Companhia de seguros Yamato Life Insurance pediu falência.
Mercado europeu abre com perdas acentuadas.
Contaminadas pela crise financeira global e em pânico, as bolsas asiáticas encerraram a última sessão da semana, nesta sexta-feira (10), em forte queda. Ao longo do dia, o mercado da Ásia viveu momentos assustadores e chegou a sofrer suas maiores perdas desde o início da turbulência provocada pela instabilidade da economia dos Estados Unidos.
Em Tóquio, o índice Nikkei chegou a recuar 11,38%, ameaçando romper a barreira negativa dos 8 mil pontos, cerca de meia hora após o início do pregão. Na metade do dia, o indicador mostrou pouca recuperação e registrava perdas de 9,42%. Acabou fechando no vermelho de 9,62%, seu pior desempenho desde 28 de maio de 2003.
Banco central japonês
Numa tentativa de alavancar o mercado, o Banco do Japão (BOJ) forneceu hoje 3,5 trilhões de ienes (US$ 35,4 bilhões) para aliviar a situação do setor financeiro, informou a agência de notícias “Kyodo”. Este é o 18º dia consecutivo em que o BOJ realiza uma provisão bilionária de emergência no sistema japonês de investimentos.
Desde que o banco de investimento americano Lehman Brothers quebrou, no dia 15 de setembro, o banco central japonês forneceu ao sistema financeiro 33,4 trilhões de ienes (US$ 332,1 bilhões).
Falência
A turbulência financeira internacional derrubou a companhia de seguros japonesa Yamato Life Insurance, que pediu a proteção da lei de falências, anunciou nesta sexta a Agência de Serviços Financeiros. “Os dirigentes da Yamato entregaram um dossiê à Agência de Serviços Financeiros (ASF) para pedir a proteção da lei de falências”, afirmou um funcionário do órgão estatal.
A dívida da empresa chega a 269,5 bilhões de ienes (2 bilhões de euros) e supera em 11,4 bilhões de ienes (84 milhões de euros) o valor de todos os ativos do grupo, explicou seu presidente, Takeo Nakazono. “O caos do mercado financeiro e a contração do crédito fizeram cair rapidamente o valor de nossa carteira. Isto foi além do que esperávamos”, disse.
Outros mercados asiáticos
Também influenciada pela crise mundial nos mercados de valores, a Bolsa de Hong Kong abriu com forte queda de 7,7%. O índice Hang Seng manteve o desempenho negativo no meio da sessão, com baixa de 7,03%. A exemplo do Japão encerrou em queda acentuada de 7,19%.
Em Seul, a bolsa sul-coreana mergulhou 7,5% na abertura, se recuperou um pouco e terminou o pregão com perdas de 4,13%. O indicador de valores tecnológicos Kosdaq caiu 5,29%.
A Bolsa de Valores de Xangai resistiu aos índices alarmantes dos principais mercados asiáticos, mas também encerrou o pregão no vermelho: 3,57%.
Oceania
Na Austrália, a Bolsa de Sydney perdia 7,4% no início, com o SP/ASX 200 recuando 323,5 unidades, a 3.997,4 pontos. No final, as perdas ficaram ainda maiores, pois o indicador fechou em baixa de 8,3%, a maior baixa desde 1987. “Os investidores fogem para o ouro. É o único valor sem risco. Tudo mais está no vermelho", disse Lucinda Chan, da Macquarie Equities, no mercado australiano.
Abertura na Europa
As principais bolsas européias iniciaram o pregão desta sexta-feira com quedas acentuadas e também assustadoras, que em alguns casos beiravam os 10%. Na abertura das sessões, o índice FTSE-100 da Bolsa de Londres chegou a registrar baixa de 9,89%, o S&P/MIB de Milão caía 8,59%, o CAC-40 de Paris operava em baixa de 8,83%, enquanto o DAX-30 de Frankfurt perdia 9,92%.
Na Espanha, o Ibex-35 recuava 7,40%, enquanto o SMI (Swiss Market Index) de Zurique perdia 7,43%, e a Bolsa de Viena tinha de suspender seu pregão por registrar uma perda superior aos 10%.
Outros mercados europeus também operavam em forte baixa, como Lisboa (7,21%), Bruxelas (6,5%), e Amsterdã (6,62%).
Rússia
As autoridades reguladoras dos mercados russos impediram que as bolsas de Moscou, uma cotada em dólares (RTS) e outra em rublos (Micex), abrissem esta sexta por causa da forte queda do mercado asiático.
Petróleo
O barril de petróleo Brent, de referência na Europa, para entrega em novembro, baixou dos US$ 80,00 e cotava US$ 78,68 na abertura do Intercontinental Exchange Futures (ICE), US$ 3,98 menos que o fechamento de quinta-feira (9).
* Com informações das agências Efe e France Presse
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