Dois homens numa moto dispararam 11 tiros na madrugada deste sábado (21) contra a fachada do prédio onde funciona o jornal “Diário do Amazonas”, em Manaus (AM).
Segundo um funcionário do jornal, os tiros atingiram janelas de vidro do térreo e do primeiro andar do prédio, onde fica a direção. No momento do ataque, só havia dois funcionários da segurança no jornal. Ninguém ficou ferido.
A polícia ainda não tem pistas do que pode ter motivado os tiros. De acordo com diretor de redação do “Diário do Amazonas”, uma câmera da Secretaria de Segurança instalada em frente à sede do jornal filmou toda a ação e as imagens estão sendo analisadas.
Um inquérito foi aberto no 12º Distrito Policial de Manaus.
Fonte:
sábado, 21 de junho de 2008
Ideb: 47,1% das escolas melhoram, mas só 1,2% tem nível de país desenvolvido
Ideb: 47,1% das escolas melhoram, mas só 1,2% tem nível de país desenvolvido
Índice do governo leva em conta a nota dos estudantes e a taxa de aprovação.Ministério afirma que houve falha técnica nos dados da cidade de São Paulo.
O Ministério da Educação (MEC) divulgou nesta sexta-feira (20) o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb ) de 2007 por escola e município.
Ideb das escolas de 1ª a 4ª série
Ideb das escolas de 5ª a 8ª série
Ideb dos municípios - 1ª a 4ª série
Ideb dos municípios - 5ª a 8ª série
Os números mostram que o índice aumentou com relação a 2005 em 47,1% das escolas públicas de ensino fundamental somando as de 1ª a 4ª série e de 5ª a 8ª série. A queda ocorreu em 22,1% e 4,9% permaneceram no mesmo patamar. Porém, os dados mostram que somente 1,2% das escolas públicas (782) obtiveram nota igual ou superior a 6 (na escala de 0 a 10), que é a média esperada em países desenvolvidos. Se considerado apenas o ensino fundamental de 5ª a 8ª série o percentual é menor: 0,15% conseguiu nota 6 (o que equivale a 43 escolas). De 1ª a 4ª série, o número de escolas com, no mínimo, 6 foi de 1,9% (o que significa 739 estabelecimentos de ensino).
Saiba mais
» Integração entre alunos, pais e professores melhora ensino no Tocantis
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» Escolas com notas mais baixas são da rede estadual do PA, aponta Ideb
» Formação de professores é diferencial de escolas com notas altas no Ideb
Foram analisadas 38.757 escolas de 1ª a 4ª série e 27.930 de 5ª a 8ª. Ao todo, 26,9% dos estabelecimentos de ensino não tinham dados em 2005 ou 2007, o que não possibilitou a comparação. A consulta dos dados de cada escola estará disponível no site do MEC a partir deste sábado (21).
Erros e cautela
O ministro da Educação, Fernando Haddad, recomendou cautela na análise dos números, pois podem ter ocorrido erros. O próprio MEC reconheceu nessa sexta que, na cidade de São Paulo, por uma falha técnica, os alunos que se transferiram ou morreram foram classificados como reprovados, o que levou a uma ligeira queda no índice.
Em nota à imprensa, a Secretaria Municipal de Educação de São Paulo informou que só vai se manifestar sobre o índice quando ele for corrigido. O ministério diz que vai acertar todos os problemas que forem apontados no Ideb 2007.
Na divulgação do índice no ano passado, com dados de 2005, houve erros em cerca de 20 municípios, segundo o presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Reynaldo Fernandes. Em Ramilândia, no Paraná, por exemplo, a taxa de aprovação foi informada com engano, o que diminuiu o índice. Nos outros municípios, o erro foi o mesmo.
O cálculo do Ideb leva em conta a nota dos estudantes em avaliações do MEC e a taxa de aprovação dos estudantes. Conheça mais sobre o índice aqui. Segundo o presidente do Inep, Reynaldo Fernandes, a falta de dados pode ser ocasionada por número muito reduzido de estudantes na escola ou por ausência de avaliação para o estabelecimento de ensino.
A escola de 1ª a 4ª série com o Ideb mais alto do país, segundo os dados divulgados, é a Escola Municipal Professora Elisabeth Maria Cavaretto de Almeida, e fica no interior de São Paulo, no município de Santa Fé do Sul. Ela tirou nota 8,6 numa escala de 0 a 10. A rede de ensino da cidade foi também uma das mais bem classificadas do país.
De 5ª a 8ª série o Colégio de Aplicação da Universidade Federal de Pernambuco (CAP/UFPE) obteve a nota mais alta, 8,2. As escolas com os índices mais baixos pertencem à rede estadual do Pará. A Secretaria de Educação do Pará disse ao G1 que precisa aumentar o índice e faz parceria com universidade para melhorar a formação dos professores.
Para os pais, os dados do Ideb representam uma boa ferramenta de fiscalização da escola pública. Munido das informações, é possível cobrar melhor ensino, segundo afirma o professor da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP), Nelio Bizzo.
