A 17ª zona eleitoral, com abrangência nos municípios de Itapipoca, Amontada e Miraíma, é uma das maiores do interior do Estado com um total de 112.472 eleitores aptos a votar nas eleições de 2008. Este eleitorado está distribuído da seguinte maneira: Itapipoca – 73.943 eleitores, Amontada – 28.155 eleitores e Miraíma -¬¬10.374 eleitores.
A cerimônia de inauguração foi conduzida pela presidente do TRE, desembargadora Huguette Braquehais e contou com a presença do Juiz da 17ª Zona Eleitoral Dr. Victor Nunes Barroso,Dr. Roberto Oliveira Duarte( Juiz de Direito da 2ª Vara de Itapipoca),Tereza Germana Lopes de Azevedo (Juiza titular do JECC de Itapipoca), Dr. João Ribeiro Barroso (Prefeito de Itapipoca), Edna Pinheiro (Primeira Dama), Edson Braga Veras (Presidente da Câmara de Itapipoca), Deputados estaduais Antônio Granja e Edísio Pacheco, Dr.Djauro Dutra(Advogado) Dr. Geraldo Gomes de Azevedo Filho (Secretário de Educação de Itapipoca) Dr. Clóvis Brito (presidente da OAB Secção de Itapipoca), D. Frei Roberto Cavuto (Bispo Diocesano de Itapipoca), Luis Carlos (Secretário de Gabinete do prefeito de Amontada), Roberto Luiz Uchoa - Betão (prefeito eleito de Miraima), promotores, advogados, empresários, parentes e amigos dos homenageados ilustres, que tem seus nomes nos diversos núcleos desta egrégia instituição de justiça.
Para abrir o evento foi executado o Hino Nacional Brasileiro pela Banda Municipal e o laço da fita simbólica foi despreendido pela Desembargadora Huguette e pelo Juiz Eleitoral Dr. Victor Barroso e o Bispo diocesano D. Roberto Cavuto fez a benção do prédio.
Em pronunciamento a desembargadora Hunguette fez uma explanação geral dos
diversos sistemas de votação, desde os primórdios com as cédulas de papel e urnas de lona até os dias atuais com o sistema eletrônico, que é praticamente impossível sua manipulação, com isto mantendo uma real transparência no sistema eleitoral brasileiro.Ressaltou também a parceria com a Prefeitura Municipal de Itapipoca que fez a doação do terreno.
Já o Juiz Eleitoral Dr. Victor agradeceu aos presentes e falou das novas instalações deste aparelho que foi construído numa área de 812,77m² e conta com uma excelente estrutura para atendimento ao público. Ao todo são cinco salas, um auditório e área para estacionamento. O novo fórum irá propiciar mais agilidade e conforto no atendimento aos eleitores, além de condições de armazenamento para cerca de duas mil e quinhentas urnas eletrônicas na região de Itapipoca.
O Advogado Dr. Djauro Dutra representou a família do homenageado Raimundo Pascoal Barbosa e contou um pouco da vida do “Advogado dos Advogados”, como ficou conhecido, em razão de sua devoção na defesa das prerrogativas da profissão.
Homenagens
A sala de atendimento ao público foi denominada Prefeito Antônio Anastácio Pereira Barroso e a sala do juiz eleitoral para a realização de audiências recebeu o nome Des. Jaime Alencar Araripe. A sala do promotor recebeu o nome do ex-procurador geral da justiça Nicéforo Fernandes de Oliveira e a sala dos advogados foi denominada Dr. Péricles Fernandes Teixeira. O desembargador Euvaldo Poti Martins deu seu nome à sala do chefe do cartório e o auditório foi denominado Prefeito Gerardo Barroso.
O evento culminou com um coquetel aos presentes.
Conheça um pouco da vida do “Advogado dos Advogados Raimundo Pascoal Barbosa.
Ficou conhecido como "o advogado dos advogados", em razão de sua devoção na defesa das prerrogativas da profissão. Raimundo Pascoal presidiu a OAB paulista entre 1976 e 1977 e foi incessantemente perseguido pelo regime militar, em razão de sua militância no Partido Comunista. Diversas vezes preso, advogou em favor de outros perseguidos em situação semelhante à sua. O célebre criminalista, foi casado com Maria Cecília e tiveram quatro filhos: Cândida, Carolina, João Carlos e Mariana. Os três primeiros escolheram a mesma carreira do pai. Amava os quatro filhos, os cinco netos, o Direito, a defesa intransigente das prerrogativas, a vida. Mas, acima de tudo, amava Maria Cecília. "Dizem que cearense é forte e não chora. Não é verdade", disse, certa vez, a um cronista. Raimundo confessou ter chorado várias vezes. "O homem sem esposa não está completo. Metade de mim morreu com Maria Cecília."
