quinta-feira, 2 de abril de 2009

Governo prevê queda de 20% nas exportações neste ano

Segundo MDIC, vendas externas devem cair para US$ 160 bi neste ano.
Se confirmada, será a primeira queda das vendas externas desde 1999.

Alexandro Martello Do G1, em Brasília


O governo federal projetou uma queda de 20% nas vendas externas brasileiras neste ano, para US$ 160 bilhões, segundo informações divulgadas nesta quarta-feira (1) pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). Em 2008, as exportações do país somaram US$ 197,9 bilhões.

Se confirmada, será a primeira queda nas vendas externas, contra o ano anterior, desde 1999, quando houve o recuo de 6,1%. "Essa é a maior crise econômica desde 1929", observou o secretário de Comércio Exterior do MDIC, Welber Barral.

Meta de exportações

Segundo, ele, porém, previsão não é a mesma coisa que meta. "Isso não é meta. Meta é algo a mais do que a previsão. Queremos que seja mais do que isso [US$ 160 bilhões de exportações neste ano]. Esperamos um esforço do governo e do setor privado para que seja mais do que isso, mas vai depender não só do governo brasileiro, mas da crise que existe lá fora", disse Barral.

A retração das exportações, assim como das compras do exterior, que vêm sendo registradas neste ano, são reflexo da crise financeira internacional. No primeiro trimestre de 2009, segundo números do MDIC, as vendas externas recuaram 19,4%, ao mesmo tempo em que as compras do exterior caíram ainda mais: 21,6%. Em março, o superávit da balança somou US$ 1,77 bilhão e, nos três primeiros meses de 2009, o superávit da balança subiu 9,1%, para 3,01 bilhões.

Comparação com outros países

"Há uma crise e isso explica porque estamos 20% abaixo do ano passado nas exportações", afirmou Barral. O MDIC informou ainda que as vendas externas brasileiras recuarão, neste ano, menos do que em outros países. "A situação é bem melhor do que outros países. Temos menos problemas de crédito", disse o secretário.

Segundo números do MDIC, a queda de 20% nas vendas externas no primeiro trimestre deste ano está pior, somente, do que a Índia, no que se refere aos países emergentes. Aquele país teve uma retração de 18,9% nas vendas no primeiro trimestre deste ano. A Rússia, o México, a Argentina e a China, por exemplo, registraram recuos de 43%, 31,5%, 30,4% e 21,1%.

Outras previsões

A previsão do MDIC está acima do projetado pelo Banco Central. No mês passado, a autoridade monetária informou que espera exportações de US$ 158 bilhões em 2009, e compras do exterior em US$ 141 bilhões, o que resultaria em um superávit comercial de US$ 17 bilhões neste ano.

O Ministério do Desenvolvimento não forneceu estimativa para as importações em 2009. Informou apenas que, se for mantida a tendência atual, a balança deverá registrar superávit neste ano. O mercado financeiro acredita que o saldo positivo da balança comercial deverá totalizar US$ 14 bilhões em 2009.

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Do G1, em São Paulo


O ministro Mantega e o presidente Lula concedem entrevista nesta quarta (1) em trem de alta velocidade com destino a Londres. (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, chegou nesta quarta-feira (1º) a Londres para a reunião do G20 (grupo que reúne países desenvolvidos e emergentes). Ele afirmou que o pacote de recursos que o grupo deve aprovar para impulsionar o crédito global deve ficar próximo de US$ 1 trilhão.

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Além disso, o ministro da Fazenda, que faz parte da comitiva do presidente Lula na reunião, disse que o valor a ser destinado pelos países-membros para o financiamento do comércio internacional ficaria em aproximadamente US$ 200 bilhões.

Mantega confirmou também que se encontraria reservadamente com o secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Timothy Geithner, antes do jantar de ministros do G20. Eles discutiriam temas relacionados à reunião desta quinta-feira. Depois, ele participaria de um jantar com ministros no museu Tate Modern.

FMI

Fontes do G7 afimaram que o volume de recursos do Fundo Monetário Internacional (FMI) pode triplicar depois do fim do encontro de líderes, em Londres. Os países mais ricos do mundo estariam "considerando fortemente" uma injeção de US$ 500 bilhões no Fundo.