“O que há de importante no Ideb, é que ele permite uma idéia do que está acontecendo na escola, no município, no estado. Antes, a população tinha de confiar cegamente em comentários de especialistas”, diz.
Bizzo ainda observa que pequenas variações de taxa devem ser analisadas com cuidado. “Não dá para dizer que uma escola que teve 3 está melhor ou pior do que uma que tirou 2,9. A escola pública tem uma individualidade muito acentuada. A meta do Ideb tem de ser para cada escola [e não para a comparação]”, aponta.
Sucesso ponderado
Na semana passado o MEC divulgou as médias estaduais e nacionais. O país passou de 3,8 para 4,2 no Ideb das primeiras séries do ensino fundamental, ultrapassando a meta para 2007 (o objetivo era atingir 3,9). De 5ª a 8ª série, a nota passou de 3,5 para 3,8 (e a meta era 3,5); já no ensino médio, o objetivo era 3,4 e o Brasil registrou 3,5.
O ministro da Educação, Fernando Haddad, na época, comemorou o desempenho. “Tivemos um índice de sucesso não só do Brasil como um todo, mas quase a totalidade dos estados cumpriram a meta do ensino fundamental”, disse ele. Mas ponderou: “Temos um longo caminho pela frente”.
Em entrevista coletiva realizada na quarta-feira (18), o ministro classificou os dados como “satisfatórios”. Segundo ele, dos 1.242 municípios que tiraram as notas mais baixas em 2005, 1.135 cumpriram suas metas e melhoraram a qualidade da educação local.
O que é o Ideb
O Ideb foi criado pelo Inep e leva em conta dois fatores que interferem na qualidade da educação: rendimento escolar (taxas de aprovação, reprovação e abandono) e médias de desempenho.
As taxas de rendimento são medias pelo Censo Escolar da Educação Básica, e as médias dos alunos, pelo Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) e pela Prova Brasil, avaliações realizadas pelo MEC para diagnosticar a qualidade dos sistemas educacionais.
A combinação entre aprovação e aprendizagem é calculada em valores de 0 a 10. A meta do MEC é que o Brasil atinja níveis educacionais de países desenvolvidos, o que corresponde à média 6, até 2022, ano do bicentenário da Independência do Brasil.
FonteG1.Globo
Índice do governo leva em conta a nota dos estudantes e a taxa de aprovação.Ministério afirma que houve falha técnica nos dados da cidade de São Paulo.
O Ministério da Educação (MEC) divulgou nesta sexta-feira (20) o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb ) de 2007 por escola e município.
Ideb das escolas de 1ª a 4ª série
Ideb das escolas de 5ª a 8ª série
Ideb dos municípios - 1ª a 4ª série
Ideb dos municípios - 5ª a 8ª série
Os números mostram que o índice aumentou com relação a 2005 em 47,1% das escolas públicas de ensino fundamental somando as de 1ª a 4ª série e de 5ª a 8ª série. A queda ocorreu em 22,1% e 4,9% permaneceram no mesmo patamar. Porém, os dados mostram que somente 1,2% das escolas públicas (782) obtiveram nota igual ou superior a 6 (na escala de 0 a 10), que é a média esperada em países desenvolvidos. Se considerado apenas o ensino fundamental de 5ª a 8ª série o percentual é menor: 0,15% conseguiu nota 6 (o que equivale a 43 escolas). De 1ª a 4ª série, o número de escolas com, no mínimo, 6 foi de 1,9% (o que significa 739 estabelecimentos de ensino).
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Foram analisadas 38.757 escolas de 1ª a 4ª série e 27.930 de 5ª a 8ª. Ao todo, 26,9% dos estabelecimentos de ensino não tinham dados em 2005 ou 2007, o que não possibilitou a comparação. A consulta dos dados de cada escola estará disponível no site do MEC a partir deste sábado (21).
Erros e cautela
O ministro da Educação, Fernando Haddad, recomendou cautela na análise dos números, pois podem ter ocorrido erros. O próprio MEC reconheceu nessa sexta que, na cidade de São Paulo, por uma falha técnica, os alunos que se transferiram ou morreram foram classificados como reprovados, o que levou a uma ligeira queda no índice.
Em nota à imprensa, a Secretaria Municipal de Educação de São Paulo informou que só vai se manifestar sobre o índice quando ele for corrigido. O ministério diz que vai acertar todos os problemas que forem apontados no Ideb 2007.
Na divulgação do índice no ano passado, com dados de 2005, houve erros em cerca de 20 municípios, segundo o presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Reynaldo Fernandes. Em Ramilândia, no Paraná, por exemplo, a taxa de aprovação foi informada com engano, o que diminuiu o índice. Nos outros municípios, o erro foi o mesmo.
O cálculo do Ideb leva em conta a nota dos estudantes em avaliações do MEC e a taxa de aprovação dos estudantes. Conheça mais sobre o índice aqui. Segundo o presidente do Inep, Reynaldo Fernandes, a falta de dados pode ser ocasionada por número muito reduzido de estudantes na escola ou por ausência de avaliação para o estabelecimento de ensino.
A escola de 1ª a 4ª série com o Ideb mais alto do país, segundo os dados divulgados, é a Escola Municipal Professora Elisabeth Maria Cavaretto de Almeida, e fica no interior de São Paulo, no município de Santa Fé do Sul. Ela tirou nota 8,6 numa escala de 0 a 10. A rede de ensino da cidade foi também uma das mais bem classificadas do país.
De 5ª a 8ª série o Colégio de Aplicação da Universidade Federal de Pernambuco (CAP/UFPE) obteve a nota mais alta, 8,2. As escolas com os índices mais baixos pertencem à rede estadual do Pará. A Secretaria de Educação do Pará disse ao G1 que precisa aumentar o índice e faz parceria com universidade para melhorar a formação dos professores.
Para os pais, os dados do Ideb representam uma boa ferramenta de fiscalização da escola pública. Munido das informações, é possível cobrar melhor ensino, segundo afirma o professor da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP), Nelio Bizzo.
“O que há de importante no Ideb, é que ele permite uma idéia do que está acontecendo na escola, no município, no estado. Antes, a população tinha de confiar cegamente em comentários de especialistas”, diz.
Bizzo ainda observa que pequenas variações de taxa devem ser analisadas com cuidado. “Não dá para dizer que uma escola que teve 3 está melhor ou pior do que uma que tirou 2,9. A escola pública tem uma individualidade muito acentuada. A meta do Ideb tem de ser para cada escola [e não para a comparação]”, aponta.
Sucesso ponderado
Na semana passado o MEC divulgou as médias estaduais e nacionais. O país passou de 3,8 para 4,2 no Ideb das primeiras séries do ensino fundamental, ultrapassando a meta para 2007 (o objetivo era atingir 3,9). De 5ª a 8ª série, a nota passou de 3,5 para 3,8 (e a meta era 3,5); já no ensino médio, o objetivo era 3,4 e o Brasil registrou 3,5.
O ministro da Educação, Fernando Haddad, na época, comemorou o desempenho. “Tivemos um índice de sucesso não só do Brasil como um todo, mas quase a totalidade dos estados cumpriram a meta do ensino fundamental”, disse ele. Mas ponderou: “Temos um longo caminho pela frente”.
Em entrevista coletiva realizada na quarta-feira (18), o ministro classificou os dados como “satisfatórios”. Segundo ele, dos 1.242 municípios que tiraram as notas mais baixas em 2005, 1.135 cumpriram suas metas e melhoraram a qualidade da educação local.
O que é o Ideb
O Ideb foi criado pelo Inep e leva em conta dois fatores que interferem na qualidade da educação: rendimento escolar (taxas de aprovação, reprovação e abandono) e médias de desempenho.
As taxas de rendimento são medias pelo Censo Escolar da Educação Básica, e as médias dos alunos, pelo Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) e pela Prova Brasil, avaliações realizadas pelo MEC para diagnosticar a qualidade dos sistemas educacionais.
A combinação entre aprovação e aprendizagem é calculada em valores de 0 a 10. A meta do MEC é que o Brasil atinja níveis educacionais de países desenvolvidos, o que corresponde à média 6, até 2022, ano do bicentenário da Independência do Brasil.
FonteG1.Globo
sexta-feira, 20 de junho de 2008
Polícia diz que líquido que jorrou do chão de casa em Jundiaí é sangue
A Polícia Civil investiga um mistério relatado por um casal de aposentados de Jundiaí, a 60 quilômetros de São Paulo. Moradores do Jardim Bizzaro, eles pediram ajuda da Igreja Católica e da Polícia para desvendar um mistério que afirmam ter começado no fim de semana: um líquido vermelho verte do chão do banheiro, da cozinha e da sala da residência. Um exame da Polícia Científica da cidade divulgado na quarta-feira (18)confirmou que o material recolhido no local é sangue humano. Nesta quinta-feira (19), policiais voltaram à casa.
Os moradores relataram que o fenômeno ocorre por volta das 18 horas. O proprietário da casa, um funcionário público aposentado com 71 anos que preferiu não divulgar seu nome, e a mulher, uma aposentada de 65 anos, suspeitavam que o líquido seja sangue.Segundo declarações do aposentado à Agência Estado, o líquido - sem um cheiro característico - jorrou do banheiro. "Quando eu tomo banho não acontece nada. Quando ela (a mulher) vai tomar banho, começa", afirmou. O líquido verte não somente do rejunte, mas da superfície do piso e em alguns pontos da casa chega a jorrar a até dez centímetros de altura do chão. "Não sabemos o que é, mas não ficamos com medo."
O aposentado disse ser o primeiro proprietário da casa, construída em 1964. Embora tenha dois cachorros, ele também não acredita que o líquido possa ser sangue de alguma presa de seus animais de estimação. O proprietário afirmou não ter a intenção de quebrar o piso para verificar a origem do líquido misterioso.
Católico, o casal pediu ajuda ao pároco do bairro, que orientou os aposentados a registrarem um boletim de ocorrência. O delegado do 6º Distrito Policial (DP) de Jundiaí, Marco Antonio Ferreira Lopes, chegou a afirmar antes da conclusão dos laudos que iria arquivar o caso, pois não havia interesse policial.
