena cirurgia para suturar o corte. Ele foi atendido numa clínica particular, por volta das 8 horas.

Do lado de fora, curiosos aguardavam o desenrolar dos fatos. A calçada, em frente ao edifício, foi interditada com fita amarela. Na entrada, pelo menos, oito policiais federais, fortemente armados, vigiavam o movimento de quem passava pela via.

Do lado de dentro, delegados da PF comandavam a operação de averiguar desde documentos, computadores e somar o dinheiro guardado no cofre do Paratodos. O advogado do grupo, Flávio Jacinto, disse que não sabia a quantia exata de dinheiro que havia ali. As informações extra-oficiais falavam de R$ 3 milhões em cédulas e moedas, posteriormente ficou confirmada a informação de que cerca de R$ 5 milhões foram confiscados. “Eles não têm nada de concreto contra a gente. É preciso ter acesso do processo para saber exatamente do que se trata”, argumentou Jacinto.

Três funcionários do grupo, todos técnicos de segurança, foram detidos e levados à sede da Federal, na Avenida Borges de Melo, para prestar depoimentos. O silêncio imperou no local. Apenas o representante do ´Paratodos´ conversava com a Imprensa vez por outra. Segundo ele, nenhum diretor estava no prédio na hora da ocupação por parte da PF.

Fechou

A operação foi apoiada pela Autarquia Municipal de Trânsito (AMC), que garantiu a livre circulação das viaturas da Polícia Federal até a sede da corporação, na Avenida Borges de Melo. O trânsito na Avenida Tristão Gonçalves ficou lento. Por volta das 11h40, a AMC fechou um quarteirão da via, exatamente para as viaturas da federal melhor se posicionarem para receber o material apreendido. No total, sete malotes com cédulas, e mais dois de moedas foram levados pelos agentes. Além disso, foram retirados do prédio, um rifle, documentos e computadores.

Lêda Gonçalves
Repórter

REAÇÃO
Cambistas estavam revoltados com a ação

Deu zebra no Jogo do Bicho do Ceará. Ninguém esperava, no entanto, a famosa “fezinha” no palpite ou sonho, realizada em “bancas” tão comuns e fáceis de encontrar em cada esquina da cidade, teve que ser adiada. Ontem, os 26 mil cambistas existentes no Estado, de acordo com dados do grupo ´Paratodos´, foram obrigados a parar suas atividades devido a ´Operação Arca de Noé´.

Sem saber o que fazer, muitos foram para a sede do grupo tentar colher informações mais precisas. “Tive que recolher minha banca, no Conjunto Ceará, porque mandaram. Foi de repente”, conta José Amaro de Farias Lima.

A maioria demonstrava desespero com a ação da PF. Revoltados, alguns xingaram os policiais federais. “Quem vai botar comida no prato de meus filhos agora?”, indagava a cambista Zenita Menezes da Silva. Ela relata que é mãe e pai das crianças e o Jogo do Bicho garantia sua sobrevivência.

Fonte:diariodonordeste.com.br

Greve bancária continua

Bancários de SP decidem estender greve até segunda-feira

Categoria irá realizar passeata a partir das 15h nesta sexta-feira (10).
Sindicato diz que adesão à paralisação subiu para 29,3% da categoria.

Do G1, em São Paulo


Maior parte das agências no Centro de SP segue fechada (Foto: Juliana Cardilli/G1)

Os bancários de São Paulo decidiram dar continuidade à greve da categoria nesta sexta-feira (10) e segunda-feira (13). A decisão foi tomada em assembléia no final da tarde desta quinta-feira (9), na sede do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, na Sé, no Centro. A continuidade da paralisação foi motivada pelo fato de a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) não ter reaberto negociações. Por meio de nota à imprensa, a federação dos bancos reiterou “seu interesse na continuidade das negociações com a categoria bancária”.

Segundo a assessoria do sindicato, a adesão ao movimento grevista teve um acréscimo neste segundo dia. No total, foram paralisadas 744 agências bancárias e 11 centros administrativos. A estimativa é de que mais de 35 mil bancários interromperam as atividades, o que representa 29,3% dos cerca de 120 trabalhadores da categoria na Grande São Paulo.

“Enquanto a federação dos bancos não apresentar uma proposta à altura do trabalho empenhado pelos bancários, a greve continua”, disse Luiz Cláudio Marcolino, presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região.

Os bancários vão realizar uma passeata pela região central da capital nesta sexta-feira, a partir das 15h, saindo da Bolsa de Valores de São Paulo, na Rua 15 de Novembro. E na segunda-feira, haverá uma nova assembléia, às 17h, na quadra do sindicato para avaliar e definir os próximos passos do movimento.

A categoria reivindica aumento real de 5% (além da inflação de 7,15%), auxílio-creche de R$ 415, vale-refeição de R$ 17,50 por dia, além de Participação nos Lucros e Resultados (PLR) composta de três salários mais valor fixo de R$ 3.500. Os bancários rejeitaram no dia 24 de setembro proposta dos banqueiros que previa reajuste de 7,5% e PLR menor do que a paga no ano passado. Os bancários são uma das poucas categorias do país com um acordo coletivo nacional.

A Fenaban, por sua vez, afirmou, por meio de nota enviada à imprensa nesta quinta-feira, que “os bancos têm o dever de assegurar o direito de acesso às agências por parte de clientes, funcionários e do público em geral. Para tanto, devem recorrer a todas as medidas judiciais necessárias para proteger esse direito”. Para a federação, os casos de grevistas que impedem o acesso dos clientes às agências “constituem flagrante desrespeito à lei e aos direitos do público e dos funcionários”.

