O governo da Arábia Saudita está construindo uma cidade no deserto que terá capacidade para acomodar dois milhões de pessoas e gerar um milhão de empregos.
A Cidade Econômica King Abdullah, que ganhou o nome inspirado no rei saudita, é a peça central de outros cinco projetos que estão sendo desenvolvidos pelo governo saudita, com conclusão prevista para 2020.
A nova cidade, erguida sobre as areias do deserto da Arábia a 100 km ao norte da cidade de Jidá, ocupará uma área de 388 km quadrados.
"A cidade está sendo construída em proporções nunca vistas anteriormente em nenhum lugar do mundo e será do tamanho de Washington em 15 anos", diz Fahd al-Rasheed, presidente da Emaar, empresa que está desenvolvendo o projeto.
"(A Cidade Econômica) terá um dos maiores portos do mundo, uma área para escolas outra para resorts", diz ele.
Petróleo
Com o anúncio da construção da cidade, o governo mostra que quer investir no futuro de forma mais sensata, prevendo grandes desafios, como a necessidade de diversificar a economia e de gerar mais empregos para atender uma população majoritariamente jovem (40% dos sauditas têm menos de 15 anos).
A Cidade Econômica vai abrigar um gigantesco complexo industrial, previsto para a produção de alumínio, aço, fertilizantes e petroquímicos.
"Estamos falando em estabelecer uma estrutura industrial para as gerações futuras", disse Saad al-Dosari, presidente da Companhia de Refinaria e Petroquímica Rabigh.
Com o preço do petróleo nas alturas, o governo da Arábia Saudita está prevendo o futuro em um cenário onde a commodity poderá ser escassa.
Os lucros que o país arrecada com a venda do petróleo são enormes - mais de 11 milhões de barris são produzidos por dia, gerando mais de US$ 1 bilhão.
Na última vez que o petróleo registrou valorização semelhante, os sauditas desperdiçaram grandes somas de dinheiro em projetos mal-sucedidos, como a tentativa de transformar o deserto em terras aráveis.
Reformas
Um exército de trabalhadores estrangeiros, em sua maioria do sul da Ásia, está construindo a infra-estrutura que dará sustentação a milhares de casas e prédios comerciais.
A mão-de-obra é mais barata e está disposta a fazer um trabalho que os sauditas se recusam.
Na Arábia Saudita é preciso saber ler nas entrelinhas. Muitos defensores de reformas sugerem que as cidades do futuro terão mais liberdade do que o resto do país.
Mas ainda resta saber se nas novas cidades as mulheres terão permissão para dirigir e circular livremente como nas cidades do Ocidente. Ninguém, incluindo o rei, parece preparado a responder essas perguntas.
Algumas reformas já estão sendo introduzidas, mas em um país com fortes tradições religiosas, o processo será lento e gradual. A Cidade Econômica King Abdullah é provavelmente o carro-chefe dessas mudanças.
A Cidade Econômica King Abdullah, que ganhou o nome inspirado no rei saudita, é a peça central de outros cinco projetos que estão sendo desenvolvidos pelo governo saudita, com conclusão prevista para 2020.
A nova cidade, erguida sobre as areias do deserto da Arábia a 100 km ao norte da cidade de Jidá, ocupará uma área de 388 km quadrados.
"A cidade está sendo construída em proporções nunca vistas anteriormente em nenhum lugar do mundo e será do tamanho de Washington em 15 anos", diz Fahd al-Rasheed, presidente da Emaar, empresa que está desenvolvendo o projeto.
"(A Cidade Econômica) terá um dos maiores portos do mundo, uma área para escolas outra para resorts", diz ele.
Petróleo
Com o anúncio da construção da cidade, o governo mostra que quer investir no futuro de forma mais sensata, prevendo grandes desafios, como a necessidade de diversificar a economia e de gerar mais empregos para atender uma população majoritariamente jovem (40% dos sauditas têm menos de 15 anos).
A Cidade Econômica vai abrigar um gigantesco complexo industrial, previsto para a produção de alumínio, aço, fertilizantes e petroquímicos.
"Estamos falando em estabelecer uma estrutura industrial para as gerações futuras", disse Saad al-Dosari, presidente da Companhia de Refinaria e Petroquímica Rabigh.
Com o preço do petróleo nas alturas, o governo da Arábia Saudita está prevendo o futuro em um cenário onde a commodity poderá ser escassa.
Os lucros que o país arrecada com a venda do petróleo são enormes - mais de 11 milhões de barris são produzidos por dia, gerando mais de US$ 1 bilhão.
Na última vez que o petróleo registrou valorização semelhante, os sauditas desperdiçaram grandes somas de dinheiro em projetos mal-sucedidos, como a tentativa de transformar o deserto em terras aráveis.
Reformas
Um exército de trabalhadores estrangeiros, em sua maioria do sul da Ásia, está construindo a infra-estrutura que dará sustentação a milhares de casas e prédios comerciais.
A mão-de-obra é mais barata e está disposta a fazer um trabalho que os sauditas se recusam.
Na Arábia Saudita é preciso saber ler nas entrelinhas. Muitos defensores de reformas sugerem que as cidades do futuro terão mais liberdade do que o resto do país.
Mas ainda resta saber se nas novas cidades as mulheres terão permissão para dirigir e circular livremente como nas cidades do Ocidente. Ninguém, incluindo o rei, parece preparado a responder essas perguntas.
Algumas reformas já estão sendo introduzidas, mas em um país com fortes tradições religiosas, o processo será lento e gradual. A Cidade Econômica King Abdullah é provavelmente o carro-chefe dessas mudanças.
Fonte: Terra
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