Para a equipe da TV Tem, o delegado seccional de Jundiaí, José Antônio dos Santos, confirmou o teor do laudo da Polícia Técnica. A polícia deve realizar agora exames para comparar o material com o tipo sangüíneo dos moradores da casa.
quinta-feira, 19 de junho de 2008
Congresso aprova crédito de R$ 7,5 bilhões para reajuste de servidores
Em sessão conjunta, o Congresso Nacional aprovou nesta quinta-feira (19) a abertura de crédito suplementar de R$ 7,5 bilhões ao Ministério do Planejamento para o reajuste dos salários de 800 mil servidores públicos federais.
Na abertura da sessão, o painel eletrônico marcava a presença 52 parlamentares, entre deputados e senadores. Mas no momento da votação, feita de forma simbólica, não se contavam 20 parlamentares presentes no plenário, segundo informações da Agência Brasil.
Créditos por MP
A proposta foi enviada ao Congresso pelo governo federal no dia 20 de maio, diante de ameaças de parlamentares da oposição de não aprovarem suplementações por meio de medida provisória, após decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que considerou inconstitucional a abertura de créditos por meio de MPs.
“Esse é um acordo que já estava costurado desde o ano passado. Os servidores precisam de aumento também”, disse à Agência Brasil a líder do governo no Congresso, senadora Roseana Sarney (PMDB-MA).
O senador Álvaro Dias (PSDB-PR) ressalvou que não votou contra a proposta porque os tucanos eram contrários ao aumento por meio de medida provisória, mas que aprovam a forma legal agora adotada pelo governo.
Servidores
Os recursos servirão para o aumento de salários de servidores civis e militares. Do total de créditos, R$ 4,2 bilhões serão destinados ao aumento dos soldos dos militares das Forças Armadas, ativos, da reserva, além dos pensionistas.
Outros R$ 3,3 bilhões serão destinados à reestruturação das tabelas salariais do pessoal civil do Executivo, das carreiras de auditoria, da área jurídica, do Banco Central, da Previdência Social, da perícia médica e da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), além de servidores do Ministério da Ciência e Tecnologia, entre outros.
O governo justificou a suplementação pela necessidade de dar continuidade à política de melhoria salarial e atrair profissionais de alto nível de qualificação nos cargos oferecidos pelo governo.
Os recursos, de acordo com o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, virão do superávit apurado no balanço patrimonial de 2007.
Na abertura da sessão, o painel eletrônico marcava a presença 52 parlamentares, entre deputados e senadores. Mas no momento da votação, feita de forma simbólica, não se contavam 20 parlamentares presentes no plenário, segundo informações da Agência Brasil.
Créditos por MP
A proposta foi enviada ao Congresso pelo governo federal no dia 20 de maio, diante de ameaças de parlamentares da oposição de não aprovarem suplementações por meio de medida provisória, após decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que considerou inconstitucional a abertura de créditos por meio de MPs.
“Esse é um acordo que já estava costurado desde o ano passado. Os servidores precisam de aumento também”, disse à Agência Brasil a líder do governo no Congresso, senadora Roseana Sarney (PMDB-MA).
O senador Álvaro Dias (PSDB-PR) ressalvou que não votou contra a proposta porque os tucanos eram contrários ao aumento por meio de medida provisória, mas que aprovam a forma legal agora adotada pelo governo.
Servidores
Os recursos servirão para o aumento de salários de servidores civis e militares. Do total de créditos, R$ 4,2 bilhões serão destinados ao aumento dos soldos dos militares das Forças Armadas, ativos, da reserva, além dos pensionistas.
Outros R$ 3,3 bilhões serão destinados à reestruturação das tabelas salariais do pessoal civil do Executivo, das carreiras de auditoria, da área jurídica, do Banco Central, da Previdência Social, da perícia médica e da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), além de servidores do Ministério da Ciência e Tecnologia, entre outros.
O governo justificou a suplementação pela necessidade de dar continuidade à política de melhoria salarial e atrair profissionais de alto nível de qualificação nos cargos oferecidos pelo governo.
Os recursos, de acordo com o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, virão do superávit apurado no balanço patrimonial de 2007.
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Economia
Inflação é 'passageira' e deve ficar dentro da meta, diz Mantega
A economia brasileira continua com uma trajetória saudável e a inflação, que apresentou crescimento neste ano, é passageira, de acordo com avaliação feita nesta quinta-feira (19) pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega. "A inflação vem principalmente de fora. Impediremos que seja propagada aqui dentro", disse ele.
Mantega informou ainda que, para combater o crescimento da inflação, motivada principalmente pela subida dos preços dos alimentos (devido à maior demanda internacional), o governo está preparando o plano safra 2008/2009. Segundo ele, o plano terá uma "série de medidas" para expandir a produção agrícola. Com a maior oferta de alimentos, diz ele, haverá um impacto nos preços, que tendem a cair. Na avaliação do ministro, a inflação se combate com o aumento da oferta por produtos e serviços.