Desta forma, os recursos totais disponíveis chegariam a US$ 750 bilhões, o triplo do valor atual. John Lipsky, vice-diretor de gerenciamento do FMI, afirmou que essa proposta poderá ser feita pelo secretário americano do Tesouro, Timothy Geithner.

Outros governos, porém, defendem um reforço menor, que elevaria o caixa do FMI para US$ 500 bilhões."Estou confiante de que nossos membros deixarão claro que nós temos os recursos para garantir nossa responsabilidade de ajudar a estabilizar os mercados e a economia globais, e restaurar o crescimento", disse Lipsky nesta quarta-feira.

(Com informações da Agência Estado, da Reuters e do Valor OnLine)

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Argentina de Maradona é humilhada pela Bolívia em La Paz: 6 a 1

Primeiro revés de El Pibe no comando iguala a maior derrota da história da seleção argentina de futebol

GLOBOESPORTE.COM La Paz


Um vexame. A primeira derrota de Maradona no comando da seleção da Argentina entrou para a história do futebol do país. Os hermanos foram a La Paz e foram derrotados pela Bolívia por incríveis 6 a 1, o que iguala o maior revés da história do futebol argentino. Na Copa de 1958, os hermanos perderam pelo mesmo placar para a então Tchecoslováquia.

Curiosamente, dois "brasileiros" tiveram participação importante no atropelamento boliviano: Marcelo Moreno, que tem dupla nacionalidade e já defendeu seleções de base do Brasil, abriu o placar, e Alex da Rosa, naturalizado boliviano, marcou outro. Botero (três) e Torrico completaram o marcador para a Bolívia, com Lucho González descontando.

Com o resultado, a Argentina pode perder a segunda colocação na tabela de classificação das eliminatórias sul-americanas para a Copa de 2010. Os hermanos se mantiveram com 19 pontos e podem ser ultrapassados por Chile (19) e Brasil (18), que jogam ainda nesta quarta-feira. A Bolívia chegou a 12 pontos e tem remotas chances de conseguir classificação ao Mundial.

Maradona arma ferrolho e se dá mal

Ao contrário do que fez no jogo do último sábado, quando goleou a Venezuela em casa (4 a 0), Maradona não escalou seu trio ofensivo. Agüero deu lugar ao volante Lucho González, e Messi e Tevez ficaram sozinhos no ataque.

Maradona parece não acreditar no que vê

Além de Lucho, a Argentina teve ainda dois outros volantes em campo: Mascherano e Gago. Máxi Rodríguez foi o principal responsável pela armação no setor de meio-de-campo.

A tão temida altitude de La Paz (3.600 metros) nem pode ser utilizada como desculpa completa para o fiasco argentino, uma vez que, no intervalo, os bolivianos já venciam por 3 a 1.

Empurrada por sua torcida, a Bolívia começou partindo para cima e abriu o placar logo aos 11 minutos. Marcelo Moreno recebeu na área, limpou a marcação e bateu rasteiro para fazer 1 a 0.

O goleiro boliviano Arias ainda deu uma colher de chá aos hermanos, quando engoliu um frangaço em chute de Lucho González. A bola, batida de longa distância, foi sem muita força, mas o goleiro aceitou.

Nada que abalasse os bolivianos. Botero, cobrando pênalti, fez 2 a 1 aos 33. Ainda antes do intervalo, Alex da Rosa, de cabeça, ampliou para os bolivianos.

Di María é expulso em sete minutos

No segundo tempo, o massacre continuou. Marcelo Moreno recebeu lançamento em posição duvidosa e avançou pela ponta direita. O ex-cruzeirense cruzou na cabeça de Botero, que não perdoou e fez 4 a 1.

Aos 18, Di María, que entrara na vaga de Máxi Rodríguez para dar mais movimentação ao setor ofensivo da Argentina, foi expulso por falta violenta. Foi a pá de cal nas esperanças dos hermanos.

Botero, outra vez, fez o quinto gol aos 21, tocando na saída do goleiro Carrizo. No fim, Torrico, com uma bomba de fora da área, selou o maior vexame da história do futebol argentino.

Agência/EFE

Messi foi a imagem da decepção. Craque pouco produziu em campo

Torcida boliviana chegou a gritar olé. Assista abaixo: