O deputado Lula Morais (PCdoB) informou, nesta quinta-feira (12/02), ao se pronunciar em plenário, que participou de seminário realizado pela Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB)/Ceará, no Banco do Nordeste, sobre “Vida sustentável no Semi-Árido Cearense”, que segue até sábado. Ele destacou que hoje à tarde, de acordo com a programação do evento, será realizada palestra da secretária do Planejamento e Gestão Silvana Parente sobre o tema “Política de Desenvolvimento para o Ceará".
Segundo o parlamentar, a situação de seca faz parte do clima do semi-árido e por isso é necessário que se desenvolvam técnicas capazes de assegurar o convívio do homem com esse clima. Atualmente, conforme acentuou, há muitas experiências que permitem esta convivência e que estão sendo disseminadas por meio do seminário da CNBB, que repete há 20 anos este intercâmbio de conhecimento.
O deputado criticou que apesar dos avanços da ciência, no Ceará ainda se praticam técnicas ultrapassadas que degradam o meio ambiente, ampliando a degradação ambiental. Ele explicou que cerca de 30% de toda a madeira utilizada para fornos de padaria e outras atividades que se utilizam desse combustível são extraídas da caatinga, que é o nosso principal bioma. O parlamentar afirmou ainda que o desmatamento de matas ciliares também concorre para o aumento da evaporação dos recursos hídricos.
Lula Morais avisou que há técnicas desenvolvidas que, além de preservar o meio ambiente, asseguram a conservação de água, como barragens subterrâneas, que “são como açudes de cabeça para baixo”, e barragens sucessivas, que permitem a recuperação do solo para o plantio. Exemplo desta técnica, segundo Lula, pode ser observado no riacho Tangati, em Canindé.
O deputado disse também que as técnicas mais comuns de irrigação estão causando a salinização do solo, trazendo conseqüências dramáticas para o meio ambiente, já que configuram uma situação de difícil reversão. Ele observou ainda que o uso indiscriminado de agrotóxicos deve ser combatido, para que haja o desenvolvimento sustentável do semi-árido.
JS/AF
Fonte: Coordenadoria de Comunicação Social
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