"O Brasil é o país mais bem posicionado na questão agrícola. Tem mais áreas agriculturáveis e maior produtividade. Vamos aproveitar a situação de escassez de alimentos para produzir muito mais alimentos. Estamos preparando uma grande safra 2008/2009 e 2009/2010. Vamos aumentar consideravelmente a produção brasileira aproveitando esse bom momento", disse o ministro da Fazenda.
Inflação dentro da metaO ministro da Fazenda avaliou ainda que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), utilizado como referência no sistema de metas de inflação, não deve ultrapassar 6,5% neste ano. Esse é o teto da meta de 2008.
O centro da meta é de 4,5%, mas como existe um intervalo de tolerância de dois pontos percentuais para cima ou para baixo, o IPCA pode oscilar entre 2,5% e 6,5% sem que a meta seja formalmente descumprida. Para manter a inflação dentro da trajetória das metas, o BC já subiu os juros em 1 ponto percentual neste ano, para 12,25% ao ano.
"Não achamos que [a inflação] vai superar o teto. [A previsão do] Focus [relatório de mercado do Banco Central, que faz pesquisa com instituições financeiras] é de 5,8%, ou 6%. Portanto, aquém do limite superior da meta. A previsão é de a inflação não deve superar a meta", disse o ministro da Fazenda.
Economia para pagar juros
O ministro Guido Mantega negou, novamente, que o governo vá aumentar outra vez a sua meta de superávit primário, ou seja, os recursos que são separados para pagamento de juros da dívida pública como forma de manter sua trajetória de queda. Um superávit primário maior, dizem especialistas, contribuiria para um maior controle da inflação - uma vez que significa redução dos gastos do governo.
Mantega informou que a meta de superávit primário continua em 3,8% do PIB, ou R$ 105 bilhões, mas lembrou que já está sendo feito um esforço fiscal a mais, de 0,5%, ou R$ 13 bilhões, para formar o chamado "fundo soberano". Com isso, financiar as empresas brasileiras no exterior.
"O superávit primário será 4,3% [com os 0,5% do fundo soberano]. Não será maior até porque é difícil fazer maior do que isso. É um esforço relevante. Não há necessidade de fazer esforço adicional. Não há medida adicional de restrição do crédito. Achamos que já há restrição por conta da alta da taxa de juros", disse ele.
Crescimento Econômico
O ministro da Fazenda disse também é possível reduzir o "ímpeto inflacionário" sem desacelerar o crescimento econômico mais do que o desejável. "É possível combater a inflação mantendo a economia em crescimento", disse ele, que manteve sua estimativa de crescimento de 5% para o PIB de 2008.
Na avaliação de Mantega, o Brasil está demonstrando resistência ao aumento dos preços das "commodities" [produtos básicos com cotação internacional, como alimentos, petróleo e aço]. "A economia continua crescendo apesar do choque de 'commodities'. Em outros países, derrubou a atividade econômica, que se retraiu. No Brasil, continuamos com crescimento satisfatório", disse ele.
O ministro reafirmou ainda que, embora o PIB tenha apresentado crescimento elevado (5,8% no primeiro trimestre deste ano), já há sinais de desaceleração - uma vez que o país cresceu menos do que o último trimestre de 2007.
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Economia
União Européia decide acabar com suas sanções contra Cuba
Objetivo da Europa é estimular as reformas do presidente Raúl Castro na ilha.
A União Européia decidiu nesta quinta-feira (19) eliminar suas sanções contra Cuba, disse a comissária de Relações Exteriores do bloco, Benita Ferrero-Waldner.
"As sanções cubanas serão levantadas", disse ela a jornalistas após um encontro de ministros do Exterior do bloco de 27 países chegar a um acordo em um jantar em Bruxelas. A informação foi confirmada por outros chanceleres do bloco.
A decisão tem como objetivo estimular mais reformas por parte do presidente Raúl Castro, que assumiu o cargo após o afastamento do irmão dele, Fidel, em 24 de fevereiro. A idéia do bloco europeu, segundo esboço do projeto obtido pela agência Reuters, é facilitar um processo de diálogo político "recíproco, incondicional, não-discriminatório e voltado a obter resultados".
Ferrero-Waldner disse, no entanto, que, em contrapartida, a Europa vai insistir para que a ilha avance nas questões dos direitos humanos e da prisão de dissidentes.
O projeto incluiria a exigência da libertação imediata de todos os presos políticos, da adesão de Cuba a todos os tratados das Nações Unidas sobre direitos humanos e da permissão de acesso de entidades de direitos humanos às prisões cubanas.
Existem cerca de 230 prisioneiros políticos em Cuba, segundo a Comissão Cubana para os Direitos Humanos.
Segundo fontes da União Européia, o fim das sanções tem validade de um ano e será revisto depois desse período, e as negociações devem continuar depois disso.
EUA são contrários
A decisão européia de acabar com as sanções foi tomada apesar dos pedidos dos EUA para que o mundo "endureça" com o regime cubano.
"Nós certamente não enxergamos (em Cuba) nenhum rompimento fundamental com a ditadura de Castro que nos dê razão para acreditar que agora é a hora de levantar as sanções", disse o porta-voz do departamento norte-americano de Estado. "Nós não vamos apoiar a União Européia ou qualquer um que queira suavizar as restrições agora."
