Um dos poucos grupos de pesquisa do Brasil que utilizam embriões, o da professora Lygia da Veiga Pereira, da USP, estima que o país deve ter sua primeira linhagem de células-tronco embrionárias humanas 100% nacional já no final deste ano --ou seja, um grupo de células-tronco de um único embrião que consigam replicação in vitro.
"Estamos há quase dois anos neste trabalho. O importante não é tanto a linhagem, mas o estabelecimento da tecnologia no país. Assim, não vamos precisar importar."
Segundo ela, as primeiras linhagens de células-tronco embrionárias humanas foram estabelecidas nos Estados Unidos --em 1998.
A cientista comemora o aval às pesquisas científicas com células-tronco embrionárias, concedido nesta quinta-feira (29) pelo STF (Supremo Tribunal Federal).
"Achei ótima a decisão. É uma vitória, para deixarmos claro que o Brasil é um país moderno, não somos uma coisa de terceiro mundo", diz.
Lygia acompanhou a votação de ontem pela TV em seu laboratório na USP. "Agora mais grupos podem tomar coragem para mergulhar fundo na pesquisa com células humanas", disse. "Espero que a gente consiga agora atrair a iniciativa privada."
Julgamento
O STF (Supremo Tribunal Federal) aprovou ontem (29) as pesquisas com células-tronco embrionárias no país. O Supremo rejeitou uma ação direta de inconstitucionalidade contra o artigo 5º artigo da Lei de Biossegurança que permite a utilização, em pesquisas, dessas células fertilizadas in vitro e não utilizadas.
Seis ministros do tribunal votaram a favor das pesquisas. Outros cinco sugeriram mudanças na lei.
A ação foi proposta em 2005 pelo então procurador-geral da República, Cláudio Fonteles, que defende que o embrião pode ser considerado vida humana. O STF não chegou a proibir as pesquisas com células-tronco embrionárias, mas muitos pesquisadores ficaram receosos em continuar com os estudos, em razão do impasse jurídico.
As células-tronco embrionárias são consideradas esperança de cura para algumas das doenças mais mortais, porque podem se converter em praticamente todos os tecidos do corpo humano. Entretanto, o método de sua obtenção é polêmico, porque a maioria das técnicas implementadas nessa área exigem a destruição do embrião.
Com a Folha Online e a Folha de S.Paulo, em Brasília
Opinião
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Grupo defende priorizar recursos em pesquisas com células adultas
"Estamos há quase dois anos neste trabalho. O importante não é tanto a linhagem, mas o estabelecimento da tecnologia no país. Assim, não vamos precisar importar."
Segundo ela, as primeiras linhagens de células-tronco embrionárias humanas foram estabelecidas nos Estados Unidos --em 1998.
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Lygia acompanhou a votação de ontem pela TV em seu laboratório na USP. "Agora mais grupos podem tomar coragem para mergulhar fundo na pesquisa com células humanas", disse. "Espero que a gente consiga agora atrair a iniciativa privada."
Julgamento
O STF (Supremo Tribunal Federal) aprovou ontem (29) as pesquisas com células-tronco embrionárias no país. O Supremo rejeitou uma ação direta de inconstitucionalidade contra o artigo 5º artigo da Lei de Biossegurança que permite a utilização, em pesquisas, dessas células fertilizadas in vitro e não utilizadas.
Seis ministros do tribunal votaram a favor das pesquisas. Outros cinco sugeriram mudanças na lei.
A ação foi proposta em 2005 pelo então procurador-geral da República, Cláudio Fonteles, que defende que o embrião pode ser considerado vida humana. O STF não chegou a proibir as pesquisas com células-tronco embrionárias, mas muitos pesquisadores ficaram receosos em continuar com os estudos, em razão do impasse jurídico.
As células-tronco embrionárias são consideradas esperança de cura para algumas das doenças mais mortais, porque podem se converter em praticamente todos os tecidos do corpo humano. Entretanto, o método de sua obtenção é polêmico, porque a maioria das técnicas implementadas nessa área exigem a destruição do embrião.
Com a Folha Online e a Folha de S.Paulo, em Brasília
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