Declaração foi feita na Jordânia, antes de visita a Israel e aos territórios palestinos.
O candidato do Partido Democrata à Presidência dos EUA, Barack Obama, prometeu nesta terça-feira (22) trabalhar desde seu primeiro dia de governo para garantir a assinatura de um acordo de paz entre Israel e os palestinos, mas ressaltou que essa seria uma tarefa difícil.
"O governo israelense enfrenta um momento delicado. Os palestinos estão divididos entre a Fatah e o Hamas. De forma que os dois lados teriam dificuldade para adotar as medidas corajosas capazes de garantir a paz", afirmou Obama a repórteres em Amã, antes de visitar Israel e os territórios palestinos.
O primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert, investigado atualmente por corrupção e ameaçado de perder o cargo, e o presidente palestino, Mahmoud Abbas, que perdeu o controle sobre a Faixa de Gaza para o Hamas um ano atrás, deram início a negociações de paz em novembro.
Os dois fixaram a meta de atingir um acordo sobre a criação de um Estado palestino antes de o presidente dos EUA, George W. Bush, deixar o cargo, em janeiro. Mas as desavenças em torno da construção de assentamentos judaicos e atos violentos realizados pelos dois lados prejudicaram o processo.
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"Minha meta é garantir que trabalharemos, desde o minuto seguinte ao da minha posse, para tentar encontrar formas de avançar", disse Obama, acrescentando ser irreal esperar que o presidente norte-americano "de repente estale os dedos e imponha a paz".
O candidato gerou polêmica em junho quando disse diante de um grupo lobista pró-Israel que Jerusalém deveria continuar a ser a capital indivisa de Israel --depois se corrigiu, afirmando que a questão precisava ser negociada pelos envolvidos.
Obama, que tenta conquistar o eleitorado judeu, disse que os EUA deveriam continuar a ser um "amigo convicto" de Israel independente de quem acabe por vencer as eleições presidenciais de novembro.
A respeito do Afeganistão, o candidato descreveu a situação daquele país como "precária e urgente", dizendo ainda que a rede al-Qaeda e o Talebã planejavam realizar mais ataques contra os EUA.
"No Afeganistão e na região de fronteira com o Paquistão, a al-Qaeda e o talebã organizam uma ofensiva cada vez mais intensa contra a segurança do povo afegão e do povo paquistanês ao mesmo tempo em que planejam a realização de ataques contra os EUA", disse o candidato.
Obama realiza uma viagem internacional e, como parte dessa viagem, visitou o Afeganistão no fim de semana. O democrata descreveu esse país como a "frente central da guerra contra o terrorismo".
"Estou satisfeito com o fato de que há um consenso cada vez maior nos EUA sobre o fato de que precisamos dar mais atenção ao Afeganistão. Não deveríamos esperar mais tempo para intensificar nossos esforços", acrescentou.
Obama chegou na terça-feira a Tel Aviv, em Israel, vindo da Jordânia. Depois de visitar Israel e Cisjordânia, onde o candidato passará a quarta-feira, Obama continuará sua viagem por três países europeus.
Na manhã desta quarta, ele deve visitar o Museu do Holocausto e depois conversar com o líder oposicionista e ex-premiê Benjamín Netanyahu.
Depois, vai se reunir com o premiê Ehud Olmert e com os ministros Tzipi Livni (Exterior) e Ehud Barak (Defesa).
Acompanhado dos ministro, ele viajará a Sderot, localidade no sul de Israel mais castigada pelo lançamento de foguetes desde a Faixa de Gaza pelas milícias palestinas.
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