Apesar da crise, CNI eleva previsão de crescimento do PIB em 2008 para 5,3%
Estimativa anterior era de 4,7%, feita em junho.
Para CNI, crise internacional só afeta crescimento em 2009.
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saiba maisA Confederação Nacional da Indústria (CNI) reviu nesta sexta-feira (3) sua previsão para o crescimento da economia brasileira para o ano de 2008. A nova expectativa da entidade é de crescimento de 5,3% do Produto Interno Bruto (PIB). Em junho, a CNI previu que o aumento do PIB seria de 4,7%.
No informe conjuntural divulgado nesta sexta-feira, a entidade destaca o crescimento do PIB de 6% no primeiro semestre para rever a previsão. É observado ainda o aumento da demanda interna, que tem auxiliado no crescimento econômico. Para a CNI, o crescimento do mercado interno se deve ao aumento da massa salarial, maior gasto público e ampliação do crédito.
A expectativa positiva para 2008, no entanto, não se estende para o próximo ano. A CNI acredita que a crise internacional pode impedir que o Brasil mantenha o ritmo de crescimento. Por isso, a expectativa da entidade é que o PIB cresça 3,5% em 2009.
“Para 2008, o crescimento vigoroso está garantido. Entretanto, ao mesmo tempo em que vários indicadores sustentam a avaliação positiva sobre o desempenho da economia, avolumam-se os indícios de que este crescimento terá fôlego curto”, diz trecho do informe distribuído pela CNI.
O crescimento econômico seria menor em 2009 devido à retração do crédito em escala mundial e a redução da demanda das exportações brasileiras. A entidade pede que o Banco Central fique atento a possíveis problemas de redução do crédito na economia.
Outras previsões
Sobre o PIB da Indústria, a previsão da entidade é que o crescimento em 2008 será de 5,5%. O destaque é o setor de construção civil, onde a estimativa é de 8,7% de aumento.
A CNI acredita também que o saldo da balança comercial em 2008 será de US$ 25 bilhões e que as exportações chegarão a US$ 208 bilhões. As previsões anteriores era de um saldo de US$ 20 bilhões e exportações na casa dos US$ 190 bilhões.
A entidade prevê ainda que a inflação ficará dentro da margem da meta de inflação, que vai até 6,5%. Para a CNI, em 2008 o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ficará em 6,2%. A taxa básica de juros, Selic, deverá ficar em 14,5%, segundo a previsão da indústria. Atualmente, a Selic está em 13,75%.
Sobre o câmbio, a entidade também alterou suas previsões. A expectativa é que em dezembro a média da cotação do dólar fique em R$ 1,80. No ano, a nova previsão é de que a cotação média do dólar será de R$ 1,72. Em junho, a CNI havia previsto para ambos os cenários cotação média de R$ 1,67.
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