Seleção abre 12 pontos de vantagem, mas leva cesta a dois segundos do fim e agora depende de uma improvável combinação de resultados
O Brasil de Êga esbarrou na seleção da Letônia
Mais do que nunca, a seleção brasileira de basquete está com a corda no pescoço. Em uma partida espetacular, a equipe de Paulo Bassul perdeu para a Letônia por 79 a 78, chegou a três rodadas sem vitória e agora precisa se agarrar à calculadora para sonhar com a vaga nas quartas-de-final. Ainda que consiga o milagre da classificação, o time verde-amarelo deve cruzar com as meninas dos Estados Unidos, favoritas à medalha de ouro. O Brasil volta à quadra na sexta-feira, às 3h30m, para enfrentar a forte Rússia.
A equipe de Bassul chegou a abrir 12 pontos no primeiro quarto, mas permitiu a reação das rivais, e o duelo foi decidido na última bola. Após uma incrível cesta de três de Karen a sete segundos do fim, a Letônia respondeu com a bandeja da vitória convertida por Jekabsone-Zogota. Foi ela, por sinal, o grande destaque da partida, com 25 pontos e cinco passes.
Pela seleção brasileira, Êga anotou 16 pontos e pegou nove rebotes. Kelly também foi bem, com 15 pontos e nove rebotes. Adrianinha fez um bom trabalho na armação, com 12 pontos, sete rebotes e quatro passes. Mas não foi o suficiente para arrancar o primeiro triunfo.
Ainda que vença Rússia e Bielorrússia nas duas últimas rodadas, o Brasil precisa fazer muitas contas. Dependeria de duas vitórias improváveis da Coréia do Sul ou de um triunfo da Letônia sobre a fortíssima Austrália. Na teoria, a seleção pode até perder para as russas e ainda sonhar com a vaga. Para isso, precisaria de uma combinação quase impossível para causar um empate triplo com Bielorrússia e Letônia, decidindo a vaga no saldo de pontos.
Grazi tenta superar a defesa adversária
Início animador
O técnico mandou à quadra um quinteto com Adrianinha, Claudinha, Micaela, Êga e Kelly. O jogo começou tenso, e os primeiros pontos só saíram com quase dois minutos, graças a dois lances livres de Êga. A equipe verde-amarela chegou a abrir 18 a 7. Com a pontaria certeira de longa distância, a diferença no placar foi a 12, mas Adrianinha cometeu uma falta a oito décimos do fim, e a Letônia reduziu para 23 a 14. A própria Adrianinha quase fechou o período com uma cesta espetacular, de quadra inteira, mas a bola bateu caprichosamente no aro.
No segundo quarto, o Brasil teve uma pane, e a Letônia logo cortou a vantagem para quatro pontos. Com uma bola de três de Jekabsone-Zogota, a diferença caiu para apenas um. Após um pedido de tempo de Bassul, veio a virada anunciada, com uma bandeja fácil. Aos poucos, o Brasil se recompôs e voltou a abrir cinco pontos, fechando o quarto em 36 a 31.
Na volta do intervalo, o equilíbrio deu o tom. Jekabsone-Zogota continuava brilhando pela Letônia, mas o Brasil se manteve no jogo e fechou o terceiro período com 59 a 57.
Um desfecho de tirar o fôlego
O último quarto continuou sendo uma caçada de gato e rato. As equipes se revezavam na liderança o tempo todo. A 1m44 do fim, Micaela foi eliminada com cinco faltas e deu lugar a Claudinha. Após uma cesta de três de Kublina, Karen respondeu na mesma moeda, com um arremesso fantástico a sete segundos do fim. O Brasil ficou um ponto à frente.
Jekabsone-Zogota, no entanto, partiu para dentro e converteu um bandeja chorada para garantir a vitória com dois segundos no relógio.
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