terça-feira, 5 de maio de 2009

Dólar fecha terça-feira com alta de 0,84%

Moeda terminou dia negociada a R$ 2,148.
Mercados tiveram dia de oscilação.

Do G1, em São Paulo


Cotação do dólar tem forte oscilação no pregão desta terça-feira. (Foto: Divulgação)

O dólar comercial fechou em valorização nesta terça-feira (5).

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Bovespa tem oscilação

A moeda encerrou os negócios negociada a R$ 2,148 para a venda, com alta de 0,84%.

Nesta terça, depois de oito meses, o Banco central voltou a fazer leilão de swap cambial reverso, o que na prática significa a compra de dólares no mercado futuro.

O BC vendeu todos os 67.600 contratos ofertados ao mercado, numa operação equivalente a US$ 3,412 bilhões. Nesse tipo de operação, o mercado ganha quando a variação do juro supera a do dólar.

O real está exibindo uma valorização muito rápida (ante o dólar). Talvez isso deixe o BC um pouco 'desconfortável', o que pode ter reforçado a decisão pelo leilão", avaliou Reginaldo Galhardo, gerente de câmbio da Treviso Corretora de Câmbio.

"Nos níveis de R$ 2,20, tanto o exportador quanto o importador estão no mercado. Abaixo disso, o exportador começa a achar ruim", acrescentou Galhardo.

O gerente de câmbio acredita que a atuação do BC ocorreu basicamente para não deixar o exportador desguarnecido em um cenário ainda de crise. De acordo com o analista, o dólar em torno de R$ 2,10 não favorece a empresas que exportam.

Discurso de Bernanke

Os mercados, que operavam sem direção definida no início do pregão, migraram para o terreno negativo depois do discurso do presidente do Federal Reserve (Fed, banco central americano), Ben Bernanke, que previu que a economia vai se recuperar mais para o fim do ano, mas somente depois de atingir o "fundo do poço".

Ele afirmou, porém, que o investimento das empresas segue fraco e que haverá mais cortes de emprego nos próximos meses. O mercado de trabalho norte-americano viu 5 milhões de empregos serem eliminados nos últimos 15 meses. E o problema ainda não foi resolvido.

"A informação mais recentente sobre o mercado de trabalho - o número de novos pedidos e renovações de seguro-desemprego - sugere que veremos novos cortes de vagas e aumento de desemprego nos próximos meses", ressaltou Bernanke.

(Com informações do Valor Online e da Reuters)

Produção industrial sobe 0,7% e tem terceira alta seguida, aponta IBGE

Segundo instituto, setor de automóveis influenciou resultado mensal.
A perda acumulada dos dois últimos trimestres foi a maior desde 1990.

Do G1, em São Paulo


Linha de produção da Ford no ABC paulista; setor de veículos foi um dos que mais influenciou alta na produção industrial mensal (Foto: Divulgação)

A produção industrial subiu 0,7% no mês de março em relação a fevereiro e registrou a terceira alta mensal seguida, considerando os dados com ajuste sazonal.

As informações fazem parte da Pesquisa Industrial Mensal divulgada nesta terça-feira (5) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Em relação a março do ano passado, a atividade industrial apresentou recuo de 10%, de acordo com o instituto.

A perda acumulada dos dois últimos trimestres foi de 16,7%, a mais elevada desde o segundo trimestre de 1990, quando o índice recuou 19,8%.

Foto: Editoria de Arte/G1

"Após três meses de suave acréscimo mensal no nível de produção, acumulando alta de 4,8% entre dezembro e março, houve uma inversão na trajetória do índice de média móvel trimestral, que cresceu 1,6% em março frente ao mês anterior, após perda acumulada de 18% nos últimos cinco meses", destacou o IBGE em nota.

Segmentos em alta

Um dos setores que mais influenciou a alta, conforme o instituto, foi o setor de veículos automotores, que registrou, em relação a fevereiro, elevação de 7%.

Onze das 27 atividades industriais tiveram alta na produção. Outores setores destacados pelo instituto foram a indústria farmacêutica (9%); outros produtos químicos (3,5%); equipamentos de instrumentação médico-hospitalar e óticos (20,8%); e indústrias extrativas (2,4%).

Segmentos em retração

Em março, o IBGE apontou alguns dos setores que exerceram pressão negativa no índice: equipamentos de transporte (-15,2%); máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-15,3%); máquinas e equipamentos (-3,3%); e material eletrônico e equipamentos de comunicações (-5,5%).

Considerando as categorias da indústria, a única a registrar retração em março ante fevereiro foi o setor de bens de capital, cuja produção caiu 6,3%. Os demais registraram leve variação ou pequena alta: bens intermediários (0,3%); bens de consumo (1,3%); bens duráveis (1,7%); bens semiduráveis e não duráveis (0,8%).


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Presidente do Irã adia visita ao Brasil


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Mahmoud Ahmadinejad quer visitar o Brasil após as eleições presidenciais no Irã

Teerã. O Ministério das Relações Exteriores confirmou ontem o adiamento da visita ao Brasil do presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, marcada para esta amanhã. Também foram canceladas as viagens do presidente iraniano a outros países da América do Sul, como o Equador e Venezuela.
Por volta das 16h de ontem, Ahmadinejad encaminhou mensagem ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva comunicando o adiamento da viagem. Na mensagem, o presidente iraniano afirma que decidiu adiar a visita ao Brasil para uma data posterior às eleições.

´Ao expressar meus melhores cumprimentos a Vossa Excelência, ao governo e à nação brasileira, agradeço seu convite cordial para visitar o Brasil. As relações bilaterais entre os dois países entraram em fase de aceleração no sentido de incrementar a cooperação. Estou muito interessado em concretizar a visita, baseado na vontade política de desenvolver as relações bilaterais em todos os campos. Peço a Vossa Excelência aceitar o adiamento da visita oficial para outra oportunidade, depois da eleição presidencial no Irã, cuja data será oportunamente definida pelas duas chancelarias. Rogo a Deus pela prosperidade e bem-estar da nação brasileira e pelo sucesso de Vossa Excelência´, afirma a mensagem.

Mal-estar

O cancelamento da visita não tem relação com as reações negativas de alguns grupos à presença dele, segundo o subsecretário-geral de assuntos políticos do Itamaraty, Roberto Jaguaribe.

O subsecretário disse que, apesar dos protestos de cristãos, judeus e homossexuais contra a presença do iraniano no território brasileiro, o governo federal possui interesse em aproximar suas relações comerciais com o Irã e, por isso, vai insistir que o presidente remarque a visita ao País, em breve.

´Se tem mal-estar ou não, eu não saberia dizer. Não há nada expresso claramente. Evidentemente que eles prefeririam se tivéssemos concordância com eles, o que não é o caso´, afirmou Roberto Jaguaribe sobre as resistências à visita.