Queda de energia suspendeu de pousos e decolagens nos dois aeroportos.
Operação voltou ao normal às 13h46 em Cumbica e às 13h20 em Congonhas.
Uma queda de energia no Sistema Regional de Proteção ao Vôo provocou a suspensão de partidas e chegadas nos aeroportos de Congonhas, na Zona Sul da capital paulista, e Cumbica, em Guarulhos, na Grande São Paulo, segundo informações da Aeronáutica. O sistema que alimenta a visualização dos radares ficou prejudicado.
Em Congonhas, todos os vôos previstos para decolar desde as 11h45 foram suspensos. Eles só puderam ser retomados às 13h20. Os pousos deixaram de ocorrer por dez minutos, entre as 11h45 e as 11h55.
Em Cumbica, desde as 11h45, apenas as aeronaves que estavam próximas ao aeroporto puderam pousar. A maior parte dos vôos que estavam distantes foram alternados para o Aeroporto Tom Jobim, no Rio - a Infraero está apurando o número exato. As decolagens ficaram suspensas e só voltaram a ocorrer por volta das 13h20, quando partiu o vôo 8022 da TAM com destino a Buenos Aires. A decolagem estava inicialmente prevista para as 11h50. A operação, no entanto, só foi normalizada desde às 13h46.
Um dos últimos vôos a decolar de Congonhas antes do cancelamento das partidas foi o de número 3922 da TAM. De acordo com os passageiros, logo após a decolagem o comandante informou pelo sistema de som que houve uma pane no radar da torre de controle aéreo do aeroporto e, por isso, o vôo ficaria em órbita sobre a capital paulista.
O comandante disse ainda que só após a situação se normalizar o avião poderia seguir viagem. Alguns minutos depois, o vôo foi autorizado a seguir rumo ao Rio.
O susto foi maior na chegada ao Santos Dumont, quando o tempo virou logo na hora do pouso e o comandante arremeteu o avião. Em uma segunda tentativa, conseguiu pousar a aeronave.
Às 14h, alguns embarques começaram a ser anunciados pelo alto-falante, como o do vôo 3220 da TAM, que segue para Belo Horizonte. No painel, a informação era de que ele deveria decolar às 13h52. Às 13h50, a lista era de nove chegadas atrasadas.
Mas há vôos cancelados e bastante atrasados, como o das amigas Camila Gonçalves e Thaiana Fernandes, as duas de 16 anos. "Cancelaram nosso vôo", afirmou Thaiana, que deveria embarcar com Camila às 14h30 para o Rio de Janeiro pela TAM. "Agora, disseram que só sai às 16h. Fazer o quê? Espero embarcar", reclamou Camila, em seu último dia de férias na capital paulista.
A aposentada Ermínia Gaiva, de 66 anos, encarou com bom humor a pane no sistema aéreo. "Já tomei tanto chá (de cadeira) em aeroporto. Eu me acostumei". Ela contou que seu embarque seria às 14h30 para Campo Grande. "Mas me avisaram que vai atrasar."
No desembarque, muitas pessoas aguardavam a chegada de passageiros sem saber a dimensão do atraso. De acordo com o painel da Infraero, um dos vôos mais atrasados era o de número 2131, da Varig, vindo de Florianópolis, Santa Catarina, que deveria ter pousado em São Paulo, às 10h30. Às 14h40, no entanto, ainda não havia aterrissado.
A agente administrativa Veronilsa Carvalho, de 37 anos, esperava a chegada da irmã havia mais de uma hora. “Era para ela estar aqui às 13h30, mas o vôo não está nem aparecendo no painel.” Segundo ela, a previsão de embarque em Campo Grande (MS) era às 11h.
De acordo com o site da Infraero, Congonhas registrava 15 cancelamentos e 13 atrasos entre as cem partidas previstas das 6h às 14h. Em Cumbica, desde a meia-noite, houve 35 atrasos e dois cancelamentos entre as 114 decolagens programadas.
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