segunda-feira, 1 de setembro de 2008





Exportações brasileiras crescem acima da média mundial

As exportações brasileiras registraram, em agosto, o segundo melhor saldo mensal do ano, com vendas de US$ 19,747 bilhões. De acordo com Welber Barral, secretário de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, as exportações de janeiro a agosto somaram US$ 130,843 bilhões, um crescimento de 29,3% sobre o mesmo período de 2007, "acima, portanto, do crescimento médio mundial, de 15,3% ao ano".

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O secretário também afirmou que "as vendas foram maiores em todos os principais blocos econômicos", com destaques para a Ásia (76,3%), especialmente para a China, por conta principalmente de minério de ferro, soja em grão, siderúrgicos, combustíveis e carnes.

No período, houve crescimento considerável também para a África (68%) em gasolina, açúcar, carnes, minérios, máquinas e equipamentos; para a Europa Oriental (52,4%), Mercosul (40,9%) e Oriente Médio (31,7%).

As menores taxas de crescimento foram dos países mais diretamente afetados pela crise financeira no mercado imobiliário; razão porque as vendas para a União Européia aumentaram só 26% e para os Estados Unidos 18,8%.

Apesar disso, os EUA continuam sendo nossos maiores compradores (US$ 2,411 bilhões no mês), seguidos de China (US$ 1,972 bilhão), Argentina (US$ 1,694 bilhão), Países Baixos (US$ 995 milhões) e Alemanha (US$ 786 milhões).

Barral ressaltou ainda que houve expressivo crescimento das exportações também para mercados não-tradicionais na pauta brasileira, como Islândia, Ilhas Virgens, Paquistão, Luxemburgo, Zimbábue e Chade, como resposta ao esforço de diversificação do comércio externo.

Panorama nacional
O secretário destacou que no acumulado dos últimos 12 meses as vendas nacionais somam US$ 189 bilhões, muito próximo da meta anual de US$ 190 bilhões, o que "deve provocar revisão da meta no próximo mês".

Barral disse que "tanto as exportações quanto as importações tiveram evoluções recordes", em que pese as compras de produtos externos terem crescido mais e provocado menores saldos comerciais (exportações menos importações).

O saldo de agosto, no valor de US$ 2,269 bilhões, foi 35,92% menor que em agosto do ano passado; e no acumulado do ano o superávit soma US$ 16,907 bilhões, com queda de 38,43% em relação a igual período de 2007.

Entre os destaques nas exportações estão gasolina (121,4%), álcool etílico (94,1%), óxidos e hidróxidos de alumínio (74,2%), tratores (48,2%) e aviões (35,8%).

Quanto aos semimanufaturados, as maiores vendas externas foram de produtos de ferro/aço (231,7%), ferro fundido (153,4%), ferro-ligas (76,3%) e óleo de soja (55,2%).

Entre os produtos básicos, os maiores aumentos ocorreram nas vendas de minério de cobre (224,1%), petróleo em bruto (144,1%), minério de ferro (110,1%), soja em grão (75,1%), carne de frango (69%), carne bovina (49,3%), café em grão (30,7%), carne suína (29,4%) e farelo de soja (23,5%).

Além do crescimento de tradicionais produtos da pauta de exportações, Welber Barral destacou, no grupo dos manufaturados, que "houve ampliação significativa de itens com pequena participação no rol de vendas brasileiras lá fora, o que mostra a continuidade do processo de diversificação da pauta brasileira de exportações".

Entre eles, cita tubos flexíveis, soda cáustica, resíduos de petróleo como coque e betume, carbonetos, leveduras, produtos hortícolas e até farinhas e torresmos.

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