quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Brasil derrota a Sérvia e garante a sua classificação às quartas das Olimpíadas

Bom sistema de saque e bloqueio faz seleção brasileira sobrar em quadra

GLOBOESPORTE.COM Pequim


Central Fabiana ataca com força contra a Sérvia

O Brasil está classificado às quartas-de-final dos Jogos Olímpicos de Pequim. Após vencer Argélia e Rússia, a seleção brasileira superou na madrugada desta quarta-feira a Sérvia por 3 sets a 0, com parciais de 25/15, 25/13 e 25/23, e somou seis pontos no Grupo B. O resultado garante a liderança à equipe, que só saberá sua real posição na chave após o duelo contra a Itália, no domingo.

Assim como o Brasil, a Itália segue invicta na competição. A Sérvia, que estava ao lado das seleções citadas, ficou atrás após o resultado desta quarta-feira. A equipe brasileira, que na rodada seguinte enfrenta o frágil Cazaquistão, aguarda pelo jogo entre italianas e sérvias. Porém, a decisão da chave fica por conta de Brasil e Itália.

Confira a tabela de classificação do vôlei feminino nos Jogos Olímpicos de Pequim

As Olimpíadas são disputadas em quatro etapas: preliminar, quartas-de-final, semifinal e final. Na primeira fase, as seis equipes de cada grupo se enfrentam entre si. As quatro primeiras de cada chave vão à próxima etapa. A partir das quartas, os confrontos passam a ser eliminatórios até a decisão da medalha de ouro. Os perdedores das semifinais jogam pelo bronze.

Saque e bloqueio: sistema que garantiu a vitória

Bloqueio foi uma das armas do Brasil no jogo

O técnico José Roberto Guimarães iniciou a partida contra a Sérvia com a mesma formação dos jogos anteriores: a levantadora Fofão, as ponteiras Paula Pequeno e Mari, a oposto Sheilla, as centrais Walewska e Fabiana, além da líbero Fabi. Concentradas, as brasileiras começaram sacando e bloqueando muito bem, o que garantiu a frente do placar. Com um ataque de Paula, o Brasil abriu cinco pontos: 10 a 5.
O treinador sérvio Zoran Terzic sentiu que sua equipe estava entrando no jogo da seleção brasileira e pediu tempo. Na volta, o time verde-amarelo não perdeu o ritmo e, com uma bola de meio de Walewska, aumentou a vantagem. No primeiro tempo técnico obrigatório, 16 a 11 marcava o placar. E o Brasil foi dando continuidade ao jogo, mantendo o saque e o bloqueio como fundamentos diferenciais. Fofão usou bem as bolas de centro e, principalmente, o fundo com Mari. Assim, ficou fácil para fechar em 25 a 15.

Mais uma vez, o medo do técnico Zé Roberto de que a habilidosa levantadora sérvia Maja Ognjenovic pudesse complicar a vida da seleção brasileira foi apagado no segundo set por suas comandadas. Estas souberam marcar bem as jogadas armadas pela adversária e subiam sempre no bloqueio. Quando não paravam a bola, ao menos amorteciam para o contra-ataque. Paula Pequeno e Walewska foram as que mais se destacaram na rede, permitindo que o Brasil abrisse no marcador.

Assim como no período anterior, a seleção brasileira colocou 10 a 5. Na primeira parada, a equipe sobrava no jogo: 16 a 8. Os tocos não pararam no retorno à quadra, e a diferença na pontuação foi aumentando. Com 23 a 13, Zé Roberto pôs Sassá e Thaisa. Na primeira chance, a novata central cresceu na rede e deu o set point. Um ataque de Mari finalizou em 25 a 13.

Quedas contornadas pelo técnico Zé Roberto

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No terceiro set o Brasil manteve o ritmo e, logo no início, abriu 5 a 0, com dois pontos de ataque, dois de bloqueio e um ace. Ao perceber sua equipe perdida, Zoran Terzic pediu tempo e fez alterações. Em duas marcações duvidosas do juiz Kun-Tae, a Sérvia pontuou. Zé Roberto foi à loucura, mas acatou a ordem da arbitragem. As brasileiras chegaram a se desconcentrar com a situação, permitindo que as adversárias se aproximassem no placar (8 a 6).

Neste momento, o jogo ficou equilibrado. Irritado com algumas largadas ao invés de ‘pancadas’, Zé Roberto pediu tempo para orientar a sua equipe. Deu certo. Depois do 18º ponto, o Brasil voltou a controlar a situação. Sassá e Thaisa entraram em quadra no lugar de Paula Pequeno e Fabiana. No fim da parcial a equipe teve mais uma queda, que precisou ser novamente contornada pelo técnico brasileiro. No match point, Paula retornou. E um ataque de Fabiana, que cravou 25 a 23, garantiu a classificação brasileira às quartas-de final.

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