Obra deve abrir novo corredor de comércio internacional.
Índios da região ignoram as fronteiras estabelecidas pelo homem branco.
A ponte de 230 metros sobre o Rio Itacutu, que vai ligar Roraima à Guiana está próxima de ser concluída. A expectativa é que a obra esteja pronta ainda este ano, embora o comandante do 6º Batalhão de Engenharia e Construção prefira não arriscar uma data para a inauguração. As obras, que começaram em 2003 e foram prorrogadas diversas vezes, foram assumidas pelo Exército no ano passado.
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A BR-401, que leva até o rio saindo de Boa Vista, passa pelo lavrado, uma região de vastos campos, muito diferentes do resto da Amazônia. Na fronteira entre Brasil e Guiana, estão as cidades de Bonfim e Lethem.
Bonfim, a brasileira, tem 10.500 moradores, boa parte deles indígenas. Os macuxis se espalham pela região sem se importar com os limites entre os dois países. A outra etnia predominante na região é a wapixana.
Do lado da Guiana, em Lethem, é fácil encontrar brasileiros que emigraram em busca de melhores oportunidades de trabalho. É o caso da comerciante Rosana Morais, que se beneficia dos baixos impostos para importar os eletrônicos asiáticos que vende em sua loja. O estoque cresceu tanto que foi necessário construir um galpão para ampliar a loja.
Com a construção da ponte sobre o Rio Itacutu, Bonfim vai se transformar em área de livre comércio. Aparentemente, os únicos que não estão gostando da idéia são os barqueiros que deixarão de transportar as pessoas que cruzam a fronteira de um lado para ou outro.
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