A assessoria de imprensa da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) informa que as contas não terão o vencimento adiado e devem fazer o pagamento no prazo. Para isso, a federação orienta que a população procure canais alternativos de atendimento, como telefone, caixas eletrônicos, internet, casas lotéricas, agências dos correios e supermercados.

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Bolsas asiáticas fecham em forte queda

Companhia de seguros Yamato Life Insurance pediu falência.
Mercado europeu abre com perdas acentuadas.

Do G1, com agências internacionais *

Contaminadas pela crise financeira global e em pânico, as bolsas asiáticas encerraram a última sessão da semana, nesta sexta-feira (10), em forte queda. Ao longo do dia, o mercado da Ásia viveu momentos assustadores e chegou a sofrer suas maiores perdas desde o início da turbulência provocada pela instabilidade da economia dos Estados Unidos.

Em Tóquio, o índice Nikkei chegou a recuar 11,38%, ameaçando romper a barreira negativa dos 8 mil pontos, cerca de meia hora após o início do pregão. Na metade do dia, o indicador mostrou pouca recuperação e registrava perdas de 9,42%. Acabou fechando no vermelho de 9,62%, seu pior desempenho desde 28 de maio de 2003.

Banco central japonês

Numa tentativa de alavancar o mercado, o Banco do Japão (BOJ) forneceu hoje 3,5 trilhões de ienes (US$ 35,4 bilhões) para aliviar a situação do setor financeiro, informou a agência de notícias “Kyodo”. Este é o 18º dia consecutivo em que o BOJ realiza uma provisão bilionária de emergência no sistema japonês de investimentos.

Desde que o banco de investimento americano Lehman Brothers quebrou, no dia 15 de setembro, o banco central japonês forneceu ao sistema financeiro 33,4 trilhões de ienes (US$ 332,1 bilhões).

Falência

A turbulência financeira internacional derrubou a companhia de seguros japonesa Yamato Life Insurance, que pediu a proteção da lei de falências, anunciou nesta sexta a Agência de Serviços Financeiros. “Os dirigentes da Yamato entregaram um dossiê à Agência de Serviços Financeiros (ASF) para pedir a proteção da lei de falências”, afirmou um funcionário do órgão estatal.

A dívida da empresa chega a 269,5 bilhões de ienes (2 bilhões de euros) e supera em 11,4 bilhões de ienes (84 milhões de euros) o valor de todos os ativos do grupo, explicou seu presidente, Takeo Nakazono. “O caos do mercado financeiro e a contração do crédito fizeram cair rapidamente o valor de nossa carteira. Isto foi além do que esperávamos”, disse.

Outros mercados asiáticos

Também influenciada pela crise mundial nos mercados de valores, a Bolsa de Hong Kong abriu com forte queda de 7,7%. O índice Hang Seng manteve o desempenho negativo no meio da sessão, com baixa de 7,03%. A exemplo do Japão encerrou em queda acentuada de 7,19%.

Em Seul, a bolsa sul-coreana mergulhou 7,5% na abertura, se recuperou um pouco e terminou o pregão com perdas de 4,13%. O indicador de valores tecnológicos Kosdaq caiu 5,29%.

A Bolsa de Valores de Xangai resistiu aos índices alarmantes dos principais mercados asiáticos, mas também encerrou o pregão no vermelho: 3,57%.

Oceania

Na Austrália, a Bolsa de Sydney perdia 7,4% no início, com o SP/ASX 200 recuando 323,5 unidades, a 3.997,4 pontos. No final, as perdas ficaram ainda maiores, pois o indicador fechou em baixa de 8,3%, a maior baixa desde 1987. “Os investidores fogem para o ouro. É o único valor sem risco. Tudo mais está no vermelho", disse Lucinda Chan, da Macquarie Equities, no mercado australiano.

Abertura na Europa

As principais bolsas européias iniciaram o pregão desta sexta-feira com quedas acentuadas e também assustadoras, que em alguns casos beiravam os 10%. Na abertura das sessões, o índice FTSE-100 da Bolsa de Londres chegou a registrar baixa de 9,89%, o S&P/MIB de Milão caía 8,59%, o CAC-40 de Paris operava em baixa de 8,83%, enquanto o DAX-30 de Frankfurt perdia 9,92%.

Na Espanha, o Ibex-35 recuava 7,40%, enquanto o SMI (Swiss Market Index) de Zurique perdia 7,43%, e a Bolsa de Viena tinha de suspender seu pregão por registrar uma perda superior aos 10%.

Outros mercados europeus também operavam em forte baixa, como Lisboa (7,21%), Bruxelas (6,5%), e Amsterdã (6,62%).

Rússia

As autoridades reguladoras dos mercados russos impediram que as bolsas de Moscou, uma cotada em dólares (RTS) e outra em rublos (Micex), abrissem esta sexta por causa da forte queda do mercado asiático.

Petróleo

O barril de petróleo Brent, de referência na Europa, para entrega em novembro, baixou dos US$ 80,00 e cotava US$ 78,68 na abertura do Intercontinental Exchange Futures (ICE), US$ 3,98 menos que o fechamento de quinta-feira (9).

* Com informações das agências Efe e France Presse

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