sábado, 14 de março de 2009

Primeiro ensaio dos bois Garantido e Caprichoso é adiado no AM

Bois se apresentariam no sambódromo de Manaus neste sábado (14).
Eles vão se intercalar a partir do dia 21 de março até início do festival.

Glauco Araújo Do G1, em São Paulo


Bois Caprichoso (esq.) e Garantido (dir.) se apresentam durante festival em 2008 (Foto: Glauco Araújo/G1)

O primeiro ensaio dos bois Garantido e Caprichoso, previsto para acontecer neste sábado (14), foi adiado para o dia 21 deste mês, no sambódromo de Manaus. A organização do 44º Festival Folclórico de Parintins ainda não definiu se os dois bois se encontram na nova data.

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A outra possibilidade é começar o rodízio de ensaios programados para o próximo sábado com apenas um dos bois no sambódromo. O festival será realizado entre os dias 26 e 28 de junho, na Arena dos Bois, em Parintins.

Brena Dianná Modesto Barbosa, 15 anos, é nova Rainha do Folclore (Foto: Divulgação/Boi Caprichoso)

O presidente do boi azul, Carmona Oliveira, confirmou que o Caprichoso terá o mesmo time de artistas campeões no ano passado. O grupo é formado por Juarez Lima, Teco Mendes, Jair Mendes, Jairzinho Mendes, Rossy Amoedo, Karú Carvalho, Ozéas Bentes e Emerson Brasil. Os artistas das tribos também foram mantidos.

Os galpões das alegorias do Caprichoso estão abertos desde segunda-feira (9). Os locais receberam melhorias e adequações exigidas pelos ministérios da Saúde e do Trabalho. O mesmo trabalho está sendo feito pelo boi Garantido em suas áreas específicas para alegorias.

O Caprichoso vai entrar na arena com a cunhã-poranga Maria Azedo, a porta-estandarte Karine Medeiros, a rainha do folclore Brena Dianná, a sinhazinha da fazenda Tainá Valente, o apresentador Junior Paulain, o levantador de toadas Edilson Santana, o pajé Waldir Santana, o amo do boi, e o tripa do boi Marquinhos, que é quem veste a roupa bovina.

Presidente Vicente Matos entre os dois novos artistas contratados pelo Garantido (Foto: Divulgação/Boi Garantido)

Garantido
O presidente do Garantido, Vicente Matos, disse que pretende resgatar o título que há dois anos ficou com o boi Caprichoso. Antes das duas derrotas seguidas, o boi vermelho havia conquistado o tricampeonato do festival.

Ele anunciou, durante missa realizada nesta sexta-feira (13), a contratação de dois novos artistas: José Trindade e Vivaldo Soares Feijó, o “Junhão”, que se juntam ao time formado por Wandir Santos, Antonio Cansanção, Junior de Souza, Ito Teixeira, Jhonatas Marinho, Marialvo Brandão, Amarildo Teixeira e Zilckson Reis.

Matos disse que o início dos trabalhos só deve ocorrer após a conclusão das obras no galpão. “Temos um acordo com o Ministério Público do Trabalho de melhorias e as obras devem ser concluídas até o fim deste mês”. Ele anunciou ainda que deve contratar 190 pessoas, totalizando 600 em ação para colocar o boi Garantido na arena.
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Ministros das Finanças do G20 concordam em aumentar recursos do FMI

Montante não foi definido; emergentes haviam condicionado fundos a maior participação na instituição.

Da BBC

Os ministros das Finanças dos países do G20 reunidos neste sábado (14) em uma reunião preparatória para a cúpula de chefes de Estado em abril concordaram com um aumento significativo dos recursos do Fundo Monetário Internacional (FMI).

A decisão, tomada neste sábado, em Horsham, no sul da Grã-Bretanha, tem o objetivo de permitir que a instituição atenda aos países que precisam de ajuda por causa da crise econômica global.

O ministro da Fazenda da Grã-Bretanha, Alistair Daring, que presidiu o encontro, disse que a necessidade de fundos é "urgente". Mas ele não mencionou uma cifra.

Divisão

Brasil, Rússia, Índia e China - o grupo de países conhecido pela sigla BRIC - haviam anunciado na sexta-feira que não darão recursos extras ao FMI enquanto a instituição não for reformada para permitir maior participação dos quatro países emergentes.

"Nós tomamos a posição de não fazer aportes adicionais de capitais ao Fundo Monetário Internacional enquanto não houver uma reforma de cotas e vozes", disse na ocasião o ministro da Fazenda, Guido Mantega.

"Mantido o status quo, a nossa representação no FMI é pequena diante do peso dos BRICs", completou.

Aumento de verbas

Os Estados Unidos querem triplicar os fundos da instituição, chegando a US$ 700 bilhões, e a União Europeia defende uma cifra de US$ 500 bilhões.

