» Secretários tucanos apóiam Kassab
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O partido evoca a lei da fidelidade partidária, que prevê adesão obrigatória de filiados às determinações dos partidos. "Os filiados que não atenderem a este princípio (apoiar candidatos da sigla), ou seja, que apoiarem publicamente nossos concorrentes, deverão ser encaminhados ao conselho de ética e fidelidade partidária", diz trecho da carta enviada a cerca de 8 mil filiados no Estado.
Na eleição da capital paulista, o PSDB se definiu pelo ex-governador Geraldo Alckmin, mas um grande número de tucanos atua na administração de Kassab, herdada do governador José Serra (PSDB). Na segunda-feira, Kassab convocou seus secretários tucanos a defenderem sua gestão na campanha eleitoral e recebeu a anuência da equipe.
"Candidatos a vereador e a prefeito do partido querem que os filiados subam no palanque deles e não no do adversário", disse o secretário-geral do PSDB estadual, César Gontijo. O dirigente afirmou que a carta já vinha sendo gestada em reuniões do partido e foi aprovada pela executiva estadual na segunda-feira. Para ele, 2008 é importante por ser uma etapa para o PSDB retomar a Presidência da República.
"Temos que fazer um ajuste fino em São Paulo. Nosso enfrentamento é com o PT e nosso candidato é o Geraldo (Alckmin), que vai dar as condições para eleger Serra presidente da República em 2010", afirmou. Entre os secretários tucanos da administração paulistana, um dos mais próximos a Kassab é o deputado federal Walter Feldman (Esportes).
"A direção do partido cumpre seu papel. A carta é redundante, eu não esperava manifestação diferente", disse Feldman. Ele afirmou que não vê motivo para ser expulso da sigla, por ser fundador do partido e ter atuado em todas as campanhas municipais do PSDB desde sua fundação em 1988.
"A melhor coisa é o primeiro turno passar com rapidez, sem radicalizar", disse o secretário, querendo evitar o enfrentamento Kassab-Alckmin. Kassab tem dito que o PSDB tem uma "peculiaridade", por ter dois candidatos a prefeito em SP. Gontijo devolve: "Como ele é do PFL (atual DEM), é difícil para ele falar sobre o PSDB."
O processo no Conselho de Ética leva cerca de um mês. O filiado pode ser advertido, suspenso de 3 a 12 meses, destituído de função em órgão partidário ou expulsão. Se for parlamentar, poderá perder o mandato.
Na segunda-feira, o deputado Edson Aparecido, coordenador-geral da campanha de Alckmin, havia dito que o encontro do prefeito com auxiliares era "absolutamente irrelevante".
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