A indústria siderúrgica internacional poderia enfrentar um choque em breve, já que a economia mundial está no limite devido ao aumento dos preços das matérias-primas, afirmou hoje o vice-presidente do Instituto Internacional do Ferro e Aço (IISI, em inglês), Paolo Rocca.
A siderurgia cresceu a uma taxa de 7,6% ao ano, acima do PIB (Produto Interno Bruto) mundial nos últimos anos. "A pergunta é para onde vamos e se é possível sustentar taxas de crescimento a esse nível", disse Rocca em uma conferência durante o 1º Encontro Nacional de Siderúrgica do Brasil.
A prudência de Rocca, também presidente do Grupo Techint, um grupo ítalo-argentino, contrastou com o otimismo dos principais executivos das grandes siderurgias brasileiras, reunidos no evento do Instituto Brasileiro de Siderúrgica (IBS).
As projeções apontam que o PIB mundial crescerá 4,8% entre 2008 e 2009 e a do aço 4,5% podendo chegar a 6%, destacou Rocca.
Mas estas estimativas são muito otimistas, caso se considere que "a economia mundial está se chocando com a pouca disponibilidade de recursos", as limitações ambientais e a dificuldade de crescer a um ritmo acelerado, argumentou.
"Qualquer redução do crescimento trará uma queda da demanda global" de siderúrgicos, advertiu.
Entre 2003 e 2008, os preços das matérias-primas e produtos básicos cresceram a níveis insustentáveis, disse Rocca.
No período, o preço do minério de ferro aumentou 300%; o do carvão, 500%; o do ferro velho, 250%; o do alumínio, 100%; e o do zinco, 160%; Os preços do milho, da soja e do trigo duplicaram, os fretes aumentaram 300% e as cotações do petróleo mais que triplicaram mais, observou.
"O mundo não pode suportar uma inflação de recursos desta dimensão sem ter de frear o crescimento", disse Rocca, apostando que haverá um ajuste mundial possivelmente depois das eleições dos Estados Unidos.
Já as restrições ambientais e as limitações às emissões de gases do efeito estufa podem ter um limite "especialmente grave" para os produtores de aço em alguns países, disse.
Entretanto, apesar das restrições, a América Latina é a região hoje com mais espaço para um crescimento integrado para o setor siderúrgico, pois dispõe de grandes reservas de minério de ferro, energia e acesso aos mercados.
Nos últimos anos, a região não correspondeu a esta expectativa, pois mesmo com 25% da produção mundial de minério de ferro, só produz 5,0% do aço.
Fonte:UOL
A siderurgia cresceu a uma taxa de 7,6% ao ano, acima do PIB (Produto Interno Bruto) mundial nos últimos anos. "A pergunta é para onde vamos e se é possível sustentar taxas de crescimento a esse nível", disse Rocca em uma conferência durante o 1º Encontro Nacional de Siderúrgica do Brasil.
A prudência de Rocca, também presidente do Grupo Techint, um grupo ítalo-argentino, contrastou com o otimismo dos principais executivos das grandes siderurgias brasileiras, reunidos no evento do Instituto Brasileiro de Siderúrgica (IBS).
As projeções apontam que o PIB mundial crescerá 4,8% entre 2008 e 2009 e a do aço 4,5% podendo chegar a 6%, destacou Rocca.
Mas estas estimativas são muito otimistas, caso se considere que "a economia mundial está se chocando com a pouca disponibilidade de recursos", as limitações ambientais e a dificuldade de crescer a um ritmo acelerado, argumentou.
"Qualquer redução do crescimento trará uma queda da demanda global" de siderúrgicos, advertiu.
Entre 2003 e 2008, os preços das matérias-primas e produtos básicos cresceram a níveis insustentáveis, disse Rocca.
No período, o preço do minério de ferro aumentou 300%; o do carvão, 500%; o do ferro velho, 250%; o do alumínio, 100%; e o do zinco, 160%; Os preços do milho, da soja e do trigo duplicaram, os fretes aumentaram 300% e as cotações do petróleo mais que triplicaram mais, observou.
"O mundo não pode suportar uma inflação de recursos desta dimensão sem ter de frear o crescimento", disse Rocca, apostando que haverá um ajuste mundial possivelmente depois das eleições dos Estados Unidos.
Já as restrições ambientais e as limitações às emissões de gases do efeito estufa podem ter um limite "especialmente grave" para os produtores de aço em alguns países, disse.
Entretanto, apesar das restrições, a América Latina é a região hoje com mais espaço para um crescimento integrado para o setor siderúrgico, pois dispõe de grandes reservas de minério de ferro, energia e acesso aos mercados.
Nos últimos anos, a região não correspondeu a esta expectativa, pois mesmo com 25% da produção mundial de minério de ferro, só produz 5,0% do aço.
Fonte:UOL
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