As medidas da UE haviam sido impostas depois de ações contra os dissidentes em 2003 e incluiem o congelamento das visitas de autoridades de alto nível. Elas haviam sido suspensas em 2005.
Diferentemente do embargo norte-americano que vigora desde 1962, as sanções européias não impediam comércio e investimentos.
A suspensão das medidas coercitivas impostas em 2003 era um ponto defendido pela maioria dos países da União Européia. A Espanha liderou o movimento para levantar as sanções, mas encontrou resistência dos membros ex-comunistas do bloco, como a República Tcheca.
Fonte:G1.Globo
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Política economica
quarta-feira, 18 de junho de 2008
Comer mais no café da manhã ajuda a emagrecer, diz estudo
O café da manhã pode ser realmente a principal refeição do dia para aqueles que estão tentando perder peso, segundo um estudo apresentado nesta semana no encontro anual da Sociedade de Endocrinologia, em San Francisco.O estudo, conduzido por uma pesquisadora do Hospital de Clínicas de Caracas, na Venezuela, em parceria com a Universidade Virginia Commonwealth, nos Estados Unidos, demonstrou que mulheres obesas que comeram metade de suas calorias diárias logo de manhã por vários meses acabaram emagrecendo mais do que aquelas que comeram menos no café da manhã. A pesquisadora Daniela Jakubowicz, do Hospital de Clínicas de Caracas, disse aos presentes no encontro de San Francisco que comer pouco no café da manhã pode fazer com que a pessoa sinta necessidade de comer mais durante o dia. Em um estudo com 94 mulheres obesas e pouco ativas, Jakubowicz comparou os resultados alcançados com uma dieta que incluía café da manhã reforçado com os verificados em uma dieta pobre em carboidratos. A dieta pobre em carboidratos continha 1.085 calorias por dia - a maioria vinda de proteínas e gorduras. Nessa dieta, o café da manhã era a menor refeição do dia - 290 calorias, com apenas sete gramas de carboidratos. Já a dieta com o café da manhã reforçado tinha mais calorias - 1.240 - com uma proporção menor de gordura e maior de carboidratos e proteínas. Nessa dieta, o café da manhã tinha 610 calorias, enquanto o almoço tinha 395 e o jantar, 235. Quatro meses depois, as que estavam na dieta baixa em carboidratos pareciam estar perdendo mais peso do que as outras.No entanto, oito meses depois, no final do estudo, a situação se reverteu, com aquelas na dieta baixa em carboidrato voltando a engordar, enquanto as que comiam a dieta com um café da manhã reforçado continuavam a perder peso. Ao final, as que comeram a dieta com um café da manhã rico perderam 21,3% de seu peso, enquanto as outras, apenas 4,5%.Mais saudável ou mais interessante?De acordo com Jakubowicz, um café da manhã mais rico é mais eficiente em ajudar a perder peso, porque faz com que as pessoas se sintam mais satisfeitas e saudáveis durante o dia, já que inclui mais fibras e frutas. Alex Johnstone, pesquisadora do Instituto de Pesquisa Rowett, em Aberdeen, disse que outros estudos têm mostrado que dietas baixas em carboidrato podem ser uma "boa ferramenta" para reduzir o peso rapidamente, mas não servem "para a vida toda". Para ela, o fato de as mulheres nessa dieta terem voltado a engordar na pesquisa pode ser explicado pela monotonia do regime."Pode ser que seja simplesmente mais fácil para pessoas que comem uma dieta rica em carboidratos seguir o regime por mais tempo", ela afirmou. Já uma porta-voz da Fundação Britânica de Nutrição disse que há evidências de que um bom café da manhã pode ajudar quem quer perder peso. "Isso é provavelmente porque quando não comemos um bom café da manhã temos mais chances de ficar com fome antes do almoço e comer alimentos açucarados e gordurosos, como biscoitos ou bolos", ela disse.
Friocruz avalia exame de tuberculose para pacientes com artrite
São Paulo - A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) Pernambuco está avaliando um teste que pode dar mais segurança a pacientes com artrite reumatóide com indicação de uso do medicamento anti-TNF, que diminui a resistência do organismo a infecções, como a tuberculose. Segundo a Agência Friocruz, o exame T.SPOT.TB, que já é usado na Inglaterra e na França, oferece um diagnóstico mais específico de tuberculose (TB) latente em pacientes com artrite rematóide do que o teste convencional da TB, o PPD.A vantagem, de acordo com a Agência Fiocruz, é a certeza sobre o diagnóstico da tuberculose, doença que mata 6 milhões de brasileiros por ano, segundo o Ministério da Saúde. Apesar de já ser usado na Europa, o T.SPOT.TB nunca foi testado em área endêmica para a doença. O exame convencional PPD já é obrigatório para todos os pacientes com artrite reumatóide que usarão um medicamento anti-TNF. Ainda assim, existem casos de falso diagnóstico a partir desse teste.A artrite reumatóide é uma doença reumatóide crônica que ocorre entre os 30 e os 50 anos. É mais comum em mulheres e se caracteriza pelo comprometimento das articulações periféricas (mãos, pés, joelhos, cotovelos e punhos). A causa é desconhecida e o tratamento é feito com medicação e fisioterapia. Entre 0,5% e 1% da população mundial é acometida pela doença.
