Ele diz que em janeiro, fevereiro e março podem aparecer problemas.
‘Estamos preparados para recuperar a economia’, afirma.
O presidente Lula e o governador do Rio, Sergio Cabral, no morro Dona Marta, nesta terça (3) (Foto: Ricardo Stuckert/Presidência)
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, nesta terça-feira (3), que trabalha com a hipótese de retração na economia brasileira, apesar de acreditar que o país não sofrerá tanto com a crise quanto os países europeus. O presidente respondia a uma pergunta sobre a pesquisa do IBGE que apontou queda na produção industrial em dezembro.
“Eu acho que a pesquisa industrial em dezembro, mais do que em outros meses, sempre cai mais. Eu trabalho com a hipótese que nós podemos ter uma retração na economia brasileira, mas acredito que o Brasil não sofra o mal que estão sofrendo os países desenvolvidos. Temos muito mais tranqüilidade para resolvermos os nossos problemas”, disse o presidente, durante visita ao morro Dona Marta, no Rio de Janeiro, na tarde desta terça.
“Mês de janeiro, fevereiro e março, a gente pode ter algum problema. Mas estamos preparados para recuperar a economia”, completou.
Segundo Lula, o Brasil tem um problema com o crédito, mas que já está sendo resolvido. Ele citou os recursos repassados ao BNDES, anunciados pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, no fim de fevereiro.
“Temos um problema com o crédito, mas estamos conseguindo resolver. O dinheiro que nós disponibilizamos para o BNDES vai manter a economia brasileira em uma atividade muito grande. Eu acredito que no decorrer do ano, vamos recuperar parte do prejuízo que tivemos em dezembro”, disse.
Lula anunciou quatro medidas para reativar a economia: “A primeira decisão é não parar nenhuma obra do PAC. A segunda é reduzir o ‘spread’ bancário. A terceira é manter todos os projetos da iniciativa privada financiados pelo BNDES em total atividade. E o quarto, manter todos os investimentos da Petrobras, de R$ 174 bilhões de reais até 2013, cumprindo todo o cronograma”.
Pesquisa
O presidente não quis comentar a pesquisa CNT/Sensus divulgada nesta terça-feira (3), que o aponta com novo recorde de 84% de aprovação.
"Eu não faço comentário sobre pesquisa, nem quando estou bem, nem quando estou mal. Acho que a pesquisa retrata o momento político que estamos vivendo. A única coisa em que tenho confiança é dar sinais concretos que nesse momento de crise nós governantes temos que cuidar do nosso país, do nosso estado e da nossa cidade."
Habitação
Pela manhã, durante inauguração de obra do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) na comunidade de Manguinhos, o presidente também mencionou a crise ao anunciar uma plano para construção de 500 mil novas casas que será apresentado a ele em dez dias.
"Nessa crise mundial em que todos os países ricos estão passando maus bocados, vamos tentar mostrar que os países ricos, que há quatro anos ficavam ditando regras, nós agora vamos dizer para eles: façam o que nós estamos fazendo que vocês podem recuperar a economia do seu país", disse.
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