Segundo instituto, setor de automóveis influenciou resultado mensal.
A perda acumulada dos dois últimos trimestres foi a maior desde 1990.
Linha de produção da Ford no ABC paulista; setor de veículos foi um dos que mais influenciou alta na produção industrial mensal (Foto: Divulgação)
A produção industrial subiu 0,7% no mês de março em relação a fevereiro e registrou a terceira alta mensal seguida, considerando os dados com ajuste sazonal.
As informações fazem parte da Pesquisa Industrial Mensal divulgada nesta terça-feira (5) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Em relação a março do ano passado, a atividade industrial apresentou recuo de 10%, de acordo com o instituto.
A perda acumulada dos dois últimos trimestres foi de 16,7%, a mais elevada desde o segundo trimestre de 1990, quando o índice recuou 19,8%.
"Após três meses de suave acréscimo mensal no nível de produção, acumulando alta de 4,8% entre dezembro e março, houve uma inversão na trajetória do índice de média móvel trimestral, que cresceu 1,6% em março frente ao mês anterior, após perda acumulada de 18% nos últimos cinco meses", destacou o IBGE em nota.
Segmentos em alta
Um dos setores que mais influenciou a alta, conforme o instituto, foi o setor de veículos automotores, que registrou, em relação a fevereiro, elevação de 7%.
Onze das 27 atividades industriais tiveram alta na produção. Outores setores destacados pelo instituto foram a indústria farmacêutica (9%); outros produtos químicos (3,5%); equipamentos de instrumentação médico-hospitalar e óticos (20,8%); e indústrias extrativas (2,4%).
Segmentos em retração
Em março, o IBGE apontou alguns dos setores que exerceram pressão negativa no índice: equipamentos de transporte (-15,2%); máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-15,3%); máquinas e equipamentos (-3,3%); e material eletrônico e equipamentos de comunicações (-5,5%).
Considerando as categorias da indústria, a única a registrar retração em março ante fevereiro foi o setor de bens de capital, cuja produção caiu 6,3%. Os demais registraram leve variação ou pequena alta: bens intermediários (0,3%); bens de consumo (1,3%); bens duráveis (1,7%); bens semiduráveis e não duráveis (0,8%).
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