Estado anuncia data do Pagamento da 1º parcela do 13º salário dos servidores
Os servidores públicos estaduais vão receber a primeira parcela do 13º salário, o correspondente à metade do desembolso, nos dias 15 e 16 de julho próximo. Anunciou, nesta quarta-feira, 18, o secretário da Fazenda do Ceará, Mauro Filho, acrescentando que o Governo Cid Gomes vai liberar R$ 140 milhões agora e o restante dessa folha antes do dia 20 de dezembro.
Conforme o secretário, mês que vem o Estado injetará no comércio um total de R$ 420 milhões, contando com os R$ 280 milhões relativos à folha de junho "o que vai ser bom para incentivar o consumo e, claro, aumentar a arrecadação", disse. Mauro Filho pouco falou sobre o reajuste salarial dos servidores. Informou apenas que o governador Cid Gomes (PSB) deverá anunciar o percentual, com diferenciais para as secretarias da educação e da Segurança Pública, no início deste mês ou no começo de julho.
Não arriscou percentuais, mas lembrou que os estudos e negociações envolvem a Secretaria do Planejamento e Gestão Pública e a Mesa de Negociação dos Servidores Públicos. O Estado quer aumentar em 5,89% a categoria que, no entanto, reivindica 25%. Mauro Filho deu essas informações antes de seguir para Brasília, onde cumprirá uma bateria de encontros sobre reforma tributária. A prioridade é tentar evitar que o Estado de São Paulo, derrube a convalidação dos contratos já firmados pelos Estados nordestinos no que diz respeito aos empreendimentos já conquistados através de incentivos fiscais. A ordem é garantir o direito adquirido de projeto instalado em termos desses benefícios.
Conforme o secretário, mês que vem o Estado injetará no comércio um total de R$ 420 milhões, contando com os R$ 280 milhões relativos à folha de junho "o que vai ser bom para incentivar o consumo e, claro, aumentar a arrecadação", disse. Mauro Filho pouco falou sobre o reajuste salarial dos servidores. Informou apenas que o governador Cid Gomes (PSB) deverá anunciar o percentual, com diferenciais para as secretarias da educação e da Segurança Pública, no início deste mês ou no começo de julho.
Não arriscou percentuais, mas lembrou que os estudos e negociações envolvem a Secretaria do Planejamento e Gestão Pública e a Mesa de Negociação dos Servidores Públicos. O Estado quer aumentar em 5,89% a categoria que, no entanto, reivindica 25%. Mauro Filho deu essas informações antes de seguir para Brasília, onde cumprirá uma bateria de encontros sobre reforma tributária. A prioridade é tentar evitar que o Estado de São Paulo, derrube a convalidação dos contratos já firmados pelos Estados nordestinos no que diz respeito aos empreendimentos já conquistados através de incentivos fiscais. A ordem é garantir o direito adquirido de projeto instalado em termos desses benefícios.
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Chuvas podem fazer EUA comprar mais etanol do Brasil
As chuvas que vêm castigando o Meio Oeste americano - a principal região produtora de etanol no país - e provocando a perda de vastas colheitas de milho poderão contribuir para que os Estados Unidos importem mais etanol brasileiro.
É essa a opinião de Matt Hartwig, porta-voz da Renewable Fuels Association (RFA), a associação americana de comércio para a indústria de etanol do país.
Em entrevista à BBC Brasil, Hartwig disse ser possível que os Estados Unidos passem a contar com "uma crescente importação do etanol brasileiro".
"Historicametne, sempre que o mercado de etanol precisou de produtos, os importados entraram e competiram de forma muito eficaz", disse ele.
O representante da associação comercial comparou a atual situação com a vivida em 2006, quando a indústria petrolífera eliminou da gasolina o aditivo MTBE e o substituiu pelo etanol.
Naquela ocasião, conta Hartwig, "registramos um aumento do etanol importado do Brasil, de nações caribenhas e também de outras fontes".
Subsídios e tarifas
A indústria do biocombustível nos Estados Unidos conta com generosos subsídios do governo e o produto brasileiro enfrenta uma sobretaxa de US$ 0,54 para entrar no mercado americano.
Hartwig afirma que mesmo que o mercado aumente sua demanda por etanol importado, a taxa cobrada sobre o etanol brasileiro não deve ser eliminada.
"A tarifa não é uma barreira para a entrada do produto brasileiro. Ela existe para prevenir que o contribuinte americano tenha de contribuir para um produto que já conta com pesados subsídios nas indústrias de outros países".
O representante comercial acrescenta que "certamente, os brasileiros fizeram um trabalho admirável em construir a sua indústria e nós os saudamos por isso. Mas a nossa posição é a de que não cabe ao contribuinte americano subsidiar esse desenvolvimento contínuo."