Raimundo Pascoal Barbosa, ex-combatente da Força Expedicionária Brasileira, chegou a São Paulo vindo do norte. Era um tempo em que os expedicionários tinham algumas poucas prerrogativas, destacando-se a possibilidade de matrícula em universidades públicas. A Faculdade de Direito do Largo São Francisco, severa como poucas, acolheu com afagos, entretanto, o nordestino que lutara, na Itália, contra fascistas e nazistas.
Casado com Maria Cecília, tradicional ituana, perdeu-a numa aziaga manhã, assassinada à porta de casa. Partiriam para a Europa no dia seguinte. O ladrão a seguira enquanto saindo do Banco. Raimundo, criminalista já famoso, nem por isso deixou de defender quem dele precisasse. Absorveu a tragédia, mas não se casou novamente. Aquele nordestino tinha forte sotaque e um jeito perigoso de dizer verdades. Falava duro, vergastando seus opositores. Tratava juízes e desembargadores como iguais. Era, sem dúvida alguma, um dos advogados com maior credibilidade nos tribunais paulistas. Comunista no tempo de estudante, consta que deu trabalho aos companheiros de Faculdade de Direito, obrigados a uma ou outra ‘vaquinha’ para livrá-lo da polícia política.
Lembranças fraternas
"Meu pai foi um homem iluminado, um apaixonado pela vida. Seu maior orgulho eram os 50 anos vividos como advogado: íntegro, ético, incapaz de qualquer deslize. Apesar de se proclamar ateu, tinha uma imagem de Santo Ivo em sua mesa de trabalho e era devoto de Nossa Senhora da Assunção. Era um ‘ateu à toa’, como dizia seu grande amigo, conterrâneo e também advogado Agenor Parente."
"O tinha como espelho. Foi um ser humano extremamente diligente, fiel aos seus compromissos. Um marido amoroso. Um pai zeloso. Um advogado brilhante. Tanto que foi considerado – em vida – ‘o advogado dos advogados’ em uma carta do doutor Raimundo. Pediu-me para continuar a lutar em defesa das prerrogativas. Ele se foi fisicamente, mas permanece como exemplo a ser seguido por todos.
(Cândida Maria Galvão Barbosa Doreto, filha de Raimundo Pascoal)A cerimônia de inauguração foi conduzida pela presidente do TRE, desembargadora Huguette Braquehais e contou com a presença do Juiz da 17ª Zona Eleitoral Dr. Victor Nunes Barroso,Dr. Roberto Oliveira Duarte( Juiz de Direito da 2ª Vara de Itapipoca),Tereza Germana Lopes de Azevedo (Juiza titular do JECC de Itapipoca), Dr. João Ribeiro Barroso (Prefeito de Itapipoca), Edna Pinheiro (Primeira Dama), Edson Braga Veras (Presidente da Câmara de Itapipoca), Deputados estaduais Antônio Granja e Edísio Pacheco, Dr.Djauro Dutra(Advogado) Dr. Geraldo Gomes de Azevedo Filho (Secretário de Educação de Itapipoca) Dr. Clóvis Brito (presidente da OAB Secção de Itapipoca), D. Frei Roberto Cavuto (Bispo Diocesano de Itapipoca), Luis Carlos (Secretário de Gabinete do prefeito de Amontada), Roberto Luiz Uchoa - Betão (prefeito eleito de Miraima), promotores, advogados, empresários, parentes e amigos dos homenageados ilustres, que tem seus nomes nos diversos núcleos desta egrégia instituição de justiça.
Para abrir o evento foi executado o Hino Nacional Brasileiro pela Banda Municipal e o laço da fita simbólica foi despreendido pela Desembargadora Huguette e pelo Juiz Eleitoral Dr. Victor Barroso e o Bispo diocesano D. Roberto Cavuto fez a benção do prédio.
Em pronunciamento a desembargadora Hunguette fez uma explanação geral dos
diversos sistemas de votação, desde os primórdios com as cédulas de papel e urnas de lona até os dias atuais com o sistema eletrônico, que é praticamente impossível sua manipulação, com isto mantendo uma real transparência no sistema eleitoral brasileiro.Ressaltou também a parceria com a Prefeitura Municipal de Itapipoca que fez a doação do terreno.