Além de Brasil, Rússia, Índia e China, o G20 é composto por Argentina, Coreia do Sul, Turquia, Austrália, Indonésia, México, África do Sul, Arábia Saudita, União Europeia, e pelas sete economias mais industrializadas do mundo: Estados Unidos, Canadá, Japão, Alemanha, França, Itália e Grã-Bretanha.

A reunião de chefes de Estado do G20 acontece no dia 2 de abril em Londres. O encontro terá presença dos presidentes do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e dos Estados Unidos, Barack Obama.

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Ao lado de Obama, Lula diz que 'decisões políticas' podem resolver crise

Líder disse que decisão terá que ser rápida para evitar mais desemprego.
'Eu é que não queria estar no lugar dele', disse Lula, referindo-se a Obama.

Presidentes tiveram seu primeiro encontro pessoal neste neste sábado. (Foto: France Presse)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou neste sábado (14), ao lado do líder americano Barack Obama, que decisões políticas tomadas no próximo encontro do G20 (grupo que reúne as maiores economias e os principais países emergentes) podem resolver a crise financeira mundial.

"O presidente Obama e eu estamos convencidos que a crise econômica pode ser resolvida por decisões políticas no encontro do G20", afirmou Lula, falando a jornalistas ao lado de Obama, após reunião na Casa Branca.

O presidente brasileiro alertou, no entanto, que tais decisões - não especificadas - precisam ser tomadas rapidamente: "a decisão precisa ser mais rápida, porque o número de desempregados está aumentando no mundo". O G20 se reunirá no início de abril em Londres, na Inglaterra, e espera-se que durante a reunião possam ser tomadas medidas comuns para enfrentar a crise financeira.

Falando sobre a gravidade da crise que atinge os EUA, Lula fez uma brincadeira e disse que "eu é que não queria estar no lugar dele", referindo-se ao cargo do presidente americano, arrancando risadas de Obama. Mantendo o bom-humor, o americano respondeu que o brasileiro "parece minha esposa Michelle falando".

Foto: France Presse

Lula cumprimenta o presidente Obama após encontro na Casa Branca neste sábado. (Foto: France Presse)

Muito a aprender

Na área de biocombustíveis, Obama disse que seu país "tem muito a aprender com o Brasil" no campo das energias renováveis, e afirmou que pretende usar seu vínculo com esse país para "fortalecer" a relação com a América Latina.

O líder americano prometeu "redobrar" os esforços de seu país em prol das energias limpas.

Encontro pioneiro

A reunião entre Lula e Obama, realizada na Casa Branca, em Washington, a sede do governo dos EUA, foi o primeiro encontro entre os presidentes dos dois países e o terceiro encontro com um chefe de Estado feito por Obama desde sua posse, no dia 20 de janeiro.


Lula e Obama: líder americano disse que os EUA têm 'muito o que aprender' com o Brasil nos biocombustíveis. (Foto: France Presse)

Após o encontro com Obama, o presidente brasileiro segue agora para almoçar na residência do embaixador brasileiro na capital americana. No final da tarde, Lula vai embarcar para Nova York, onde permanece no domingo sem agenda oficial.

Agenda presidencial

Na segunda-feira, ainda em Nova York, o presidente vai se encontrar com investidores e empresários estrangeiros em um seminário econômico sobre o Brasil promovido pelos jornais "Valor" e "Wall Street Journal".

São aguardados 250 participantes, inclusive ministros de Estado, que irão debater a maneira como o Brasil atravessa a atual crise mundial e também os mecanismos que criou para manter os investimentos básicos em infraestrutura, produção e setor social.

Lula e Obama devem voltar a se encontrar no mínimo duas vezes nas próximas semanas: em Londres, por ocasião da reunião de cúpula do G20, o grupo que reúne os países ricos e emergentes para avançar com as propostas de de reforma financeira; e na Cúpula da Américas, em meados de abril, em Trinidad.

Concorrência comercial

Segundo analistas, apesar da troca de palavras de boa vontade entre os dois dois países, Brasil e EUA também são concorrentes comerciais, e as tentações protecionistas são fortes em tempos de crise, como assinala Paulo Sotero, do Instituto Brasil do Centro de Estudos Woodrow Wilson.

"As relações entre os Estados Unidos e Brasil são boas, mas superficiais. O desafio dos dois (Obama e Lula), se acreditarem que é importante, é aprofundá-las em coisas que são de interesse nacional para ambos os países: estabilidade, energia, comércio, reforma das instituiçõs financeiras internacionais", explicou Sotero.

Para Obama, imerso na política interna por causa da recessão e sem muito tempo para se dedicar à América Latina, o Brasil é considerado um sócio idôneo, confiável e próximo ideologicamente, uma ótima ponte para negociar com uma região complexa.

"O Brasil emergiu como um intermediário, e Lula, que sabe ter esses meios diplomáticos em mãos, gostaria de ver uma suavização das tensões entre os Estados Unidos e a Bolívia, Venezuela ou Equador", afirmou Riordan Roett, especialista em América Latina da John Hopkins University.

(Com informações de Reuters, AFP, Valor OnLine e Agência Estado)

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