quinta-feira, 12 de junho de 2008

Energia: Petrobras anuncia nova descoberta de óleo leve em SP

A Petrobras informou nesta quinta-feira que encontrou óleo leve em uma nova jazida, em águas ultraprofundas, na Bacia de Santos, com densidade em torno de 28 graus API nos reservatórios do pré-sal.

O bloco BM-S-9, composto por duas áreas exploratórias, é formado por um consórcio entre a estatal brasileira (45%), mais BG Group (30%) e Repsol YPF (25%).
O poço recebeu o nome de Guará, de acordo com comunicado da Petrobras à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), e se encontra a cerca de 310 km da costa paulista, em lâmina d'água de 2.141 m. O poço ainda está sendo perfurado em busca de objetivos mais profundos, diz a estatal.
"Após a conclusão do poço, o consórcio dará continuidade às atividades e investimentos necessários para a verificação das dimensões da jazida e das características dos reservatórios de petróleo", afirma a Petrobras no comunicado.
A estatal afirmou que a descoberta foi provada por meio de amostragem de óleo por teste a cabo, em reservatórios localizados em profundidade de aproximadamente 5 mil m.
Em novembro passado, a Petrobras estimou as reservas no gigantesco campo de Tupi, também na Bacia de Santos, entre 5 bilhões e 8 bilhões de barris - o que o tornaria uma das maiores descobertas petrolíferas nos últimos 20 anos.
Geólogos dizem que o potencial pré-sal do Brasil poderia ser de mais de 70 bilhões de barris, mas especialistas avaliam que a produção pode ser tecnicamente desafiadora e cara, em parte porque o movimento do sal exige escoamento reforçado. A produção acima da camada de sal é mais fácil
Fonte:Terra

Arábia constrói cidade para 2 milhões no meio do deserto

O governo da Arábia Saudita está construindo uma cidade no deserto que terá capacidade para acomodar dois milhões de pessoas e gerar um milhão de empregos.

A Cidade Econômica King Abdullah, que ganhou o nome inspirado no rei saudita, é a peça central de outros cinco projetos que estão sendo desenvolvidos pelo governo saudita, com conclusão prevista para 2020.
A nova cidade, erguida sobre as areias do deserto da Arábia a 100 km ao norte da cidade de Jidá, ocupará uma área de 388 km quadrados.
"A cidade está sendo construída em proporções nunca vistas anteriormente em nenhum lugar do mundo e será do tamanho de Washington em 15 anos", diz Fahd al-Rasheed, presidente da Emaar, empresa que está desenvolvendo o projeto.
"(A Cidade Econômica) terá um dos maiores portos do mundo, uma área para escolas outra para resorts", diz ele.
Petróleo
Com o anúncio da construção da cidade, o governo mostra que quer investir no futuro de forma mais sensata, prevendo grandes desafios, como a necessidade de diversificar a economia e de gerar mais empregos para atender uma população majoritariamente jovem (40% dos sauditas têm menos de 15 anos).
A Cidade Econômica vai abrigar um gigantesco complexo industrial, previsto para a produção de alumínio, aço, fertilizantes e petroquímicos.
"Estamos falando em estabelecer uma estrutura industrial para as gerações futuras", disse Saad al-Dosari, presidente da Companhia de Refinaria e Petroquímica Rabigh.
Com o preço do petróleo nas alturas, o governo da Arábia Saudita está prevendo o futuro em um cenário onde a commodity poderá ser escassa.
Os lucros que o país arrecada com a venda do petróleo são enormes - mais de 11 milhões de barris são produzidos por dia, gerando mais de US$ 1 bilhão.
Na última vez que o petróleo registrou valorização semelhante, os sauditas desperdiçaram grandes somas de dinheiro em projetos mal-sucedidos, como a tentativa de transformar o deserto em terras aráveis.
Reformas
Um exército de trabalhadores estrangeiros, em sua maioria do sul da Ásia, está construindo a infra-estrutura que dará sustentação a milhares de casas e prédios comerciais.
A mão-de-obra é mais barata e está disposta a fazer um trabalho que os sauditas se recusam.
Na Arábia Saudita é preciso saber ler nas entrelinhas. Muitos defensores de reformas sugerem que as cidades do futuro terão mais liberdade do que o resto do país.
Mas ainda resta saber se nas novas cidades as mulheres terão permissão para dirigir e circular livremente como nas cidades do Ocidente. Ninguém, incluindo o rei, parece preparado a responder essas perguntas.
Algumas reformas já estão sendo introduzidas, mas em um país com fortes tradições religiosas, o processo será lento e gradual. A Cidade Econômica King Abdullah é provavelmente o carro-chefe dessas mudanças.
Fonte: Terra