O príncipe Charles quebrou o protocolo hoje na saída da visita a uma organização não-governamental (ONG) em Manaus apertando a mão de garis e crianças. Em vez de entrar no carro, como a mulher, a duquesa de Cornualha, Camila Parker-Bowles, Charles se dirigiu a crianças em cima de um caminhão que gritavam "I love you, Charles" e apertou suas mãos e a de garis.
Dentro da ONG, a Oficina Escola de Lutheria da Amazônia (Oela), pediu informações sobre como ser faz um violão. Ganhou das mãos de um aluno da escola, Jurandir Ribeiro, de 24 anos, um violão feito de tauari. "Ele ouvi o som da ocarina (instrumento de sopro que imita o som de pássaros) e perguntou quantos pássaros poderiam ser imitados, ficando bastante admirado quando dissemos que 25", disse.
Antes da visita à ONG, Charles se encontrou com os governadores do Amazonas, Eduardo Braga (PMDB), do Mato Grosso, Blairo Maggi (PR), do Tocantins, Marcelo Miranda (PMDB), e de Roraima, José Anchieta Júnior (PSDB). Segundo Braga, o príncipe ficou impressionado com o fato de as florestas da região amazônica terem biodiversidades diferentes em cada Estado e terem diferentes graus de degradação. "O príncipe reafirmou sua intenção em apresentar na próxima reunião do G-20 sua ideia de um fundo internacional para conservação das matas tropicais na Amazônia", contou.
No fim da tarde, antes de um concerto no Teatro Amazonas à noite, o príncipe caminhou cerca de 400 metros em mata fechada na Escola Agrícola de Manaus. Lá Charles teve um encontro com um grupo de indígenas do Amazonas, Acre e Amapá. Segundo a assessoria da embaixada, Charles mostrou-se interessado na problemática indígena e comprometeu-se a ler uma carta entregue por eles, com descrição da situação das etnias na Amazônia brasileira.
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