sábado, 29 de novembro de 2008

Madri: Betancourt participa de evento contra Farc

A ex-candidata à Presidência colombiana Ingrid Betancourt e o ministro de Assuntos Exteriores espanhol, Miguel Ángel Moratinos, foram nesta sexta-feira, junto com outras personalidades, a uma manifestação realizada em Madri para exigir a libertação de todos os seqüestrados pelas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).

Esta manifestação aconteceu de forma simultânea a outras convocadas em diferentes cidades da Colômbia e do mundo com o mesmo objetivo.

A ex-candidata, que recebeu na Espanha, em outubro, o Prêmio Príncipe de Astúrias da Concórdia de 2008, lembrou os atentados de Mumbai e lembrou "aqueles nossos irmãos no mundo inteiro que estão sofrendo, porque os seqüestraram".

"O que está acontecendo na Índia - disse - nos afeta, nos dói e nos obriga a fazer uma pausa para pensar que este é um mundo globalizado".

Betancourt destacou "o calor dos corações" dos participantes da concentração, que pediram a libertação dos seqüestrados pelas Farc ao grito de "liberdade".

Moratinos expressou seu convencimento de que "todos nós juntos conseguiremos que não haja mais seqüestrados neste mundo que quer a paz e a liberdade".

O prefeito de Madri, Alberto Ruiz-Gallardón, destacou que Madri sabe "o que é sofrer a perda de liberdade e os seqüestros", e agradeceu o testemunho "emocionado e decidido" de Betancourt.

O ato reuniu várias centenas de pessoas, com bandeiras da Colômbia e cartazes a favor da paz.

Chávez quer "derrotar os velhos costumes"

O presidente venezuelano, Hugo Chávez, afirmou nesta sexta-feira que seu projeto socialista inicia agora uma "nova etapa" de dez anos que deve estar marcada por "uma espécie de exorcismo", a fim de "derrotar os velhos costumes" e marcas como a "corrupção".

"Esta terceira década revolucionária, este período de 2009 a 2019", exigirá "muito esforço teórico, moral, intelectual, físico", alertou Chávez a seus seguidores em Vargas, aos quais pediu para se esquecerem das "ambições pessoais" e "materiais" e comportar-se como verdadeiros revolucionários.

Chávez, reeleito em dezembro de 2006 para um segundo e último período consecutivo de seis anos, disse que, pessoalmente, não insistirá em promover a reeleição ilimitada depois da derrota nas urnas, há um ano, de uma reforma constitucional que apresentou e que incluía essa proposta.

No entanto, nesta terça-feira o líder venezuelano deixou nas mãos dos aliados a possibilidade de promover vias constitucionais como a emenda ou reforma para tentar novamente a reeleição ilimitada presidencial e, antes da aprovação do Parlamento, voltar a levar a referendo popular.

"O que agora se impõe é uma revolução dentro da revolução", pois assim "o povo clama", para "consolidar um verdadeiro comportamento revolucionário, especialmente nos quais ocupamos cargos de alta responsabilidade", destacou hoje Chávez.

O presidente ressaltou que em 23 de novembro, quando ocorreram eleições regionais e municipais, começou uma "terceira etapa do projeto revolucionário", que deve ter uma duração de dez anos e servir "para a consolidação da revolução".

"Este terceiro período revolucionário nasceu em 23 de novembro" e durante o mesmo deve conseguir a "consolidação do projeto bolivariano em todo o território bolivariano", afirmou.

Colômbia e Canadá assinam Tratado de Livre-Comércio

Os governos da Colômbia e Canadá assinaram, nessa sexta-feira, um Tratado de Livre-Comércio (TLC) que garante direitos aos trabalhadores e a proteção do meio ambiente em ambos os países.

O TLC foi anunciado em Lima pelo presidente da Colômbia, Álvaro Uribe, e o primeiro-ministro do Canadá, Stephen Harper, que presidiram a assinatura do acordo em um ato paralelo à Cúpula do Fórum de Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (Apec).

Uribe manifestou que "este tipo de acordo pode superar na Colômbia a violação dos direitos humanos que vem do tráfico de drogas".

"Podemos dizer a nossos trabalhadores que eles têm uma nova fonte legal que protege seus direitos", acrescentou.

O primeiro-ministro do Canadá disse que o TLC com a Colômbia é "sólido e sem precedentes", porque os capítulos que garantem proteção aos trabalhadores e cuidados ao meio ambiente "abrem oportunidades aos exportadores, mas também apóiam os esforços da Colômbia de construir sua democracia".

Este tratado, que foi negociado por um ano, fornecerá um mercado preferencial para os exportadores colombianos, determinará um marco de transparência e segurança em investimentos, e permitirá que 97% das exportações colombianas estejam livres de tarifas no Canadá.


AP O presidente da Colômbia, Álvaro Uribe, (esq.) cumprimenta o premiê do Canadá, Stephen Harper, (dir.)
O presidente da Colômbia, Álvaro Uribe, (esq.) cumprimenta o premiê do Canadá, Stephen Harper, (dir.)


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Na ìndia tiros e explosões sacodem hotel em Mumbai

Atentados em Mumbai

Tiros e explosões sacudiram um luxuoso hotel de Mumbai na manhã de sábado (horário local), na mais recente batalha após três dias de ataques por militantes islâmicos na capital financeira da Índia.

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Dois ou três homens armados permaneciam escondidos no amplo hotel Taj Mahal, de 105 anos, mas todos os outros foram mortos ou detidos, disseram autoridades.

Os ataques foram promovidos por um pequeno exército de jovens armados com rifles e granadas, alguns dos quais chegaram pelo mar e atravessaram a cidade para atacar na noite de quarta-feira pontos frequentados por turistas e executivos.

A polícia disse que 16 estrangeiros estavam entre os mortos: três alemães, três norte-americanos, um australiano, um britânico, um canadense, dois franceses, um italiano, um israelense, um japonês, um tailandês e um cingapuriano, de acordo com diversos governos. Pelo menos 283 ficaram feridos.

O medo era visível em toda a cidade, apesar de Mumbai já ter sido alvo de ataques terroristas anteriormente. Com 18 milhões de habitantes, a cidade abriga também os famosos estúdios cinematográficos de Bollywood.

Mumbai foi atingida em 1993 por diversas explosões, que mataram pelo menos 260 pessoas na bolsa de valores e em outros locais. Dois anos atrás, mais de 180 pessoas morreram quando militantes islâmicos colocaram bombas em trens urbanos.


Reuters Jornalistas assistem um tiroteio no Taj Mahal em Mumbai, na Índia
Jornalistas assistem um tiroteio no Taj Mahal em Mumbai, na Índia