Contrastes
O etanol americano é produzido à base de milho, enquanto que o biocombustível brasileiro é feito a partir da cana-de-açúcar.
Muitos analistas e até mesmo o Banco Mundial afirmam que o modelo americano de produção de etanol é mais nocivo ao meio ambiente e tem um peso maior sobre o preço de alimentos do que o modelo brasileiro, uma vez que o milho também serve de ração de animais de pasto, provocando também a alta de produtos de suínos e bovinos.
As enchentes provocaram a disparada do preço do milho, que atingiu US$ 8 o búshel (unidade de medida equivalente, no caso do milho, a 25,4 quilos), o preço mais alto já registrado na história.
Em um comunicado, o presidente da RFA, Bob Dinneen, afirmou que "está claro que esta situação sem precedentes deverá fazer com que os preços já elevados de grãos permaneçam em alta, provocando mais sacrifícios às indústrias que dependem de milho e de outras colheitas".
Fechamento de usinas
A situação se agravou ainda com o fechamento de duas usinas de etanol, provocados pelas chuvas. Os Estados Unidos contam com 154 usinas de etanol.
Matt Hartwig argumenta que ainda é cedo para definir quanto os Estados Unidos precisarão importar, uma vez que não se sabe por enquanto o pleno impacto das chuvas.
A Citi Investment Research, a unidade de pesquisas no mercado de ações do Citibank, disse que cinco plantas de porte médio foram fechadas devido à alta do etanol.
Segundo a agência, devido à alta do milho, os Estados Unidos poderão perder de 2 a 5 bilhões galões de sua capacidade de produção anual de etanol, que atualmente é de 8,8 bilhões de galões anuais.
Atualmente, os americanos importam entre 200 a 300 milhões de galões por ano de etanol
Fonte:UOL
É essa a opinião de Matt Hartwig, porta-voz da Renewable Fuels Association (RFA), a associação americana de comércio para a indústria de etanol do país.
Em entrevista à BBC Brasil, Hartwig disse ser possível que os Estados Unidos passem a contar com "uma crescente importação do etanol brasileiro".
"Historicametne, sempre que o mercado de etanol precisou de produtos, os importados entraram e competiram de forma muito eficaz", disse ele.
O representante da associação comercial comparou a atual situação com a vivida em 2006, quando a indústria petrolífera eliminou da gasolina o aditivo MTBE e o substituiu pelo etanol.
Naquela ocasião, conta Hartwig, "registramos um aumento do etanol importado do Brasil, de nações caribenhas e também de outras fontes".
Subsídios e tarifas
A indústria do biocombustível nos Estados Unidos conta com generosos subsídios do governo e o produto brasileiro enfrenta uma sobretaxa de US$ 0,54 para entrar no mercado americano.
Hartwig afirma que mesmo que o mercado aumente sua demanda por etanol importado, a taxa cobrada sobre o etanol brasileiro não deve ser eliminada.
"A tarifa não é uma barreira para a entrada do produto brasileiro. Ela existe para prevenir que o contribuinte americano tenha de contribuir para um produto que já conta com pesados subsídios nas indústrias de outros países".
O representante comercial acrescenta que "certamente, os brasileiros fizeram um trabalho admirável em construir a sua indústria e nós os saudamos por isso. Mas a nossa posição é a de que não cabe ao contribuinte americano subsidiar esse desenvolvimento contínuo."
Contrastes
O etanol americano é produzido à base de milho, enquanto que o biocombustível brasileiro é feito a partir da cana-de-açúcar.
Muitos analistas e até mesmo o Banco Mundial afirmam que o modelo americano de produção de etanol é mais nocivo ao meio ambiente e tem um peso maior sobre o preço de alimentos do que o modelo brasileiro, uma vez que o milho também serve de ração de animais de pasto, provocando também a alta de produtos de suínos e bovinos.
As enchentes provocaram a disparada do preço do milho, que atingiu US$ 8 o búshel (unidade de medida equivalente, no caso do milho, a 25,4 quilos), o preço mais alto já registrado na história.
Em um comunicado, o presidente da RFA, Bob Dinneen, afirmou que "está claro que esta situação sem precedentes deverá fazer com que os preços já elevados de grãos permaneçam em alta, provocando mais sacrifícios às indústrias que dependem de milho e de outras colheitas".
Fechamento de usinas
A situação se agravou ainda com o fechamento de duas usinas de etanol, provocados pelas chuvas. Os Estados Unidos contam com 154 usinas de etanol.
Matt Hartwig argumenta que ainda é cedo para definir quanto os Estados Unidos precisarão importar, uma vez que não se sabe por enquanto o pleno impacto das chuvas.
A Citi Investment Research, a unidade de pesquisas no mercado de ações do Citibank, disse que cinco plantas de porte médio foram fechadas devido à alta do etanol.
Segundo a agência, devido à alta do milho, os Estados Unidos poderão perder de 2 a 5 bilhões galões de sua capacidade de produção anual de etanol, que atualmente é de 8,8 bilhões de galões anuais.
Atualmente, os americanos importam entre 200 a 300 milhões de galões por ano de etanol
Fonte:UOL
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