Já o Juiz Eleitoral Dr. Victor agradeceu aos presentes e falou das novas instalações deste aparelho que foi construído numa área de 812,77m² e conta com uma excelente estrutura para atendimento ao público. Ao todo são cinco salas, um auditório e área para estacionamento. O novo fórum irá propiciar mais agilidade e conforto no atendimento aos eleitores, além de condições de armazenamento para cerca de duas mil e quinhentas urnas eletrônicas na região de Itapipoca.
O Advogado Dr. Djauro Dutra representou a família do homenageado Raimundo Pascoal Barbosa e contou um pouco da vida do “Advogado dos Advogados”, como ficou conhecido, em razão de sua devoção na defesa das prerrogativas da profissão.
Homenagens
A sala de atendimento ao público foi denominada Prefeito Antônio Anastácio Pereira Barroso e a sala do juiz eleitoral para a realização de audiências recebeu o nome Des. Jaime Alencar Araripe. A sala do promotor recebeu o nome do ex-procurador geral da justiça Nicéforo Fernandes de Oliveira e a sala dos advogados foi denominada Dr. Péricles Fernandes Teixeira. O desembargador Euvaldo Poti Martins deu seu nome à sala do chefe do cartório e o auditório foi denominado Prefeito Gerardo Barroso.
O evento culminou com um coquetel aos presentes.
Conheça um pouco da vida do “Advogado dos Advogados Raimundo Pascoal Barbosa.
Ficou conhecido como "o advogado dos advogados", em razão de sua devoção na defesa das prerrogativas da profissão. Raimundo Pascoal presidiu a OAB paulista entre 1976 e 1977 e foi incessantemente perseguido pelo regime militar, em razão de sua militância no Partido Comunista. Diversas vezes preso, advogou em favor de outros perseguidos em situação semelhante à sua. O célebre criminalista, foi casado com Maria Cecília e tiveram quatro filhos: Cândida, Carolina, João Carlos e Mariana. Os três primeiros escolheram a mesma carreira do pai. Amava os quatro filhos, os cinco netos, o Direito, a defesa intransigente das prerrogativas, a vida. Mas, acima de tudo, amava Maria Cecília. "Dizem que cearense é forte e não chora. Não é verdade", disse, certa vez, a um cronista. Raimundo confessou ter chorado várias vezes. "O homem sem esposa não está completo. Metade de mim morreu com Maria Cecília."
Raimundo Pascoal Barbosa, ex-combatente da Força Expedicionária Brasileira, chegou a São Paulo vindo do norte. Era um tempo em que os expedicionários tinham algumas poucas prerrogativas, destacando-se a possibilidade de matrícula em universidades públicas. A Faculdade de Direito do Largo São Francisco, severa como poucas, acolheu com afagos, entretanto, o nordestino que lutara, na Itália, contra fascistas e nazistas.
Casado com Maria Cecília, tradicional ituana, perdeu-a numa aziaga manhã, assassinada à porta de casa. Partiriam para a Europa no dia seguinte. O ladrão a seguira enquanto saindo do Banco. Raimundo, criminalista já famoso, nem por isso deixou de defender quem dele precisasse. Absorveu a tragédia, mas não se casou novamente. Aquele nordestino tinha forte sotaque e um jeito perigoso de dizer verdades. Falava duro, vergastando seus opositores. Tratava juízes e desembargadores como iguais. Era, sem dúvida alguma, um dos advogados com maior credibilidade nos tribunais paulistas. Comunista no tempo de estudante, consta que deu trabalho aos companheiros de Faculdade de Direito, obrigados a uma ou outra ‘vaquinha’ para livrá-lo da polícia política.
Lembranças fraternas
"Meu pai foi um homem iluminado, um apaixonado pela vida. Seu maior orgulho eram os 50 anos vividos como advogado: íntegro, ético, incapaz de qualquer deslize. Apesar de se proclamar ateu, tinha uma imagem de Santo Ivo em sua mesa de trabalho e era devoto de Nossa Senhora da Assunção. Era um ‘ateu à toa’, como dizia seu grande amigo, conterrâneo e também advogado Agenor Parente."
"O tinha como espelho. Foi um ser humano extremamente diligente, fiel aos seus compromissos. Um marido amoroso. Um pai zeloso. Um advogado brilhante. Tanto que foi considerado – em vida – ‘o advogado dos advogados’ em uma carta do doutor Raimundo. Pediu-me para continuar a lutar em defesa das prerrogativas. Ele se foi fisicamente, mas permanece como exemplo a ser seguido por todos.
Reportagens e Fotos: Eldem Martins
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