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Dieese: preço da cesta básica cai em 15 de 16 capitais
Atualizada às 12h10
O preço do conjunto de gêneros alimentícios essenciais teve queda em 15 das 16 capitais em agosto, onde o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) realiza mensalmente a pesquisa nacional da cesta básica. Apenas em Goiânia foi apurada alta - de 1,15% - para os produtos básicos.
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As quedas superaram 10% em localidades como Recife (10,77%), Natal (10,73%), Fortaleza (10,59%) e Rio de Janeiro (10,56%). Belém (2,27%) e Brasília (3,18%) registraram os menores recuos.
Apesar de os preços terem caído 6,99% em Porto Alegre, a capital gaúcha foi, mais uma vez, a localidade que apresentou o maior custo para os gêneros alimentícios essenciais, com R$ 241,16. O valor praticamente igual foi apurado para a cesta de São Paulo (R$ 241,15), a segunda mais cara do País. O terceiro maior valor foi verificado em Belo Horizonte (R$ 231,26).
As cestas mais baratas foram encontradas em Recife (R$ 176,09) e Fortaleza (R$ 178,37).
Nos últimos 12 meses - de setembro de 2007 a agosto deste ano - o valor da cesta básica teve alta. As maiores verificaram-se em Goiânia (32,59%), Curitiba (31,93%) e Belo Horizonte (31,70%). Natal (16,22%) e Porto Alegre (16,85%) apresentaram as menores variações acumuladas no período.
Salário mínimo
Com base no custo apurado para a cesta em Porto Alegre, e levando em consideração a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deveria suprir as despesas de um trabalhador e sua família com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o Dieese estimou que o valor do salário mínimo necessário teria que ser de R$ 2.025,99. O montante é 4,88 vezes o valor determinado pelo governo federal hoje, de R$ 415
Em julho este valor correspondia a R$ 2.178,30, o que representava 5,25 vezes o mínimo em vigência. Em agosto de 2007, a relação entre o mínimo vigente e o necessário era de 4,56 vezes.
A retração verificada nos preços dos produtos básicos na maioria das capitais pesquisadas permitiu que o tempo de trabalho necessário para a aquisição da cesta, na média das 16 localidades pesquisadas, recuasse em agosto, ficando em 110 horas e 12 minutos. Em julho, o trabalhador remunerado pelo salário mínimo precisava cumprir uma jornada de 117 horas e 08 minutos, para adquirir os mesmos bens. Em agosto de 2007 o tempo necessário correspondia a 97 horas e 00 minutos.